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Introdução
XVI - O CONGRESSO DAS VASSOURAS
I - O CÉU
XVII - EXÉRCITO DE VIVENTES
II - O ANJO
XVIII - REENCONTRO
O Anjo-Vampiro
CAPÍTULO IV - A VIAGEM
III - O DOM
XIX - MAIS UMA NOITE
- Por que seu tio tem este carro com comando manual? Acho que ninguém usa mais isso! Todos os carros que vejo por aí são controlados por um computador de bordo. Ninguém mais precisa dirigir!
- Tio Jones não gosta muito das tecnologias atuais. Prefere o saudosismo de dirigir ele mesmo, passar as marchas, brecar o carro, acelerá-lo, é um amante do passado.
- Só falta me dizer que quando fura um pneu ele tem que trocá-lo também!
- Não! Ele manteve os pneus que não furam! Até porque não existem mais estepes!
- Que bom!

Eliseu olha para o painel frontal de seu veículo e percebe, através de telas de cristal líquido a imagem de outro carro logo atrás. Ele desconfia daquilo.

- Para onde estamos indo, afinal?
- Eu conheço um lugar onde poderemos encontrar alguns vampiros!
- Mas isso não será muito perigoso! Isto é... você consegue lutar contra eles se precisar?
- Lutar? Vou pedir a ajuda deles.
- Não sabia que anjos e vampiros se relacionavam bem.
- Nunca houve um bom relacionamento entre nós. De fato, procuramos não interagir com eles.
- Então, como espera conseguir ajuda com estas criaturas?
- Se você e seu poder de cura caírem nas mãos dos demônios, todos os humanos se tornarão serviçais de Lúcifer. A sociedade humana irá se transformar no inferno literalmente e os vampiros perderão o seu alimento principal.
- Nós, humanos?
- Exatamente!
- Como é que a espécie humana conseguiu dominar este planeta com tantos inimigos poderosos?
- Não sabe por quê?

Elisabeth pensa um pouco, vira seu rosto na direção de Eliseu e lhe responde:

- Vocês anjos nos protegem! E lutam contra estes seres por nós!
- É! Mais ou menos isso!
- Como assim:
mais ou menos?
- É uma longa história, cheia de surpresas e coisas das quais você nunca imaginou que existissem!
- Os anjos não deveriam nos confortar? A cada coisa que me fala, vai me deixando mais e mais preocupada!
- Não posso lhe contar tudo! Os humanos não precisam saber sobre o que acontece nos bastidores.
- E como estão meus pais?
- Seus pais? Eles abdicaram da segurança do descanso eterno para falarem comigo.
- O que quer dizer com isso? Eles ficaram bem depois de lhe contatarem?
- Não posso falar sobre isso!
- Não quero detalhes, só quero saber se estão bem!

Eliseu suspira um pouco mais forte, porque não deseja falar sobre este assunto e, então, calmamente, comenta o fato:

- Tudo o que fazemos, seja na vida ou na morte, trás consequências, Elisabeth! Seus pais fizeram uma opção ao tentarem salvar você dos demônios e se realmente conseguirmos todos escapar deste perigo iminente, o universo como um todo agradecerá aos seus pais pelo grande esforço.
- Então meus pais não estão bem? O que aconteceu a eles?
- Entenda uma coisa, Elisabeth: para você, seus pais morreram! E é só isso que precisa saber. Deixe o resto comigo. Peço que confie em mim e em meus julgamentos.
- Não pode quebrar as regras apenas um pouquinho?
- Lúcifer quebrou algumas poucas regras e foi banido do Firmamento! Não quero ser mais um anjo caído em desgraça!

Elisabeth fica pensativa sobre tudo o que está ouvindo, tentando compreender algo que não pode. Eliseu percebe que a deixou preocupada e confusa com tudo isso e muda de assunto:

- Como sabe que seu colar lhe ajuda a curar outras pessoas?

Elisabeth para de pensar nas coisas que a atormentam, leva a mão direita ao pingente dependurado em seu pescoço e responde ao anjo:

- Já tentei curar pessoas sem ele... e não funcionou.
- Já tentou curar a si mesma?
- Claro que sim! Nunca deu certo! Parece que meu dom serve apenas aos outros, não a mim e aos meus problemas pessoais.
- O dom é uma prova de humanidade! Quem o tem deve mostrar seu próprio valor ao se preocupar em ajudar as outras pessoas e não esperar nada em troca por isso. Existem vários tipos de dons que as pessoas recebem. A maioria não o usa com a sabedoria ou com a humanidade necessárias. Outros desistem de si mesmos, porque não querem o que receberam. O altruísmo é o que define o verdadeiro ser humano dos outros que apenas pensam que são. Muitos pedem a Deus algo melhor para si mesmos... ao invés de pedir aos seus semelhantes. Milhares pedem para ganhar na loteria ao invés de desejarem que outras pessoas ganhem.
- A vida é um teste, não é Eliseu?
- A vida é a vida! O primeiro teste é conseguir sobreviver! Quem abdica deste em prol de seu semelhante, começa a entender que ser humano é mais do que ser vivo.
- Mas isso não é muito justo! As outras pessoas não fazem o mesmo por nós!
- No dia em que todas fizerem... a humanidade ganhará um novo status e talvez possa carregar todos os outros seres vivos para uma nova aventura chamada: vida espiritual! Então anjos e demônios deixarão de fazer sentido! Mas enquanto isso não acontecer, outros como eu, continuaremos tendo muito trabalho.

Elisabeth olha na direção de seu anjo particular, mesmo sem conseguir enxergá-lo, enquanto analisa a profundidade das palavras de tudo o que acabara de ouvir. Logo depois faz um comentário pessoal:

- Desde que entrou em minha casa, pude enxergar uma suave silhueta ao seu redor. É uma espécie de auréola divina, acho eu. Quase como se eu pudesse vê-lo realmente. E quanto mais perto de você eu fico, maior a definição de seu contorno. Vejo as suas asas dobradas, sinto o seu amor pelas pessoas, percebo a verdade em tudo que diz.

- Você é uma pessoa diferenciada neste mundo, Elisabeth. É alguém especial. Mas como todos aqueles que o são, precisam passar por uma grande provação em vida.

De repente Eliseu dá uma forte brecada e o veículo para rapidamente. Elisabeth vira o rosto na direção da pista à frente e grita desesperada:

-
O que aconteceu? São os demônios? Eles nos acharam?
- Não! O farol ficou vermelho e eu quase o passei!

Ofegando de forma acelerada, a moça vira novamente o rosto na direção de Eliseu e respira fundo, porque esperava coisa muito pior do que isso. Eliseu olha para o painel frontal e percebe que o outro veículo se aproximou um pouco mais, mas ainda assim parou distante.

- Falta muito para chegarmos até seus amigos Vampiros? (indaga Elisabeth passando a mão em seus cabelos para se recompor do susto que levara).
- Sim! Mas eles não são meus amigos. Nem sei se irão querer falar comigo! E, neste caso, será muito mais complicado.
- Complicado?!
- É! Precisarei atraí-los com sangue humano! Aí virão até mim por instinto.
- Sangue humano?! Quer dizer... o meu?
- Pois é! Eu sabia que você não iria gostar de meu plano B.
- E os lobisomens? Não podem nos ajudar como naquele filme?
- Lobisomens?! Eles não existem!
- Mesmo? Tem certeza?
- Tenho! Isso é imaginação do povo!
- Às vezes me sinto numa história de ficção fantástica, com tudo o que está me dizendo!
- Não se engane, Elisabeth! Não é porque não se pode ver algo, que as coisas não existam... Ahhh! Desculpe-me o trocadilho com o seu problema de visão!
- Tudo bem! Entendi o que quer dizer! Acha que sobreviverei a demônios, vampiros e ao dono do inferno?
- É para isso que existo: para proteger aqueles que precisam, principalmente os que merecem, como você!
- Obrigada.
- Não precisa me agradecer! Não é um favor! É por puro merecimento! Você está bem cotada lá em cima!
- Eliseu! Posso lhe fazer uma pergunta íntima?
- Claro que sim!
- Vocês anjos não têm mesmo sexo?
- Puxa! Quando falou que seria íntima a pergunta... não imaginei que fosse tanto!
- Ahhh! Desculpe-me! Não quero ser indelicada!
- Não! Tudo bem! É uma pergunta íntima, afinal...! Então... é uma longa história também! Como anjos, vivendo no Firmamento, não temos necessidades sexuais!
- E quando estão aqui conosco?
- É...! Não somos totalmente assexuados na Terra.
- Como assim?

Meio sem-graça Eliseu ergue as sobrancelhas, titubeia um pouco e continua respondendo à delicada questão:

- Não podemos ficar muito tempo na Terra, porque nossas raízes humanas originais vão se manifestando e podemos perder o foco de nossa missão!
- Quer dizer que pode ter filhos com humanas se quiser?
- Isso seria um enorme erro! Algo deste tipo nunca aconteceu antes. As consequências poderiam ser desastrosas para todos!
- Quando diz isso..., está querendo dizer exatamente o quê?
- Acho melhor não falarmos sobre isso! Eu não tenho permissão para dar uma informação tão audaciosa a você.
- Parece que os anjos têm mais leis do que os humanos!
- As consequências são muito graves para eventuais erros que cometamos.
- Seu mundo é muito cheio de regras e segredos! Pelo jeito seu chefe é muito rígido!
- Chefe?! Não temos chefe! Somos todos responsáveis por manter a estrutura da vida funcionando. É para isso que existem os anjos.
- Se não tem chefe... então como sabem o que precisam fazer- Quem organiza vocês e suas atividades?
- Conhecemos bem a nossa função! Não precisamos que ninguém nos diga o que devemos fazer ou que controle nossos atos!
- Então, por que se preocupa tanto em não quebrar pequenas regrinhas?
- Já lhe disse, as consequências podem ser gravíssimas!
- Dê-me um exemplo!
- Como assim?
- Qual seria a consequência se você tivesse um filho com uma humana?
- O fim da raça humana é uma possibilidade!
- Quer dizer que seus filhos seriam seres melhores do que o ser humano atual? Teríamos aqui uma raça mais evoluída?
- Não! Teríamos apenas o fim da espécie humana como consequência!
- E quanto a Deus?
- O que tem Ele?
- Não é seu chefe?
- Não temos acesso a Deus!
- Mas disse que os anjos vivem no Firmamento! Não é lá que Deus também está?
- Deus não se apresenta mais aos anjos! Ele tem coisas mais importantes para fazer. No Firmamento nos organizamos para ajudar a humanidade.
- Você parece meio chateado por não poder falar com Deus pessoalmente.
- Impressão sua! (responde Eliseu de forma meio seca).
- E quanto ao seu passado?
- Meu passado?! Como assim?
- Antes de ser anjo! O que fazia?
- Eu era humano, como você!
- E como se transformou em anjo!

Eliseu olha na direção da moça rapidamente e volta a fitar a rua à frente, quando então lhe responde:

- Eu tinha uma vida normal, mas como você, também recebi um dom. E por causa disso eu morri! Mas a minha alma foi transformada em anjo! E é isso que sou desde então.
- Quem lhe ensinou as regras para ser um anjo, já que não existem chefes no Firmamento?
- Deus me ensinou tudo o que sei.
- Então o conhece pessoalmente? Mas disse que Ele não fala mais com os anjos!?
- Quando Lúcifer caiu em tentação entre os humanos, houve uma mudança drástica nas regras. Nós anjos perdemos muitos de nossos direitos. Um deles foi de ter Deus ao nosso lado!
- Ahhh! Sinto muito!
- Tudo bem! Já nos acostumamos com isso! Além do mais, temos muitos deveres atualmente o que nos mantém bastante ocupados.

Elisabeth estica o braço esquerdo para trás para pegar algo na cesta de alimentos. Ela trás de lá uma maça e oferece a Eliseu:

- Quer?

O anjo olha para ela e responde:

- Não! Realmente não preciso de alimento! Aliás, mesmo que quisesse não poderia fazê-lo.
- Por quê? (indaga a moça mordendo a fruta).
- Se eu me alimentar, deixarei de ser anjo!
- E volta a ser humano?
- Não! Eu morreria!
- Puxa! Acho que ser anjo não deve ser tão legal, afinal! Trabalha muito, se alimenta mal e ainda tem que ficar protegendo humanos!
- Rsrs! Não é ruim ser anjo! Ao contrário! É muito interessante poder observar nos outros aquilo que eu já fui no passado!
- Humm! Então vê os humanos de forma diferente hoje em dia?
- É...! Como anjo, consigo perceber agora os erros que eu cometi no passado.
- Erros? De que tipo? O que andou fazendo que não deveria, quando era humano?

Eliseu olha de lado, para Elisabeth, retorna logo depois a atenção para a estrada e responde:

- Deixar de dizer o que sentia para a mulher que eu amava..., deixar de ajudar uma pessoa que precisasse de mim..., deixar de lutar pelos meus ideais...
- Nossa... quantos pecados...!

Um olha para o outro e ambos sorriem.

- Você tinha alguém quando era humano?
- Não exatamente! Eu gostava de uma garota, mas ela não sabia! Vivíamos numa aldeia pequena e nosso líder era o marido de todas as mulheres do local.
- Nossa! Onde é que você vivia, afinal? Na Arábia?
- Eu vivi entre os primeiros humanos, no alvorecer da civilização! As coisas eram muito diferentes.
- Entendo... eu acho! Então você morreu há muito tempo? Tem saudade daquela época?
- As coisas mudaram muito na sociedade humana! Já vi tanta coisa, que o passado para mim foi enterrado!
- Mas de vez em quando se lembra de vida anterior?
- Sim! Algumas coisas!
- Então você nunca teve alguém em vida?
- Não tive tempo! Meu dom era sentir o que as outras pessoas sentiam. Eu compartilhava das alegrias, tristezas, dores, prazeres e sintomas das doenças das outras pessoas.
- Nossa! Que dom terrível!
- Não era fácil viver daquela forma. Um dia percebi a grande tristeza de uma das mulheres de nosso líder. Ela o odiava, tinha nojo dele, chorava sempre que estava sozinha e pensava em se suicidar.
- Coitada dela... e de você... que podia sentir a mesma coisa.

- Aquela jovem mulher tinha sonhos de um dia encontrar um homem que pudesse amar de verdade e que pudesse torná-la feliz. Ela queria que outro tomasse o lugar de nosso líder, assumindo seu posto de marido. Pude perceber que ela gostava de mim. Até hoje fico na dúvida se me apaixonei realmente por ela, ou se aquele era apenas o sentimento dela por mim que eu estava sentindo! Era tudo muito confuso! Meus hormônios estavam à flor da pele por compartilhar tantas coisas que nem sequer me pertenciam. Eram sentimentos alheios que todos os dias eu roubava para mim! Enfim..., acho me apaixonei por aquela bela humana. Mas quando resolvi me declarar pessoalmente, nosso líder apareceu e me apunhalou pelas costas! Morri olhando diretamente nos olhos da mulher que eu amava e que me amava! Tudo foi ficando escuro rapidamente. Perdi a minha consciência. Meus pensamentos ficaram muito confusos, mas eu sentia uma paz incrivelmente deliciosa. Pela primeira vez eu estava sentindo apenas a mim mesmo! Estava finalmente em paz. Algo que nuca imaginei ser possível. Foi quando tudo se apagou totalmente. Não senti mais nada. Apenas um enorme formigamento por todo corpo, um grande vazio, como se tivesse faltado eu fazer algo importante em vida...! Depois disso acordei no Firmamento e me transformei em anjo desde então.

- Puxa! Já pensou em escrever um livro sobre isso tudo?

Eliseu olha assustado para Elisabeth e percebe que era uma brincadeira. Ela pode identificar as suas reações através da silhueta brilhante e suave daquele corpo angelical. Pequenos detalhes musculares da face do anjo demonstram seu sorriso doce e meigo! Aquela jovem mulher está impressionada com toda a história passada de seu anjo da guarda.

- E quanto a esse seu equipamento de visão artificial que usa. Como isso funciona? (indaga o anjo).

- Ahh! É um incrível avanço da ciência. Nesta cinta, em minha cintura, existem diversos sensores que medem a distância de tudo o que há por trezentos e sessenta graus ao meu redor. Isso é transformado numa malha de relevos que é desenhada como numa imagem em 3D. Esta informação vai diretamente, via Bluetooth para a minha tiara, que transfere esta imagem para meu cérebro e me dá uma visão de tudo o que existe ao meu redor. Tudo é atualizado em Real Time. É assim que posso andar em qualquer lugar, quase como se eu não fosse cega! Porém, dentro deste carro só consigo interpretar as imagens internas. Nada do que acontece lá fora consigo ver!

- Isso tudo é incrível.
- Sim, é mesmo! Mas, Eliseu! Agora preciso ir ao banheiro!
- Ahhh! Ok! Vamos parar em algum lugar.

O veículo informa ao casal:

- Estamos a poucos minutos de um restaurante na estrada.

Conforme programado lá estava o local. Eliseu desce do veículo e dá a volta para poder ajudar Elisabeth a descer dali. Ele olha novamente para trás e vê que o outro veículo também entrou pelo mesmo acesso e parou a uma distância segura. Com sua visão apurada o jovem anjo percebe que tem duas pessoas no outro veículo. Elisabeth se levanta e uma cinta, ao redor de sua cintura, começa a emitir sinais que a ajudam a caminhar, sem o auxílio de uma bengala. Mesmo assim seu anjo da guarda oferece seu braço como apoio e os dois se dirigem até o interior do restaurante.

- Por favor, onde ficam os banheiros? (indaga o rapaz).
- Por ali, senhor! (responde o funcionário do local).

Os dois se aproximam da porta e Eliseu conversa com sua protegida:

- Acha que pode se virar sozinha daqui?
- Claro que sim! Fique tranquilo. Meu equipamento de visão artificial é muito eficiente, ele consegue mostrar detalhes até bem pequenos para mim.

Ele a deixa caminhar. A porta do reservado se fecha sozinha. Eliseu vira o pescoço para observar de longe, pelas amplas vidraças do restaurante, o veículo que os persegue. Aparentemente nada está acontecendo. Tudo está como antes estava. Ninguém saíra do sinistro veículo. Poucos minutos depois Elisabeth retorna, mas percebe na silhueta de seu protetor uma preocupação.

- O que está havendo, Eliseu?
- Não se preocupe! Está tudo sob controle.
- As sua postura corporal não está concordando com o que está dizendo.

O jovem olha para ela e decide responder:

- Estamos sendo seguidos por dois demônios.
- Tem certeza? Não pode acabar com eles?
- Claro que posso! Mas se os outros demônios não forem informados de onde estamos, eles podem resolver ir atrás de seus tios.
- Mas não disse que outro anjo os está protegendo?

Eliseu oferece novamente o braço para Elisabeth e os dois começam a andar em direção à saída daquele lugar.

- É, eu disse! Mas estes demônios estão agindo de forma diferente do convencional. Eles desejam muito o seu dom. Se nos perderem de vista, podem resolver atacar em bando a casa de seus tios. O outro anjo irá matar a maioria dos demônios, mas pode não suportar uma ação em grande escala. Então é melhor que todos saibam onde estamos, para segurança de seus tios.

- Mas e a nossa segurança? Ficaremos muito expostos a um ataque em grande escala, não é?
- Sim! Precisamos encontrar os vampiros antes da próxima noite chegar. Até porque, enfrentar aqueles sugadores de sangue à noite e aos demônios ao mesmo tempo será uma tarefa difícil de realizar.
- E se não for possível?
- Terá que ser. Confie em mim! Vamos entrar no carro calmamente e continuar a nossa viagem! Procure não demonstrar preocupação ou medo! Eles farejam isso bem de longe.

O casal entra no carro e continuam a viagem. O outro veículo também se desloca e vai atrás deles.

IV - A VIAGEM
XX - A FILA DA PROCURA
V - MAL ASSOMBRADA
XXI - BOA NOITE, CINDERELA
VI - BATALHA NOTURNA
XXII - FACÇÕES DA GUERRA
XXIII - NOVOS COMBATENTES
VII - PRIMEIRO ACORDO
VIII - A FUGA
XXIV - TRANQUILÓPOLIS
IX - VISITA INDESEJADA
XXV - A VIRADA
X - LANCHONETE
XXVI - A FROTA DO MAL
XXVII - SERES DA GUERRA
XI - A NOVA VIAGEM
XII - TÁBATA
XXVIII - A BATALHA FINAL
XXIX - A PAZ ETERNA
XIII - IMPASSE
PERSONAGENS
XIV - VERÔNICA
ANJOS, FADAS E BRUXAS
XV - SANGUINÁRIO
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Henri Versiani
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