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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Chegamos a Brasília na sala onde o general Figueiredo nos aguardava! Entramos a pedido dele e rapidamente nos sentamos ao redor da mesa de reunião. O semblante daquele idoso militar demonstrava grande preocupação com os recentes fatos. Projetada na parede frontal está a imagem do comandante Severo diretamente da base militar secreta e ainda comandando o retorno ao Brasil de nosso barco invisível vindo da missão anterior na Coreia!

- Bom dia, general! Bom dia comandante Severo! (digo eu ao entrar na sala).

Os cabos Sabino e Everardo também o fazem logo depois de fazerem a típica continência militar a ambos os seus superiores!

- Bom dia, senhores (responde o general a nós). O comandante Severo está on line também aqui conosco neste momento para se inteirar da situação de nossa próxima missão! Quero primeiro aproveitar o momento e parabenizá-los pelo excelente trabalho de todos na Missão Nuclear! O país invadido tornou-se único novamente junto com a Coreia do Sul. A nova Coreia está vivendo um momento de pacificação e contato entre os povos, separados por dezenas de anos. Mudando agora de assunto...! Todos vocês receberam o e-mail que lhes passei sobre a atual situação na Colômbia, não é mesmo?

- Sim! (respondo eu e também Sabino e Everardo).
- Muito bem! Fizemos uma operação de emergência para evitar a invasão e conquista dos guerrilheiros das FARC sobre parte do nosso território na região de lá conhecida como Cabeça de Cachorro na Amazônia brasileira! A princípio consideramos a operação um sucesso com mais de duzentos guerrilheiros mortos, muitos feridos e uma enorme debandada e deserção de um sem-número deles. Isso evitou o ataque deles à nossa fronteira, ajudou o sargento Pedro a continuar a missão que nos facilitará destruir mais uma célula guerrilheira muito em breve e salvou as terras de diversas pessoas inocentes que nem imaginavam que seriam invadidos. Mas houve um efeito colateral que não havíamos imaginado antes. Com o enfraquecimento das FARC outros grupos da Colômbia resolveram se reposicionar para dominar a região. Agora temos um conflito generalizado e com consequências inimagináveis para os países vizinhos, incluindo o nosso! Não podemos dizer que o tiro saiu pela culatra, mas também não podemos cantar vitória em nossa missão! Vocês precisam urgentemente eliminar a célula terrorista do coronel Conrado, onde o sargento Pedro está infiltrado. Ele corre sério risco de vida vivendo entre eles neste momento. Depois disso terão que patrulhar invisíveis a fronteira brasileira. Os postos de fronteira estão nos informando sobre tentativas de invasão de nosso território e sobre diversos corpos que aparecem boiando nestes rios. A coisa só deve piorar nos próximos dias e apenas o barco invisível não será suficiente para combater as invasões em nossos onze mil quilômetros de fronteiras entre todos os países vizinhos. O maior problema se concentra na Colômbia e adjacências. Mas com a explosão deste conflito generalizado, descobrimos que os grupos terroristas e guerrilheiros daquele país já haviam se espalhado muito mais do que imaginávamos ou tínhamos informação. Nossa inteligência e os sistemas de informações vêm nos passando detalhes diariamente e os principais locais de invasão já fazem parte do plano de ação que foi enviado ao comandante Severo. Ele e sua equipe já estão traçando a rota mais eficiente de trabalho para eliminarmos os invasores. Não se enganem, senhores! Esta nova missão levará muitos anos para ser finalizada. Outros grupos terroristas retornaram a Tabatinga, onde vocês já haviam eliminado dali o inimigo. Para destruir um formigueiro matando formiga por formiga, a gente descobre que elas se multiplicam rápido demais e a tarefa se torna quase infindável.

- Como faremos para combater um formigueiro do tamanho da Colômbia, general? (indago eu, Fernando). Eles não têm uma sede para ser destruída!
- O comandante Severo e a inteligência artificial criaram algumas opções para se fazer isso! (informa o general Figueiredo). Estamos discutindo qual será a melhor, neste momento! Mas temos outro problema muito mais complicado de ser solucionado! Os norte-americanos nos enviaram um comunicado questionando por que o nosso barco invisível ainda se encontra neste momento na região das coreias? O fato é que já não estamos por lá há alguns dias!

- Como assim, senhor? (indaga Everardo).
- Não percebe...? O barco norte-coreano escapou incólume do Rio Taedong e continua navegando naquela região! Ele vem fazendo um lento ziguezaque no mar, parando de tempos em tempos em diversas ilhas. Parece que navegam lentamente para evitar serem descobertos.
- O que estão eles fazendo por lá ainda, senhor? (indaga Sabino).

-
Estão roubando alimentos e água doce das maiores ilhas da região! Temos relatos de ataques piratas em Cheju-do, Fukue-jina, Tanega-shima e a mais recente em Okinawa. Eles preparam-se para uma guerra! (detalha Severo falando via alto-falantes da sala de reunião).

- Contra quem? (indago eu).
- Não sabemos ainda! (informa o general). Nossa inteligência está em dúvidas sobre o que pretendem. Eles desconfiam que os norte-coreanos poderão estar se armando e se abastecendo para depois negociarem com terroristas internacionais para ajudá-los em suas investidas. Outros acham que eles têm um objetivo mais perigoso contra nós... aqui no Brasil.

- Acha que pretendem nos atacar? Mas onde seria o ataque afinal? E que tipo de ataque seria? (questiona Everardo).
- Não temos a menor ideia! (declara o general). O fato é que o movimento sinuoso entre os alvos atacados por eles, os alvos atingidos e os relatos dos moradores destes locais, indica que os norte-coreanos estavam nitidamente sem recursos.

- Senhor! Se o movimento deles pode ser detectado pelos norte-americanos basta lançar um ataque com um míssil e destruí-lo! (sugere Sabino).
-
Não é tão fácil assim, cabo! (declara o comandante Severo). Os norte-americanos só conseguem detectá-lo quando se encontra em uma ilha parado. Os saques são bem rápidos e bem coordenados. Quando são rastreados pelos satélites americanos eles já se afastam do local. Os norte-coreanos sempre avaliam muito bem o que devem fazer e rapidamente carregam as mercadorias roubadas. A CIA conseguiu prever com precisão onde seria o próximo alvo! Enviaram uma fragata de guerra para o local mais provável do ataque, que foi abatida sem dar um único tiro em retaliação. Os americanos disseram que somente um inimigo que estivesse muito perto poderia tê-los destruído. Eles têm sistemas de defesas que não puderam ser acionados devido à grande proximidade do ataque. Foram todos mortos à queima-roupa! Não há como deter um barco totalmente invisível e muito bem armado! E o pior: a fragata tinha quatro bombas nucleares a bordo e agora, senhores, já são mais de sessenta bombas atômicas espalhadas e perdidas pelos mares de todo o planeta por causa de navios, submarinos e aviões de guerra destruídos em missões desde o fim da segunda guerra mundial.

- E o que nós poderemos fazer agora, senhor? (indago eu).
- Neste momento...? Nada...! (responde o general). Este problema não nos compete! Vamos continuar nossa missão urgente nas fronteiras com a Colômbia. Os americanos tentarão combater o inimigo com a sua frota disponível na região. Mas, se isso também não der certo e o barco invisível norte-coreano realmente estiver vindo para cá, teremos que enviar vocês para combatê-los diretamente. Será uma difícil guerra de invisibilidades. Uma luta de foice no mais completo escuro! O resultado final será imprevisível.

- No Rio Taedong pudemos descobrir onde eles estavam, porque bastava avaliar com laser toda a região aquática até encontrá-los, mas no mar... esta técnica não será possível! (informa Sabino). Não há como cobrir uma região tão extensa.
- Nós sabemos disso, cabo! Mas não vejo outro modo de encontrarmos nosso inimigo invisível se não for usando esta tecnologia! (declara o general).
- Deixe-me pensar um pouco mais sobre este assunto, general! (requisita Everardo). Talvez conversando com mais calma possamos ter alguma ideia de forçá-lo a aparecer em nosso radar.
- Na missão no Taedong pudemos perceber que eles nos encontravam pelo ruído de nossos silenciosos motores. Não teremos tempo de torná-los ainda mais silenciosos..., mas poderemos fazer mais barulho na água, para confundi-los! (sugere Sabino).
-
Como é que é, cabo? (indaga o comandante Severo). Qual é a sua ideia?
- Se eles acreditarem que existe uma frota inteira de barcos invisíveis brasileiros, não saberão em qual deles atirar!
- Não temos recursos financeiros, humanos e nem de tempo para construir uma frota inteira de barcos invisíveis! (declara o general).

- Não precisamos construir todo o barco invisível, senhor! Precisamos apenas de minissubmarinos baratos e não-tripulados, navegando próximos à superfície com motores que gerem a mesma frequência dos nossos. Isso os enganará! (sugere Sabino). Se tivermos uma pequena frota como esta nos comboiando no mar, teremos alguma proteção contra o inimigo!

- Essa foi muito boa! (declara Everardo, concordando com o colega). Eles não poderiam atirar sem que imaginassem sofrer uma retaliação imediata dos outros supostos barcos invisíveis!!!!

- Vamos pedir para o nosso pessoal técnico preparar algumas unidades destes minissubmarinos e deixá-los prontos para o caso do inimigo vir até nós aqui no Brasil (declara o general). Muito bem! É só isso, por enquanto, senhores! Alguém tem mais alguma pergunta ou ideia...? Não...? Então vamos trabalhar, senhores! Vocês partirão para Manaus assim que o nosso barco invisível estiver chegando até lá. Boa sorte, pessoal! E, por favor, tragam o sargento Pedro de volta. Ele não poderá mais se infiltrar naquela região. Vamos detectar o inimigo de outras formas!

- Deixe conosco, senhor! Vamos resolver isso tudo! (declara Everardo).

Levantamo-nos da mesa de reunião para retornarmos aos quartos de hotel, disponíveis para nós, em Brasília. O general me interpelou antes de irmos embora:

- Fernando! Sei de sua história com Chin-Mae na missão anterior! Não quero interferir nas decisões que tomará em sua vida pessoal! Mas enquanto estiver conosco, preciso que se concentre mais no trabalho para o qual foi contratado! Suas informações sobre o evento da Coreia estão atrasadas e agora teremos uma missão dupla pela frente: combater a invasão de nossas fronteiras e eventualmente eliminar o barco invisível inimigo! Acha que pode dar conta?

- Sim, senhor! Chin-Mae tem um longo caminho pessoal a ser trilhado neste momento. Ela participará dos trabalhos que reunirão as duas coreias. O reencontro com a família, há muito perdida, a forçará viver por lá agora! Enfim, há muita coisa a ser feita! Mesmo que eu e ela quiséssemos nos casar, isso agora seria impossível tanto para mim, quanto para ela. Não sei quando poderei vê-la novamente, senhor! Nenhum de nós tem muito tempo disponível neste momento!

- Peço-lhe então um favor, Fernando!
- Peça o que quiser, senhor!
- Informe-me assim que houver dúvidas de sua parte em continuar trabalhando conosco. Não posso colocar qualquer jornalista nesta função em que você se encontra! Lidamos com segredos militares e informações que não podem, de forma alguma, ser divulgadas agora. Se decidir nos deixar, precisaremos de um tempo para encontrar um substituto à altura!

- Compreendo, senhor! Fique tranquilo! Vou finalizar meu trabalho e partir para a nova missão! Eu dou conta! E no momento não tenho a menor intenção de deixar este trabalho!
- Muito bem, meu jovem! Conto com você!
- Fique tranquilo, senhor! Em breve terá meu relatório final e o material de apresentação da missão anterior.
- Que bom, Fernando! Faça o que puder! Muito em breve estarão retornando para o meio do inferno lá na fronteira!

Agora eu, Sabino e Everardo deixamos o local para nos dirigirmos aos quartos de hotel onde descansaremos um pouco da longa e estafante missão anterior!

CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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Abaixo, em amarelo, a sequência de ataques piratas a quatro ilhas próximas do Japão, realizadas pelo barco renegado invisível norte-coreano.
São elas na sequência: Cheju-do ao sul da Coreia do Sul, Fukue-jina, Tanega-shima e Okinawa, as três últimas pertencentes ao Japão!