O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

O Sargento Pedro agora está num pequeno barco a motor navegando pelo Rio Negro, junto à tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela e já perto da cidade de Onojo na Colômbia. Pedro é aquele militar brasileiro que se infiltrou no cartel de drogas peruano para auxiliar os outros militares da marinha a realizarem a missão-fantasma, do livro anterior. Pedro navega com cuidado por aqui porque esta é uma região dominada pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Muitos desses homens encontram-se escondidos nas margens de ambos os lados da fronteira, entre Colômbia e Venezuela. A maioria dos sete a dez mil membros desta organização criminosa vive a sudeste da Colômbia, embrenhada na mata amazônica. O militar brasileiro veio para cá porque ele tem um amigo que vive em Onojo na Venezuela e poderá ajudá-lo a entrar para o grupo das FARC. Esse amigo é um pequeno agricultor com terras próximas daqui. Ao chegar ao pequeno povoado, Pedro prende ao píer* semiabandonado seu velho barquinho a motor, comprado com dinheiro da marinha brasileira, especificamente para esta missão. Ele agora caminha pelo mato baixo até um pequeno grupo de casas ali próximas. Elas estão dentro de uma única propriedade e são todas pertencentes a um amigo seu. No caminho ele vê seu amigo de longe e o chama:

- Olá Maldonado! Há quanto tempo não nos vemos!
- Pedro?!?! É você?
- Sim, compadre! Voltei dos mortos!

Maldonado se aproxima lentamente e abraça o amigo Pedro, com muitos tapas de alegria nas costas um do outro.

- Madre de Dios! É você mesmo!!!! A notícia que todo o cartel peruano foi morto por um fantasma se espalhou rapidamente como fogo em mato seco! Como conseguiu sobreviver, meu amigo?

- É uma longa história! Como estão as coisas?

- Ahhh...! Você sabe...! O de sempre...! Não é fácil viver aqui! Não temos muitas opções! Podemos trabalhar para as FARC ou... trabalhar para as FARC. O governo abandonou esta região e o povo que vive aqui. Fora isso eu continuo plantando diversas coisas...! Humm! Acho que você irá gostar do que vou lhe mostrar! Tenho uma plantação diversificada, o que me ajuda a sobreviver e não passar fome. E você tem que me contar como é que está vivo, meu amigo!

- Vamos dar uma olhada em sua plantação, enquanto isso vou te contando a minha história...! Compadre...!

Os dois caminham lentamente em direção aos fundos do grande terreno de Maldonado, quando Pedro começa a falar.

- Preciso fazer parte das FARC, meu amigo.
- Por quê...? Já não foi suficiente sobreviver a um terrível fantasma, que matou dezenas de pessoas?

Pedro sorri para ele e explica:

- Não sei fazer outra coisa! Quero continuar tocando a minha vida e as FARC são a opção mais próxima.

Maldonado olha bem no fundo dos olhos de Pedro enquanto ambos caminham lentamente até o fundo da propriedade dele.

- Há quanto tempo somos amigos, Pedro?

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

- Há alguns anos já, meu amigo!
- Então sabe que te conheço bem, não é?
- Claro que sim!
- Lembra-se quando nos conhecemos a primeira vez?
- Sim! Claro que sim!
- Você salvou minha esposa daquele traficante! Ele iria matá-la se você não interferisse.
- É! Eu sei!

- Por que fez aquilo, Pedro? Por que matou alguém de seu próprio grupo quando veio para esta região pela primeira vez? Não precisava! Mas mesmo assim você atirou nele. Seus companheiros quase o mataram por isso! E aí você gritou para eles: “estamos aqui para falar com as FARC e não para matar pessoas”.

- Achei que não devíamos agir daquela forma na região controlada pelos guerrilheiros. Eles poderiam retaliar contra o cartel peruano que estava se formando naquele momento. Não seríamos páreo para um grupo tão grande e tão bem armado.

- Não foi por isso que matou seu companheiro, Pedro! Eu sei por que foi! Você não é quem diz ser! Você é alguém bom! Alguém que esconde algo de todo mundo ou de si mesmo.

Ambos continuam andando e Pedro olha rapidamente nos olhos de seu amigo quando comenta:

- Não estou escondendo nada de ninguém! Quero entrar para as FARC para combater o fantasma que matou meu grupo no Peru!

Maldonado sorri para ele e comenta:

- Quer vingança? Contra alguém que está morto? Estamos mesmo falando deste... fantasma? Ou de algo em seu passado que ainda não conseguiu esquecer?

Pedro olha novamente nos olhos de seu amigo, abaixa a cabeça tranquilamente e continua andando. Ele dá um pequeno sorriso, meio sem-graça, e comenta:

- Meu amigo! Alguma coisa matou aqueles que eram a minha família. Quero que as FARC e seu enorme grupo poderoso ataquem este fantasma para que eu possa finalmente enterrar este passado terrível.

- Sinto a verdade no que diz, Pedro, mas não de quem fala. Todos nós perdemos alguém para o tráfico ou para esses guerrilheiros. Vou te dar um aviso, meu amigo! Um que poderá salvar a sua vida! Não se meta com as FARC! Aproveite que sobreviveu a uma chacina! Para o mundo você já está morto! Renasça numa nova vida! É a sua chance. Desapareça enquanto é tempo.

- Não tenho outra vida para viver, Maldonado! A que eu tinha se foi! Esta agora é minha segunda opção. E eu preciso desta chance para poder um dia dormir em paz.

- Você quem sabe, meu amigo!
- Pode me colocar em contato com as FARC? (indaga Pedro).

- Sim...! Posso sim...! Eles passam sempre por aqui! Todo santo dia! Querem saber se apareceu alguém na região: polícia, traficantes, governo...! Eu sou um olheiro..., você sabe!

- Sim, eu sei! E é por isso que vim falar com você!
- Achei que estava com saudades de mim! (comenta Maldonado).
- Nunca deixei de te ver. Faço isso sempre que venho para esta região.
- Tem vindo pouco nos últimos anos, Pedro!
- Mas agora vim para ficar! Poderemos sempre nos ver.

- Não é assim que funciona nas FARC. Cada novo membro é enviado para uma célula específica do grupo. Cada célula está sempre em movimento! As regras são rígidas e você não terá liberdade para passear.

Pedro sorri e responde:

- Sou um homem com uma missão, amigo! Quero que as FARC combata este fantasma com todo o seu poder. Caso contrário ele virá atrás de nós também aqui na Venezuela.

- Durma hoje aqui em minha casa e amanhã eu te apresentarei amanhã o cara das FARC. Agora... fale-me mais sobre este fantasma e como você conseguiu sobreviver. Dizem que ele mata apenas traficantes de drogas, é verdade?

- É verdade! Vou te contar toda a história sobre isso!

Os dois caminham em direção ao fundo da propriedade de Maldonado enquanto Pedro conta em detalhes tudo o que ele presenciou e o que ouviu falar.

* Pier é aquela construção, geralmente feita em madeira, adentrando a água do mar ou de um rio, para facilitar o embarque e desembarque de lanchas ou barcos.
Bruno Santos
como sargento Pedro

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