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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Dentro do palácio do governo em Brasília, um grupo de quatro líderes políticos, presidentes de partidos da base aliada do presidente, questionam a necessidade de se utilizar os assessores cibernéticos ministeriais:

- Senhor presidente! O uso destes androides está destruindo a carreira política de muitas pessoas! Isso está prejudicando os trabalhos do partido como aliados do governo! (comenta o presidente de um dos partidos presentes).

- Não entendi, Carlos! Achei que apenas aqueles que estão comprovadamente envolvidos em algum tipo de escândalo estivessem sendo colocados para fora do poder!!!! (indaga, irônico, o presidente).

- Muitas das denúncias são infundadas e levará muito tempo para que todas sejam julgadas. Enquanto isso, mais de oitenta por cento dos representantes de nosso partido foram afastados por alguma denúncia de seus robôs! (comenta Carlos).

- Ainda não estou entendo! (declara, surpreso, o presidente). Se mais de oitenta por cento de seus membros instalados no poder foram afastados, é porque vocês estão com um RH muito ruim! Precisam urgentemente trocar o responsável de seu partido pela contratação de assessores. E quanto ao tempo para julgar cada caso, deve entrar em contato com o judiciário e encaminhar a sua reclamação a eles, que são lentos!

- Senhor presidente...! O senhor sabe do que eu estou falando...! Os assessores não são contratados pelo partido! Os assessores são pessoas atuantes de nossa instituição que demonstraram em algum momento ter habilidade em gerenciar ou administrar cargos públicos...!

- Carlos! Não posso ajudar o seu partido se você tem escolhido mal aqueles que o representam!!!! Vocês precisam mudar a forma de escolha de seus correligionários! O que eu não posso é admitir que você me indique alguém incompetente ou de passado duvidoso para atuar em meu governo...!

- Não é assim que a banda toca, senhor presidente! (responde Carlos).

- Não sei de qual banda você está falando! Até agora só vi a banda podre de seu partido! Se há uma banda decente que toque afinado em sua legenda... apresente-a a mim! Terei prazer em entregar de volta o cargo de ministro da cultura ao seu partido. Mas se todos os que são indicados por você estão de alguma forma desafinando ou perdendo o ritmo neste seu conceito de banda, então talvez seja você, Carlos, que não sabe como a banda deve tocar!

- Senhor presidente! (entra na conversa agora João Eduardo, outro presidente de partido). Os ACMPRs estão sendo hostis aos representantes ministeriais e seus parceiros de governo. A base aliada não pode mais aceitar tamanha incompetência que esses robôs estão demonstrando no dia-a-dia! Eles não estão gerenciando nada e nem sequer ajudando nos cargos das pastas ministeriais! Estão simplesmente fazendo auditorias de baixa qualidade e com um fundo de populismo ao apontar dezenas de pessoas que estão fazendo seus trabalhos como manda a cartilha política.

- Senhor João Eduardo! Percebi no dia da posse dos meus assessores cibernéticos que o senhor fora um dos que vaiavam e um dos que se levantou e foi embora antes de ouvir o discurso histórico de posse de um dos androides. Uma pena! Perdeu a chance de dizer aos seus netos no futuro que o senhor esteve lá, quando o mundo mudou... e para melhor! Mas tudo bem...! Eu lhe conto o final da história. Eu disse que a primeira função dos ACMPRs era a de fazer uma auditoria..., uma devassa técnica em cada uma das pastas ministeriais, justamente para afastar aqueles que não se adequavam aos novos rumos da política nacional! Portanto, esta etapa é mesmo para separar o joio do trigo! Agora, que as coisas estão lentamente entrando nos eixos, vamos recomeçar do zero! Para isso precisamos escolher pessoas capazes de administrar com decência e profissionalismo os rumos do Brasil.

- Mas e todos os anos em que estivemos juntos, apoiando a sua candidatura? Muitos dos que foram exonerados de seus cargos eram pessoas de nossa confiança e da sua também... Agora está difícil de continuarmos apoiando suas ideias e intenções para o futuro. O nosso partido não se coaduna com tudo isso!

- Senhor João Eduardo e companheiros! Tenho o maior apreço por tudo o que fizeram pela minha campanha para eu chegar até aqui! Sou-lhes eternamente grato! Mas eu tomei um novo rumo e que, na verdade, sempre foi a minha meta limpar do país tudo o que estiver danificando o funcionamento político! Ao meu ver os cibernéticos se encaixam perfeitamente nesta minha decisão...

- Presidente! Essa sua nova atitude e decisão são o equivalente a um golpe de traição contra todos nós! (declara José Vespertino, líder de outro partido político). A nossa legenda não tem mais interesse em continuar fazendo parte da base aliada! Suas decisões estão destruindo tudo o que nós fizemos por muitos anos por este país.

- Senhor José Vespertino! Sinto muito que veja a eliminação do câncer da corrupção como algo que afete o seu apoio ao meu governo (declara o presidente da república). Evitar que pessoas desonestas cheguem ao poder deveria ser uma prerrogativa de qualquer homem público. Eu acredito que somente com um corte profundo na própria carne de cada partido é que poderemos melhorar a qualidade da política e dos políticos brasileiros.

- O senhor está enganado, presidente! (declara José Vespertino). Para se governar um país é preciso fechar os olhos para algumas coisas, do contrário corre-se o risco de ficar cego ou pior!

- Está me ameaçando?
- Não! Apenas alertando que não é assim que se comanda uma nação! Se o presidente dos Estados Unidos ameaçar a nossa soberania, o senhor deverá confabular com ele para encontrar uma forma menos traumática de se resolver a situação e não entrar em guerra contra o maior exército do mundo!

- Deseja comandar o nosso país, senhor José Vespertino? Então primeiro limpe a sua casa que está bem suja neste momento e num futuro bem próximo haverá um espécie de prova que cada um deverá fazer para poder participar do processo político neste país. Quem não passar... não poderá nem entrar como assessor de assessor. Será preciso ter no mínimo ficha limpa para poder continuar na política!

- Está perdendo o juízo, senhor presidente? Quer acabar com os homens públicos deste país? (indaga revoltado Joel Carlos de Malta, outro presidente de partido).

- Quem lhe deu autorização para falar comigo desta forma, senhor Joel? (indaga o presidente da república).

- Não está olhando para a vida política com os olhos da razão! (afirma Joel Carlos). Combater a corrupção desta forma o levará a ser deposto ou morto! Quer fazer propaganda para se reeleger? Muito bem! Elimine alguns e siga com a vida normal! Não queira eliminar do país todos os que não "valem nada", segundo a sua ótica! Porque do contrário terá apenas no povão as suas opções de escolhas para assessores!

- É isso o que acha dos políticos? Ninguém presta? Se tiver razão então talvez já tenha chegado a hora de elegermos os ACMPRs para os postos políticos deste país!

- Continue por este caminho, senhor, e prepare-se para deixar a vida política para sempre (ameaça José Vespertino).

- Vocês perderam de vez o juízo? (indaga revoltado o presidente do Brasil). Estamos com a possibilidade de tornar nosso país um exemplo de democracia e justiça social! Somos o segundo país mais forte do mundo depois da China! Poderemos ser referência mundial em política... e ao invés de me apoiarem... vocês me ameaçam?!?! Quem são vocês? Os chefes das gangues deste país? Aqueles que autorizam a corrupção sem punição?

- Cuidado, presidente...! Está cavando um buraco muito próximo de seus pés...! (ameaça João Eduardo). A borda pode desbarrancar!

- Eu quero que todos vocês saiam daqui, agora!!!! (ordena o presidente do Brasil). Não quero o apoio de partidos políticos cujos presidentes me ameaçam para continuarem roubando através de meus ministros. Se querem deixar a base aliada... que seja!!!! Não preciso de gente do submundo para roubar o país enquanto estou de costas. Talvez a cadeia seja mais adequada para todos vocês!

- Não poderá governar sozinho, senhor presidente! (relembra Joel Carlos). A ditadura não cabe mais na América do Sul! O povo não irá apoiá-lo quando descobrirem seus atos de corrupção enquanto prega a moralidade...!

- Do que está falando, Joel? Nunca aceitei nenhuma corrupção em minha vida! (afirma o presidente do Brasil).
- Eu sei! Mas provas podem ser fabricadas! Acidentes acontecem! Algum homem seu de confiança poderá atirar em sua cabeça...! Somente o senhor sairá perdendo com tudo isso! E assim que o vice assumir... tudo voltará ao normal novamente!

- Eu sinto lhes dizer, senhores, mas o mundo mudou muito nos últimos anos (comenta o presidente do Brasil). Meu decreto terá validade por muito tempo antes que qualquer um de vocês consiga retornar ao poder novamente. Até lá muitas outras coisas irão acontecer! O fim da corrupção chegou a este país! E mesmo que eu morra... nenhum de vocês poderá continuar aqui, fazendo o que chamam de... "
trabalho"! E para completar... eu queria informar-lhes que este nosso "bate-papo" está sendo gravado em áudio e vídeo de grande qualidade. Se eu morrer... esta nossa conversa irá parar no ministério público, imprensa e internet. Portanto, estejam comigo nesta empreitada e lucrem com a mudança do Brasil... ou enfrentem as consequências e punições da história!

- Esta gravação não poderia ser feita, presidente! (comenta Joel). Isso é uma traição aos valores iniciais de tudo o que foi combinado com os seus partidários para que apoiássemos a sua campanha! Agora o senhor está querendo ser um ditador e usa conversas como a nossa para iludir as pessoas do povo.

- É verdade! (concorda José). O motivo de haver os apoios políticos é o de impedir que alguém inadequado tome o poder com as próprias mãos! Espero que esta gravação sirva também para mostrar às pessoas que as suas intenções não são tão nobres quanto o senhor tenta, com tanto esforço, demonstrar.

- Fale o que quiser, senhor José Vespertino! (declara o presidente da república, sorrindo ironicamente). A verdade está disponível para qualquer um que queira ver o ouvir. Meu decreto determina duas coisas específicas: retirada de corruptos e incompetentes de cargos públicos e a aplicação adequada do dinheiro público. A minha permanência no poder acontecerá apenas no prazo para o qual fui eleito... e nem um dia a mais! O futuro é do povo e da justiça, senhores. Somente aqueles que estejam com fichas limpas poderão efetivamente continuar na vida pública. A propósito! A aceitação ao meu governo e aos ACMPRs está atualmente em noventa e oito por cento.

Os presidentes dos quatro partidos políticos presentes levantam-se de suas cadeiras e deixam o local, revoltados com as futuras consequências, e terminam de forma forçada a reunião sem que haja nenhum acordo entre eles e o presidente do Brasil.

CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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