O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

Eu, Fernando, e Chin-Mae estamos sentados junto à pequena mesa da cozinha do barco invisível. Com uma das mãos eu como uma maçã e ela mamão com faca e garfo num prato de plástico! Nossos joelhos quase se encostam porque todo o ambiente do local é muito reduzido. Conversamos, enquanto navegamos a uma grande velocidade em direção ao Panamá, na América Central! A embarcação, com propulsão de popa (motor na parte traseira inferior do barco), rasga o Oceano Atlântico e deixa uma grande esteira branca de água, movida pelas poderosas hélices por onde quer que passe. Nas paredes de leds externas da embarcação a imagem de uma lancha de alta velocidade é projetada em meio às águas que se erguem ao redor da embarcação! Uma das coisas que mais me impressiona é o fato de o piso do ambiente social ter um sistema de compensação de movimento! Isso reduz muito o enjoo e a queda de objetos ao chão. O piso abaixa-se, ergue-se e inclina-se para todos os lados, compensando ao máximo os movimentos da alta velocidade. Nas curvas o chão inclina-se na direção contrária, tornando menos estressante a vida a bordo durante nossa viagem pelo mar. Claro que movimentações muito intensas não podem ser compensadas a tempo, gerando algum desconforto.

- Sempre lutei pela paz em meu país (declara a embaixadora após mastigar e engolir um pedaço de mamão). E agora estou num barco militar prestes a participar de uma guerra contra aqueles que já foram também um dia meu povo. Viver é um teste contínuo! Tudo o que somos, falamos e pensamos é posto à prova! E eu estou no momento mais inesperado de minha vida agora!
- Já eu estou aqui apenas para observar e documentar tudo o que acontecer (declaro eu, Fernando, após morder e engolir um pedaço de minha maçã).
- Parece que temos aqui nesta embarcação dois opostos: um pela guerra (os militares) e outra pela paz (falando dela mesma) e você conseguiu ficar apenas em cima do muro! (comenta Chin-Mae, numa clara intenção de testar a minha verdadeira posição neste conflito).
- Bem! O muro é um lugar privilegiado, cadeira reservada que me dá uma visão mais ampla de tudo o que acontece no lado da guerra e da paz (declaro eu). Isso me ajuda a documentar melhor e da forma mais imparcial possível o que vivencio!

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

Ela sorri para mim e abaixa ligeiramente a cabeça, se concentrando novamente em cortar o seu mamão. Com isso aqueles belos cabelos negros que escorregam de seus ombros e lhe cobrem o rosto, mostrando toda a beleza e suavidade das longas madeixas.

- Gostei de você, Fernando! Apesar de um início um pouco atrapalhado de sua parte, agora que está mais à vontade comigo, posso perceber que é ético e profissional. E isso é muito bom para alguém que fica em cima de um muro durante um conflito.
- Se eu tivesse que escolher um dos lados, preferiria a paz! Mas um repórter não vive só da paz! Documentar conflitos e guerras também faz parte de meu trabalho.
- Eu sinto que poderei contar com você... no momento certo!
- Obrigado, Chin-Mae! Não sei o que poderia fazer mais por você, além de ciceroneá-la nesta viagem e nas horas vagas fazer bem o meu trabalho.
- Não quero te atrapalhar, Fernando!
- Não está me atrapalhando! Nossa conversa faz parte da documentação que eu produzirei para a marinha.
- Ahhh! Então está aqui conversando comigo apenas por trabalho?
- Não me leve a mal, mas ficar em cima de um muro, ser ético, profissional e conviver num lugar tão apertado por tanto tempo com um grupo reduzido de pessoas, acaba nos aproximando muito uns dos outros. Cheguei aqui como alguém de fora da marinha. Hoje estes dois rapazes e o restante da equipe, incluindo o supercomputador a bordo, me tratam muito bem!
- Temos um supercomputador a bordo?
- Hã! Temos? Isto é... sim, temos! (percebi que “pisei na bola” ao comentar a existência do supercomputador a bordo. Esta é uma tecnologia que deveria ficar em segredo... eu acho!).
- O que há, Fernando? Por que tem tanto receio de falar sobre as tecnologias usadas aqui dentro? Não parece ser tudo tão secreto assim... Os americanos sabem muito mais sobre esta embarcação do que deixam transparecer! Eu precisaria saber mais do que sei para completar esta missão. Por exemplo, como passaremos pelo canal do Panamá sem sermos vistos? Como entraremos pelo Rio Taedong da Coreia do Norte sem que atirem em nós? Como atravessaremos as principais cidades da região norte-coreana sem que ninguém nos veja? Este barco vira submarino? Ninguém aqui ainda me respondeu a estas questões fundamentais para o sucesso da missão!
- Bem, Chin-Mae! Eu não tenho permissão para falar em nome da marinha e...
- A marinha o nomeou para ficar aqui comigo nesta missão. Não pode me contar como atingiremos nosso objetivo final? Como posso acreditar que esta embarcação pode conseguir fazer o que dizem que podem?
- Infelizmente eu não posso falar sobre as tecnologias secretas da marinha e...
- Mas pode escrever sobre elas? Para quem irá o material que está documentando?
- É uma longa história...
- Temos muito tempo aqui enquanto viajamos. Pode me contar. Sou boa ouvinte!
- É...! Bom...! Fui contratado para documentar os projetos secretos da marinha brasileira para que dentro de quinze anos fique tudo disponível para a população brasileira e mundial. E... eu também fui contratado para não comentar nada sobre o que sei!
- Entendo! Deve ser difícil para você ver e ouvir sobre tantas coisas incríveis e não poder comentar nada com ninguém sobre isso!
- Sim! É difícil..., mas é o meu trabalho!
- Bom! Acho que vou tomar um banho agora! (comenta a embaixadora). É uma pena que não tenha uma banheira de hidromassagem a bordo! Seria bem relaxante!
- É! Quem sabe numa segunda edição desta embarcação possamos requisitar isso também?
- Rsrsrs! Quem sabe, né? (declara a embaixadora levantando-se dali e caminhando em direção ao quarto coletivo).

Aproveitei para terminar de comer a maçã e fui em direção à sala de comando para ver como vamos indo! A porta da entrada se abre para mim. Antes esta porta de correr ficava sempre aberta. Está agora sempre fechada para impedir que a embaixadora possa ver como nossa embarcação é controlada.

- Olá, pessoal! Como estão as coisas?
-
Olá, Fernando! (responde a major e piloto Margarida). Está tudo indo bem. Vamos passar perto de Georgetown, capital da Guiana! Everardo está fazendo um reforço estrutural nas entradas de ar do sistema hovercraft e depois fará um reforço térmico interno para que as placas de leds da estrutura, na parte traseira, possam suportar o enorme calor gerado por nossos foguetes de propulsão.
- Isso quer dizer que teremos que usar novamente os cintos de segurança? (indago eu).
-
Sim, Fernando! Mas o próximo teste será mais complicado! (declara o soldado Carlos através de seu avatar).
- É mesmo? E por quê? (indago eu, curioso).
-
Bom! Teremos que voar desta vez sobre o canal do Panamá! (informa o soldado Ricardo). Com isso ganharemos muito tempo de viagem. Sugiro que você e a embaixadora venham para a cabine de comando e utilizem os assentos e cintos de segurança daqui. Será mais seguro para vocês.
- Mas... Tem certeza de que poderemos fazer tal coisa? (questiono eu, Fernando).
-
É uma região com picos altos..., há um território grande para atravessar... e nosso combustível talvez não seja suficiente..., mas fora isso... está tudo bem! (declara o soldado João através de seu avatar).
- Tem algum dia onde tudo acontece normalmente para vocês? (indago eu, ironizando o fato de que em todos os dias as coisas acontecem sempre com muita ação).

Eles sorriem brincando comigo! Eu retorno para o quarto coletivo e me deparo de frente com a embaixadora coreana com os cabelos molhados usando apenas uma toalha ao redor de seu corpo. Eu arregalo os olhos e me viro imediatamente de costas para ela!

- Ohh! Desculpe-me! Achei que ainda estava no banho!
- Tudo bem, Fernando! Está tudo certo! Eu sei que aqui eu não teria muita privacidade. Afinal, estamos em um barco de guerra!

Enquanto conversamos, comigo de costas, ela aproveita para retirar a toalha e vestir seu vestido. Eu olho para cima e vejo a câmera que monitora o quarto. Ergo meu braço direito e coloco minha mão sobre a lente da câmera, o que impede a equipe da base secreta em Brasília de ver a embaixadora se trocando. Lá na base o pessoal reclama uns com os outros sobre minha atitude de impedi-los de ver toda a beleza nua daquela mulher.

- Chin-Mae! Em breve teremos que novamente voar com este barco! Mas desta vez passaremos por cima do Panamá! (digo eu, ainda de costas, a ela).
- É...! Eu ouvi...! Será uma longa viagem desta vez, né?
- Sim! Espero que dê tudo certo! Eles nos pediram para ir até a cabine de comando quando isto acontecer!
- Sim! Eu também ouvi isso! Então vocês me mostrarão finalmente como é a cabine de comando e eu conhecerei o restante da tripulação deste barco brasileiro?
- É o que parece! (digo eu).

Ela sorri e me responde:

- Pode tirar a mão da câmera e se virar agora! Já estou vestida.

Eu me viro e logo a seguir ela se vira de costas fazendo um pedido:

- Você pode puxar o zíper para mim? Este vestido é um pouco justo e nem sempre consigo fazer isso sozinha!
- Hã...! Está bem...! Com licença...! (digo eu me aproximando dela).

Eu puxo o fecho eclair para cima e ela movimenta seus braços para trás para facilitar meu trabalho naquele momento. Posso ver toda a beleza da pele da embaixadora. Sedosa e de uma cor única! Acho que estou me apaixonando cada dia mais por esta mulher! Ela é um pouco mais velha do que eu! Mas isso não está fazendo nenhuma diferença para mim. Cada gesto, cada palavra e cada sorriso dela estão me conquistando dia a dia. O espaço limitado desta embarcação está me deixando muito íntimo de Chin-Mae.

Marcelo Henrique
como jornalista Fernando Dias

Andréia Mayumi
como Embaixadora Chin-Mae

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