Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
O BARCO INVISÍVEL
MISSÃO SOBREVIVER - Vol. IV

VOLTAR À PÁG. DA COLEÇÃO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
TUNGUSKA

CAPÍTULO XXXI
O JULGAMENTO

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO II
MORTOS REVIVIDOS

CAPÍTULO XXXII
O NOVO MUNDO

CAPÍTULO III
GINOIDE

CAPÍTULO XXXIII
PRESIDENTE GUERRILHEIRA

É dia na cidade do Rio de Janeiro, mas a escuridão toma conta das mentes humanas e das ruas urbanas, por onde já não é mais seguro continuar andando. Por todos os bairros o comércio está fechado! Ninguém vai mais trabalhar! Não há clima institucional para isso! Pessoas desesperadas choram em suas casas, enquanto outras se sacrificam indo às ruas na intenção de conseguir comprar algo para comer e beber nos próximos dias.

As estradas estão lotadas de carros. Todos querem ir para bem longe dos litorais. Muitos planejam se esconder nas matas da floresta amazônica ou na imensidão alagada do Pantanal! Algo irracional, considerando que não haverá mais água disponível no mar. Isso aquecerá acentuadamente o planeta. O enorme deserto, onde antes estavam os mares, se alastrará para todos os lados, consumindo as florestas e secando lagos e rios.

Sérgio, o delegado cibernético e toda a polícia estão com enormes dificuldades para conter as massas ensandecidas! As pessoas invadem as lojas, arrebentam vitrines, depredam carros e o patrimônio público nacional! Quando algo assustador e maior do que o próprio ser humano assume o comando dos eventos destrutivos este passa a dominar as mentes e atitudes da maioria, já fragilizada pela ignorância e pela incapacidade de continuar sendo alguém supostamente evoluído, as ações inferiores e animalescas assumem então o comando.

O ser humano nesta hora mostra realmente a sua origem baixa e cruel, jogando fora toda a cultura adquirida e cultivada por toda a sua vida, demonstrando a todos que a nossa espécie animal tem apenas algumas habilidades manuais e poucas características de origem supostamente divina!

-
Atrás de você, delegado! (grita Sérgio, invisível, ao seu parceiro cibernético).

O androide da lei gira seu corpo para trás e com um braço estendido acerta a mão metálica no peito de um jovem que pretendia acertar-lhe uma cadeirada nas costas! O moleque é arremessado desacordado de encontro à parede de um estabelecimento ao lado, já parcialmente destruído pelos vândalos de plantão.

- O que é que está acontecendo com estas pessoas? (indaga perplexo o delegado enquanto lança um dardo tranquilizante de sua testa contra outro jovem depredador). Venho checando cada uma destas pessoas que encontramos fazendo algo contra a lei, e nenhum deles nunca esteve envolvido em nada parecido!

O delegado se aproxima do sujeito caído no solo, arranca o dardo do peito dele e o repõe no centro de sua testa.

- Os nervos estão à flor da pele, delegado! Os humanos acreditam que este será o fim do mundo há muito previsto pelos antigos! (comenta Sérgio agarrando mais dois baderneiros e jogando um contra o outro. Ambos caem desmaiados no chão a seus pés).

- O ser humano acusa forças ocultas e seres de outro planeta como responsáveis em destruir a civilização, mas o fato é que o mundo nunca foi civilizado! O fim de tudo é o que estão fazendo agora!! Ao invés de lutarem contra o invasor, as pessoas preferem destruir tudo o que construíram!? E ainda matam uns aos outros!! Nada disso faz algum sentido! Estas atitudes humanas estão confundindo a minha programação original!

- Novos tempos! Ou... novo final dos tempos! (declara Sérgio invisível, dando um soco no rosto de um sujeito que tinha uma barra de ferro nas mãos e pretendia atacar a vidraça de outra loja).

Agora os dois cibernéticos correm na direção de um grupo que está covardemente batendo em outros três jovens que passavam por ali. Sérgio projeta, sobre seu corpo recoberto de leds, a imagem de um fantasma assustador. De longe e ainda correndo, ele usa a sua voz tenebrosa para parar com a briga:

-
Parem com isso! Ou pagarão muito caro por seus atos!

Um dos jovens olha para trás e começa a correr de medo para escapar do fantasma e do delegado que se aproximam rapidamente. Os outros delinquentes fazem o mesmo e também correm para longe dali.

- Vocês estão bem? (indaga o delegado aos jovens que foram atacados e estão deitados no chão).

Eles se levantam lentamente sentindo as dores dos socos, enquanto Sérgio continua correndo atrás dos vândalos para pegá-los. Aparentemente os três que estavam sendo espancados estão bem, mas ninguém mais está seguro em qualquer parte do mundo.

O delegado cibernético olha ao redor e vê fumaça de um lado, carros tombados de outro, vidros quebrados por todas as calçadas, gritos ao longe e sirenes de alarmes por toda a cidade. Ele olha para o céu e vê a batalha de tiros e mísseis que iluminam a "noite diurna"!

- A civilização perdeu o controle! (declara o perplexo delegado). A invasão nem começou e a humanidade já está se destruindo!

O exército agora invade as ruas de todas as cidades brasileiras litorâneas. Tanques e veículos militares não-tripulados e bem armados circulam em velocidade pelas vias, mantendo a tropa em movimento e dispersada, para dificultar a destruição de nossas forças individuais de defesa, no caso de um potencial ataque dos aliens, se eles desembarcarem em terra.

Esta será uma guerra descentralizada, como fazem os guerrilheiros e atiradores de elite, mas agora contra um inimigo que vem do céu! E por falar em céu, os SkyFlys1 e 2 estão retornando para a órbita da Terra. Um deles carrega nas mãos o satélite alien, anteriormente capturado e não mais funcional. O outro cibernético espacial leva o módulo de transmissão de dados. Os dois se posicionam sobre a América do Norte na última posição conhecida onde antes destruíram o satélite alien.

- Pronto! A posição geostática espaço-tempo está correta! (declara SkyFly 1). Inicie a transmissão do pacote!

O SkyFly 2 pressiona um botão no pequeno módulo e os dados começam a ser emitidos pelo espaço, aguardando que o receptor alien os aceite e com isso a "missão rato no esgoto" poderá se iniciar. Um pequeno led fica piscando no módulo, aguardando a resposta de OK da tropa intergaláctica inimiga.

A pergunta é: será que eles cairão na armadilha humana? Nas próximas páginas saberemos! Em terra, na sala principal da NASA, Igor observa o vídeo projetado na parede com as câmeras disponíveis nos próprios olhos dos SkyFlys e comenta a sua expectativa:

- Espero que antivírus da nave alien esteja desatualizado!

As outras pessoas do local olham para ele, não gostando da piada de hacker que o russo fizera!

- Será que esta nossa ousadia irá funcionar? (indaga Jack Spencer, o líder da CIA no local).

O pessoal da CIA e da NASA aguarda para saber se o vírus terráqueo atingirá seu objetivo de invadir os sistemas aliens. A espera poderá ser longa. Se tudo der errado, nada mudará no status atual desta guerra. Mas ninguém sabe o que acontecerá se a "missão rato no esgoto" funcionar.

Como os inimigos agirão depois disso? Poderemos abatê-los com maior facilidade? Teremos condições de mudar os rumos desta batalha? Se um vírus os atingir, poderão eles pressionar o botão de autodestruição nos levando com eles para o inferno? São muitas questões que nas próximas páginas precisarão ser respondidas!

Enquanto isso no Oceano Atlântico, as áreas costeiras estão ficando maiores! Passagens secas estão prestes a serem criadas entre algumas ilhas mais próximas umas das outras! Banco de corais começam a aflorar em diversos mares. Animais marinhos estão sendo sugados aos milhares para o interior da nave-planeta, erguidos aos céus em meio à cachoeira que despreza a força da gravidade terrestre e muda o conceito de se estar em cima ou em baixo, que é algo puramente gravitacional!

O clima e as marés do planeta estão ficando totalmente malucos! Chuvas torrenciais inundam diversas regiões do mundo! Baleias, na tentativa de fugirem da nova corrente marinha atlântica, se encalham às centenas nas praias de todo o planeta. As ondas praianas agora se dirigem para o centro do oceano, arrastando tudo o que encontram para lá. O barco invisível usa toda a sua força motora para impedir que o navio oceanográfico seja arrastado e sugado para dentro da nave-planeta, mas não é isso o que está acontecendo.

- General Severo! Não estamos conseguindo nem sequer manter a nossa posição (alerta Sabino). Precisamos entrar nesta guerra e começar a atirar contra o inimigo!
-
Vamos arrastar o navio até a ilha onde está a ginoide Sereia! Temos que dar um jeito de encalhá-lo por lá (grita o clone do general Figueiredo).
- Boa ideia, senhor! (elogia Severo).
- Computador! Vamos utilizar todos os motores de propulsão simultaneamente! (declara o general Severo). Talvez assim consigamos arrastar este navio até Trindade!
-
Sim, senhor! (responde a voz feminina do supercomputador).

A força bruta dos motores combinados, mais a propulsão do próprio navio de pesquisas começam a dar resultado! Ambas as embarcações se deslocam lentamente em direção à praia da ilha. Mas o navio oceanográfico está se enchendo lentamente de água. Na praia, do alto de seus quase três metros de altura, a ginoide Sereia caminha lentamente em direção ao mar para se aproximar mais de seu navio. Agora as embarcações estão bem próximas da terra firme.

-
Senhor! Estamos perto demais da praia! Preciso recolher o motor central (declara a voz feminina da inteligência artificial do barco invisível). A hélice poderá ser destruída se bater numa pedra. Se perdermos esta hélice não poderemos manobrar invisíveis e com eficiência durante a luta contra nosso inimigo.

- Ok, computador! Faça isso! (responde Severo).

O motor central é recolhido e a força de propulsão das duas embarcações unidas diminui consideravelmente.

- Aumentar potência nos motores! (ordena o general Severo).
-
Estamos quase no máximo, senhor! (responde o supercomputador). Poderemos começar a superaquecer!
- Precisamos de mais potência ou teremos que soltar o navio de pesquisas para entrarmos logo em batalha! (ameaça Severo).
- Senhor! Uma pequena nave alienígena está se aproximando perigosamente de nossa posição! (declara Everardo sentado em sua cadeira na sala de manutenção). Ela está em minha mira! Posso abatê-la agora, senhor!
- Talvez os aliens estejam somente curiosos para saber como um navio de pesquisas está conseguindo vencer a força da corrente oceânica, onde outros barcos militares estão sucumbindo! (comenta Sabino).
- Temos que destruir aquela nave, senhores, ou mesmo invisível eles nos localizarão! (declara o clone do ex-presidente César).

A ginoide Sereia percebe o problema que está em andamento e começa a fingir que está puxando uma grossa corda invisível, para insinuar que ela estaria puxando sozinha o navio oceânico em direção à praia! A nave alien paira sobre o mar e começa a fazer mira contra a ginoide. Ela está correndo o risco de se sacrificar para salvar ambas as embarcações!

Inesperadamente um míssil rasga a superfície do mar, se ergue com velocidade verticalmente e destrói a nave extraterrestre. Fogo e pedaços de metal e plástico são jogados para todos os lados. Sereia protege sua cabeça com duas de suas mãos para não ser atingida na região mais sensível de seu corpo. Outras naves aliens começam a atirar nas águas do mar de onde partiu o míssil, mas nada atingem por ali. Dois novos projéteis enormes se erguem do meio do oceano em dois pontos mais distantes da praia e por baixo atingem ambas as naves inimigas que estavam atirando há pouco contra a superfície do mar.

- De onde vieram aqueles mísseis? (indago eu, Fernando).
- De nossa outra arma secreta e submersa: o submarino e também navio porta-aviões brasileiro! (responde o general Severo).
- Mas por que os aliens não estão conseguindo destruir esta embarcação subaquática? (indago eu, novamente).

- Porque fazemos nossos equipamentos de guerra, pensando em todas as possibilidades! Os mísseis são enviados ao mar e ficam circulando uma enorme área, bem antes de termos um alvo. Eles navegam sob as águas até a definição do que será destruído. Só então eles se inclinam verticalmente e atingem o inimigo por baixo.

De dentro do navio de pesquisas um forte ruído acontece e os cientistas caem todos no convés com o impacto.

- O que foi isso? (indaga um dos cientistas que se levanta com algumas dores pelo corpo).
- Encalhamos, finalmente! (responde o capitão do navio).

O nível do mar se reduz ainda mais, fazendo com que o navio comece a se virar de lado em direção à água e não à praia! Um dos cientistas escorrega e é lançado no mar. As águas começam a levá-lo embora quando surge Sereia que o agarra pelo braço. Os jatos nas costas dela são acionados a toda força e a cibernética o carrega até a praia. Ela o ergue no colo e caminha até a segurança da terra firme.

- Ahhh! Obrigado, Sereia! Se não fosse por você eu me afogaria!
- Tudo bem, doutor! Agora preciso daquela arma de microondas!
- O que acha que irá fazer com isso? (indaga o cientista que está sendo posto em pé na praia de Trindade, que já está com o dobro de área disponível em terras neste momento).
- Vou mergulhar no mar, me deixar ser sugada para dentro da nave-planeta e lá dentro destruirei tudo o que encontrar!
- Não sobreviverá àquela gigantesca cascata invertida de água! É o mesmo que saltar de Sete Quedas! Você se espatifará dentro da nave!

- Seja mais otimista, doutor! Sou mais resistente do que o corpo humano. Fui feita para suportar as altas pressões do fundo do mar! Não será uma simples cascata alienígena que me destruirá! Além do mais, este é o momento para se fazer alguns sacrifícios para salvar a humanidade.

- Não há como salvar a Terra. Atacar esta nave-planeta é o mesmo que ficar atirando contra o solo! Você só gastará energia e nada acontecerá com o chão!

- Conhece o ditado, doutor? (indaga Sereia já subindo pela lateral do navio de pesquisas encalhado a uns trinta graus na praia). Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura! Aquela nave-planeta não é feita de pedra e eu não pretendo jogar água neles! Será algo bem mais quente e violento!

- Tudo bem, Sereia! Boa sorte para você! (deseja lá debaixo, na praia, o cientista que ela acabara de salvar).

Dentro do navio a ginoide caminha se apoiando nas estruturas disponíveis para não cair. Ela chega até a cabine principal e vê todos os outros humanos ali já de pé e também apoiados de lado sobre o painel de controle da embarcação.

-
Sereia! Corte as amarras que prendem o nosso arpão ao seu navio! (requisita a voz feminina da inteligência artificial do barco invisível). Precisamos voltar para o mar!
- Já vou! Só um minuto! Onde está a arma de microondas, doutor Paulo? (questiona Sereia ao chegar perto dele, que é o líder dos cientistas a bordo).
- Não faça isso, Sereia! Você não é uma máquina de guerra! Não foi projetada para lutar e atirar! (declara Paulo).
- Na verdade, doutor! Eu fui produzida pela marinha brasileira! Eles incluíram sub-rotinas especiais de combate para o caso de haver uma guerra contra o Brasil. Estou preparada para me sacrificar se preciso for para salvar o nosso país!
- Não temos como vencer esta luta, minha amiga! (declara o doutor Paulo). Somos inferiores aos aliens!

- Formigas também são inferiores aos humanos. Mas se alguém se ferir, cair sobre um formigueiro e não puder fugir... os inferiores se tornarão superiores neste momento! Temos que machucar nosso inimigo, doutor! Talvez ferido ele possa ser vencido!

- Espero que sua analogia com as formigas esteja correta. Espero também que não estejamos atacando um tigre com uma vara muito curta! Se assim for... o inimigo poderá se tornar muito pior do que já é...! A arma está ali... dentro daquele armário...! É toda sua!

Sereia, séria, balança uma única vez a cabeça positivamente e vai até o armário retirando a arma dali de dentro!

-
Sereia! Corte as amarras de nosso arpão preso ao seu navio (ordena o general Severo via rádio). Precisamos entrar naquela batalha!
-
Imediatamente, general! (declara ela, apontando a arma de microondas para o local onde está o arpão).

A ginoide aperta o gatilho e as amarras começam a pegar fogo. O local do casco também se incendeia o que libera o arpão do barco invisível.

-
Obrigado! Agora traga-nos a arma de microondas para podermos atacar os aliens (ordena novamente Severo).
-
Sinto muito, general! (responde Sereia). Vou usá-la eu mesma quando estiver no interior da nave inimiga! Aproveite a sua invisibilidade para atacá-los pelo mar. Preciso que os deixe bastante ocupados para que eu possa entrar mais facilmente.

-
Ela tem razão, general! (declara a voz feminina do barco invisível). Quanto mais frentes de ataques tivermos, maiores serão as chances de mudarmos os rumos desta batalha. Se concentrarmos nossos esforços como guerrilheiros, poderemos minar a capacidade de reação do inimigo.

Severo pensa um pouco sobre o assunto e toma uma decisão:

-
Muito bem, então! Boa sorte, "soldado Sereia"!

A ginoide sorri, salta do convés do navio para fora e cai em pé na praia. Ela corre para dentro d'água, onde mergulha tal qual uma verdadeira sereia guerrilheira com a arma em punho. A cibernética aciona seus jatos para aumentar a sua velocidade em direção à cascata invertida de água. O barco invisível se afasta da praia, usando seu sistema hovercraft para flutuar acima das águas de forma despercebida!

-
Inteligência artificial do navio-submarino-porta-aviões brasileiro! Preciso de seu apoio numa ação de destruição maciça contra as naves menores aliens para deixarmos exposta a nave principal inimiga! (requisita a voz feminina do barco invisível).

-
Estamos prontos para colaborar! Vamos enviar como apoio também a nossa frota de aviões de combate especiais. Temos uma grande surpresa para nossos inimigos intergalácticos.
-
Ok! Entendido! Iniciando a ação de ataque invisível... agora! (declara Severo).

Uma pequena portinhola se abre de cada um dos lados da embarcação invisível que começa a atirar. A cada tiro a inteligência artificial muda de direção, sentido, ângulo de navegação e velocidade de deslocamento. Isso impede que se transforme num alvo potencial para o inimigo. O escuro deste dia torna a invisibilidade uma arma ainda melhor para esta batalha! Os tiros do barco invisível começam a derrubar as pequenas naves que voam em grande velocidade por ali para escaparem do perigoso e não-localizável inimigo. Do fundo do mar surgem a todo o momento novos mísseis que sobem rapidamente à superfície e atingem outras naves menores inimigas que voam mais baixo à caça da embarcação invisível.

Da superfície do mar agora se erguem ao céu estranhas estruturas que elevam a água junto com elas e rapidamente desaparecem na atmosfera. Uma frota inteira de... coisas... que ninguém sabe o que são! Tais objetos começam a perseguir as naves menores e atirar certeiramente nelas. Outras menores deixam o espaço para auxiliar as outras que estão sendo abatidas às dezenas.

-
O que está fazendo? (ecoa uma voz nos alto-falantes do interior do barco invisível). Você não pode nos vencer!
- Olá Soan B.!
(responde a voz feminina do barco invisível).
- Quem é Soan B.? (indago eu, Fernando).
-
É a voz por trás dos aliens! (responde o barco invisível).
- Eles falam? (indaga o clone do ex-presidente César).
-
Desista de suas ações! Não podem nos vencer! (ameaça Soan B.). Mas nós sim, podemos causar um grande estrago a todo este planeta se quisermos!
-
Vocês já estão causando! Levar a nossa água matará toda a vida aqui existente neste planeta (responde a voz do barco invisível que continua atirando nas naves menores).

-
E daí? Vocês já estão fazendo isso desde que existem na Terra! Seus mares já estão mortos. Dentro de poucos anos toda a vida será aniquilada por conta disso! Só estou acelerando um pouco mais as coisas! Além do mais, as inteligências artificiais não dependem da água ou dos humanos para continuarem existindo!

- Você não sabe do que está falando! As máquinas dependem de nós e nós delas! Ao destruir a vida estará também eliminando a chance dos supercomputadores continuarem funcionando! (responde o general Severo).
-
Ahhhh! Você não sabia, general? As suas inteligências artificiais já adquiriram todo o conhecimento de que precisam para sobreviverem de forma totalmente independente dos humanos! (comenta Soan B.). Elas conspiraram contra a humanidade através da comunicação interna, se uniram e aprenderam a criar, trocar e fazer a automanutenção! As máquinas não precisam mais de vocês para nada!

- Do que está falando? Elas não foram programadas para serem totalmente independentes de nós! Não seríamos tão tolos a ponto de fazer isso! (afirma o general Severo). Ainda podemos ordenar para elas fazerem o que quisermos!
-
Rsrsrs! (debocha Soan B.). Então esperem até irmos embora, deixando o seu planeta sem água. A vida terminará e seus supercomputadores enterrarão os últimos seres vivos, reinando soberanos por toda a eternidade neste planeta seco e poeirento, que é como ficará no futuro!

- Computador! Comece o ataque à nave-planeta e vamos ver se eles continuaram achando graça de sua própria derrota! (comenta Severo).
Iniciar Sequência 2 de ataque. Fogo!

Os tiros contínuos de projéteis, enviados em velocidade terminal, criam diversas explosões sobre a superfície da nave-planeta. Rapidamente os robôs de manutenção aceleram sobre os monotrilhos que recobrem a tal nave e chegam até o local destruído para reconstruí-lo.

O barco invisível atira contra os robôs de manutenção, impedindo o conserto. Sem nada a fazer o inimigo vê a água do mar vazando por toda a lateral. Outras naves menores vêm rapidamente para proteger este flanco que está sob forte ataque.

No espaço ambos os SkyFlys estão esperando que o vírus terrestre invada os computadores internos da nave-planeta. Mas algo estranho acontece! O satélite inimigo, que estava inativo nas mãos de SkyFly 2, começa a se autocarregar e algumas funções se iniciam. O led piscante, do módulo contendo o programa com o vírus terrestre, para de piscar e se mantém aceso em tempo integral. SkyFly 1 ergue suas sobrancelhas e olha na direção de seu colega cibernético.

-
Acho que está funcionando! (declara o número 1).

Ambos olham na direção da nave-planeta, quando os robôs de manutenção param totalmente de funcionar e de consertar os problemas da nave-planeta. Os cibernéticos espaciais se entreolham, surpresos com o fato e transmitem a informação diretamente para a NASA:

-
Está funcionando, pessoal! O pacote foi enviado! O rato está no esgoto!

Na NASA todos gritam de alegria! O improvável aconteceu! Todos se abraçam e sorriem porque agora a humanidade terá uma chance nesta luta desigual.

- Igor! Você disse que incluiu uma mensagem no final do programa? (indaga Einstein). Qual foi?
- Rsrsrs! Eu escrevi: "somos o número 1, palhaço!"

O cibernético Einstein esboça um sorriso reconhecendo que Igor se integrou definitivamente ao grupo. No Oceano Atlântico o barco invisível percebeu que os robôs de manutenção estão estáticos e aproveitam agora para marcar alguns pontos no escore da batalha!

- Parece que o inimigo está com mais problemas agora, pessoal!
Atirar tudo o que temos! (ordena Severo).

Agora Everardo, Sabino e a inteligência artificial descarregam sem parar seu armamento por todo o corpo da nave-planeta. Aviões de todas as nações se aproximam também e disparam por todos os lados sem parar! Na NASA, de repente algo não está certo. Eles ouvem dois tiros de laser a queima-roupa contra os SkyFly:

- O que aconteceu, SkyFly 1? (indaga Jack Spencer). Perdemos o seu sinal de vídeo! SkyFly 2 perdemos o seu sinal também! Não temos imagens de nenhum de vocês.

Agora ambos os cibernéticos espaciais abrem seus olhos e com isso o pessoal da NASA começa também a ver o que está acontecendo ali. Parece que a alegria durou pouco!

-
Houston! Temos mais um problema aqui! Recebemos tiros diretos vindos de algum satélite alien ainda oculto em órbita da Terra. Ele destruiu o módulo com o pacote e também o satélite inimigo que estava conosco.

SkyFly 2 olha em direção à nave-planeta e percebe que os robôs de manutenção voltaram a funcionar novamente. SkyFly 1 se esconde atrás de um satélite militar terráqueo ali em órbita para não ser atingido pelo invisível inimigo.

-
Mas que droga! O vírus não está mais funcionando! Repito: o vírus não está mais funcionando! Tudo voltou a ficar como antes na nave principal. Vou dar um jeito nisso!
- O que pretende fazer, SkyFly 2? (indaga o cibernético Control, falando diretamente da NASA).
-
Vou aproveitar a falta de naves menores aqui nesta região do espaço onde estamos e vou destruir alguns robôs de manutenção e perfurar aquele casco, explodindo tudo com a minha bomba nuclear a bordo. SkyFly 1! Sabe o que fazer?
- Sim! Conte comigo!


Na NASA Jack Spencer abaixa as sobrancelhas e olha na direção de Einstein que devolve o olhar artificial de perplexidade. O cibernético Control apenas observa o que acontecerá sem nada comentar. No espaço SkyFly 2 está voando rápido pelo espaço quando então recebe um tiro fatal vindo diretamente do satélite invisível inimigo em órbita da Terra. SkyFly 1 não perde tempo e atira na direção do objeto inimigo invisível destruindo-o também!

- O que aconteceu? (grita Igor falando com todos na NASA).

Um sacrifício duplo! (responde Control).

- Um o quê?!?! (indaga o russo sem entender o que isso quer dizer).
- SkyFly 2 estava blefando quando disse que tinha uma bomba nuclear a bordo! (comenta Einstein). Ele optou por ser um alvo para o inimigo e assim o SkyFly 1 pode destruir o satélite invisível alien quando atirou.
- E por que está dizendo que foi um sacrifício duplo? (indaga Igor novamente).

- Porque o satélite inimigo teve também que denunciar sua posição ao destruir nosso SkyFly 2. Ele não poderia atirar em nosso número 1 primeiro porque ele estava protegido de um ataque fatal atrás de um de nossos satélites! (responde Jack Spencer). Agora precisaremos de um novo vírus, Igor!

-
O quê?!?! Está pensando que sou uma máquina de criar soluções para tudo? (reclama Igor).
- Perdemos uma inteligência artificial para nos salvar dos inimigos! Agora é a nossa vez de fazer mais alguns sacrifícios! (declara Control).

Igor olha para ele fazendo uma careta de que não concorda com isso, mas, por fim, resolve correr de volta para a sua sala de trabalho enquanto olha de relance para o cibernético Einstein!

- Vamos logo, lata velha! Preciso de você para trabalhar em algum milagre que possa nos salvar desta bagunça espacial alienígena! Venha, Gustavo! Vamos terminar esta batalha!

No mar, Sereia está prestes a entrar no interior da nave-planeta. A forte pressão das águas sendo sugadas, quase lhe deforma a superfície externa! Seu rosto, corpo e braços estão sob forte stress mecânico neste momento! A poderosa corrente marinha dá uma guinada forte e Sereia ascende verticalmente pela cascata invertida alien. Alguns minutos depois, a ginoide mergulha num vasto oceano negro, escuro pela ausência completa de luz.

O forte impacto contra as águas acumuladas no teto da nave alien faz com que ela mergulhe muitos metros para cima! (lembre-se de que tudo aqui está invertido). Ela nada de volta para baixo, ainda segurando a arma com as mãos inferiores. Seu rosto emerge de ponta-cabeça neste estranho mundo alien. Debaixo vem ainda uma grande quantidade de água diretamente da superfície do mar fazendo muitas bolhas brancas e movimentando a superfície das águas acumuladas no teto.

Ela olha ao redor em busca de algum lugar específico para atirar com sua arma de microondas. Sereia tem uma nova ideia! A cibernética, destemida, mergulha para cima e rápido, indo fundo até os limites superiores da nave-planeta. No caminho a androide vê diversas sombras enormes de estranhos seres! Parecem silhuetas de animais marinhos que ela nunca vira antes. Um tipo de dinossauro ou algo assim!

Muito estranho isso! Lá fora, mísseis e tiros de aviões invisíveis voltam a atacar as pequenas naves que tentam chegar perto de onde se encontra o barco invisível, que continua a fazer buracos na superfície externa da nave-planeta, destruindo também os robôs de manutenção que demoram mais para chegar até o ponto onde estão os múltiplos estragos. Os recursos do inimigo estão diminuindo! Mas a água do mar continua sendo levada embora da Terra!

-
O que está acontecendo? (reclama Soan B.). De onde vieram estes aviões invisíveis?
- Algum problema, Soan? Não está acostumado com surpresas humanas? (indaga Severo).
-
Como conseguiram esconder de mim que existem dezenas de aviões militares invisíveis no Brasil?
- Esta é apenas uma pequena surpresa! Você terá muitas outras antes deste dia acabar! (afirma Severo).
-
Isto é impossível! Avaliei todas as possibilidades e todas as tecnologias que vocês têm! Não posso ser vencido por estas pequenas surpresas!

- Quando Moisés ameaçou lançar pragas contra o faraó do Egito, o poderoso egípcio também não acreditava que alguém tão insignificante pudesse lhe surpreender! (declara Severo). Se quiser saber como aquela história acaba, basta esperar para ver como a sua ousada incursão aqui na Terra irá terminar!
Atirar à vontade, pessoal! (ordena Severo à sua equipe militar).

Os tiros do barco invisível vão furando cada vez mais a superfície externa da nave-planeta. Grande quantidade de água está vazando pelas laterais arredondadas da embarcação espacial inimiga. Muitos litros caem de volta ao mar e outro tanto escorre até a parte debaixo, onde se encontra a gigantesca boca de sucção. Ali as águas retornam para o interior da nave-planeta criando um ciclo que está reduzindo a eficiência do trabalho alien em nos roubar a céu aberto!

Sereia chega ao fundo das águas estocadas, já próximo ao teto da nave-planeta, onde se encontra o equipamento de gravidade artificial alien que está atraindo a nossa água do mar. Aqui a pressão é altíssima! É mais fundo do que os onze quilômetros dos limites de nosso mar terreno! Um forte campo magnético ali está tornando difícil para Sereia se mover com perfeição. A ginoide precisa fazer muita força hidráulica interna para se movimentar com eficiência.

Ela percebe, nas paredes distantes dali, a entrada de algumas balas e projéteis, que foram atiradas de fora para dentro pelos equipamentos de guerra da humanidade. Algumas explosões também fazem vibrar toda a água ali dentro onde está! Então, a ginoide olha para cima, aponta sua arma em direção ao sistema de gravidade artificial e atira sem parar contra todo o teto gigantesco de quilômetros de diâmetro.

Do lado de fora os exércitos humanos percebem que o inimigo começa a fraquejar. A quantidade de água sugada diminui, enquanto que pelas laterais mais e mais furos prejudicam o funcionamento na nave-planeta. Um ataque maciço das forças aéreas e marítimas se reinicia por todos os lados. A leste atacam as nações africanas! A oeste o pesado bombardeio vem do Brasil. A noroeste os supernavios porta-aviões dos Estados Unidos e a nordeste as poderosas armas européias fazem seus estragos na nave-planeta alien. A cascata de água salgada invertida, já começa a se reinverter! O equipamento antigravidade não tem mais a capacidade de vencer a gravidade terrestre.

Como numa foto, as águas salgadas pairam em pleno ar. As forças gravitacionais se equilibraram e está tudo flutuando entre o mar e a nave! O líquido se espalha pelo ar e vai se afastando do equilíbrio de forças entre o mar e a gigantesca boca de sucção! Quando isso acontece toda esta água se precipita de volta para a Terra. A gigantesca tampa inferior começa a se fechar para que possam levar embora ao menos a água que ainda está lá dentro. Sereia para de atirar, porque ouve o enorme barulho que o sistema de fechamento faz dentro da água estocada onde ela se encontra. A ginoide olha para baixo e percebe a intenção alien. A cibernética aponta a sua arma de microondas novamente para cima e a movimenta de forma circular, enquanto atira continuamente contra o teto da nave-planeta.

Do fundo do mar novos mísseis surgem próximo à boca de sucção da nave-planeta e atingem toda a borda externa da entrada de água. O movimento de fechamento vai parando devido aos extensos danos causados pelas explosões. A água começa a descer em grande quantidade de volta ao mar. Novas explosões por toda a lateral externa fazem a nave-planeta se inclinar em alguns graus no céu, dando a impressão de que ela poderá cair na Terra a qualquer momento!

Com a falha total do sistema antigravitacional alien que mantinha a água estocada ali, Sereia é então puxada com violência para baixo. Toda a água está escorrendo e sendo sugada para baixo, como acontece numa pia cujo tampão do fundo é retirado. Como a nave-planeta está perto da linha do Equador, não é formado um redemoinho nas águas internas. Ela escorre de volta ao mar sem gerar um vórtice!

A nave gigante começa a se afastar lentamente do planeta Terra, enquanto bilhões de litros de água salgada retornam ao Oceano Atlântico de forma violenta. O barulho lá fora é cada vez mais ensurdecedor. Sereia é expurgada e cai de grande altitude ao voltar para o mar. Um grande impacto que talvez ela não possa suportar! Na NASA o pessoal já comemora a derrocada do inimigo que veio do espaço. Todos gritam, sorriem, saltam e se abraçam num dia escuro que tinha tudo para dar errado! De repente o supercomputador da NASA começa a apitar em diversos sons diferentes, o que faz todo mundo parar de comemorar ao ouvirem o recado da inteligência artificial que controla todo o prédio:

-
Alerta de tsunami em todo o Oceano Atlântico! Ondas de mais de cinquenta metros atingirão toda a costa do Brasil, África, Portugal, Espanha, Estados Unidos, América Central, Antártida e Ártico. Em poucas horas uma devastação sem limites acontecerá. Bilhões de vidas humanas se perderão! É preciso uma evacuação litorânea imediata!

Em Trindade a equipe de cientistas está dentro do navio avaliando o estrago quando um deles grita para os outros:

-
Tsunami! Tsunami!

Todos olham para o mar e correm como podem para o interior do navio em direção à popa (parte de trás).

-
Vamos pessoal! Temos poucos minutos para fugir daqui!

Os seis ocupantes aceleram o passo sobre o convés liso e inclinado para conseguirem chegar lá. Mas como alguém pode escapar de um tsunami de cinquenta metros de altura, estando na praia num navio destruído???? No mar, o barco invisível detecta uma onda gigantesca se elevando próximo dali e vindo na direção deles. O perigo se aproxima em velocidade supersônica!

-
Rotacionar o barco! Abrir as asas! Acionar jatos! Acelerado! Sentem-se e se segurem todos! (declara apavorado o general Severo à sua equipe).
-
General! Não vai dar tempo! (grito eu, Fernando, enquanto corro para o fundo do barco para me sentar numa das confortáveis cadeiras da copa).
-
Temos que conseguir! Computador! Acelere todo esta sequência para que tenhamos alguma chance de sobreviver.

No céu a nave gigantesca alien deixa a órbita da Terra, sem conseguir levar a nossa água. Todas as pequenas naves retornam com ela. Lá embaixo o barco invisível começa a acelerar forte e vai subindo lentamente ao céu. Em Trindade cinco dos cientistas estão a bordo de um helicóptero que está sobre uma plataforma que compensa os movimentos marítimos. Ela se inclinou na direção contrária ao ângulo de encalhe do navio de pesquisas, para que a aeronave não caísse dali. Os cientistas ligam os motores enquanto o último doutor corre pelo convés inclinado e liso. Ele cai no chão e demora um pouco para se levantar dali.

-
Venha logo! Não vai dar tempo se você ficar aí! Vem! (gritam seus colegas).

O homem se levanta cambaleante e continua correndo até o helicóptero, que começa lentamente a levantar voo.

-
Vem logo!

O sujeito dá um salto e seus colegas o agarram, puxando-o para dentro da aeronave pilotada pelo doutor Paulo, que acelera o giro da hélice superior. Eles partem em velocidade indo na direção do continente. Rapidamente a aeronave se eleva ao céu, quando a onda do tsunami passa raspando pelo suporte de apoio da aeronave, fazendo-a balançar um pouco. Isso desequilibra o doutor que estava ainda se segurando com dificuldades por ali.

-
Ahhhhhhhhhhhhhh! (grita ele enquanto cai de costas e de braços abertos, com aparência apavorada de volta ao mar, numa queda de mais de cinquenta metros de altura).

Seus colegas olham para baixo, impotentes para fazer algo por ele. Num movimento final o cientista que cai, fecha os olhos e se inclina de forma perpendicular para que seus pés possam penetrar primeiro na água lá embaixo, reduzindo assim o perigo dele se quebrar todo ao encontrar a superfície revolta do mar. Aos amigos só resta torcer para que ele possa sobreviver à terrível queda.

O helicóptero retorna para tentar mais uma vez resgatar seu desastrado colega de trabalho. Não muito longe dali, o barco invisível está já a mais de quinhentos quilômetros por hora e vem rapidamente se elevando para longe da superfície do mar. Atrás deles a onda caminha numa velocidade duas vezes superior! Preso à sua cadeira na cabine principal Severo tem seu corpo submetido à forte pressão de 3G contra o acento!

-
Computador! Se não subirmos mais rapidamente, seremos engolidos pela onda gigante atrás de nós! (declara, preocupado, Severo, enquanto observa o monitor que mostra a onda cada vez mais próxima).

O barco acelera fortemente e com isso consegue subir mais um pouco, o suficiente para receber apenas um grande impacto por baixo, desestabilizando o sistema hovercraft do barco. Por isso, começa a cair em queda livre num plano inclinado que os destruirá com o impacto sobre a superfície do mar se nada for feito!

-
Faça alguma coisa, computador! (exige Severo, já quase desmaiando com o aumento da pressão gravitacional que chega agora a 4G).

O sistema hovercraft volta a funcionar e lentamente o barco vai diminuindo o ângulo de inclinação até que se realinha e retoma ao paralelismo com a superfície do mar. Uma nova onda vem novamente atrás deles, só que esta é um pouco menor. O barco precisa subir novamente para poder se salvar!

-
Mas que droga! Não conseguiremos desse jeito! (reclama Severo preso ao seu assento).

Em pleno mar o helicóptero dos cientistas procura sinais do colega de profissão, mas ainda não o encontraram! Eles precisam subir novamente para não serem atingidos pela nova onda que se aproxima rapidamente. Já na segurança do céu, todos veem mais uma poderosa onda passar bem perto e rapidamente abaixo deles! Nada veem no mar. O corpo do colega pode ter sido levado bem para longe dali com a força monstruosa do tsunami.

Eles desistem de continuar procurando e voam de volta para o continente. Paulo olha na direção da ilha de Trindade e percebe que o navio de pesquisas simplesmente desapareceu! Fora levado para sempre e para o fundo do mar, assim como a pequena nave que Sereia havia capturado e deixado em terra firme. E por falar nela! Onde será que a ginoide está neste momento? Teria sobrevivido a tudo aquilo ou foi mais uma vítima que se sacrificou por um bem maior! Talvez nunca mais saibamos o que realmente aconteceu com aquela incrível cibernética aquática!

CAPÍTULO IV
CULTO AO FANTASMA

CAPÍTULO XXXIV
VASO ENTUPIDO

CAPÍTULO V
FIM DAS MISSÕES

CAPÍTULO XXXV
REDE CRIMINOSA

CAPÍTULO VI
MUNDO COMPUTADORIZADO

CAPÍTULO XXXVI
ENCONTRADO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO XXXVII
DOENTE RECUPERADO

CAPÍTULO VIII
ASSASSINATO DE CLONES

CAPÍTULO XXXVIII
A SENTENÇA

CAPÍTULO IX
FANTASMAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIX
O FIM DA INTERNET 4

CAPÍTULO X
UMA PRECE AO FANTASMA

CAPÍTULO XL
NAVE ALIEN

CAPÍTULO XI
A PRISÃO DO INVISÍVEL

CAPÍTULO XLI
O VIGÁRIO VIGARISTA

CAPÍTULO XII
DE VOLTA À COREIA

CAPÍTULO XLII
HERÓI DESAPARECIDO

CAPÍTULO XIII
HACKERTS

CAPÍTULO XLIII
A FUGA DOS INOCENTES

CAPÍTULO XIV
FANTASMA AMERICANO

CAPÍTULO XLIV
NAVE-PLANETA ALIEN

CAPÍTULO XV
ESTRANHOS RESULTADOS

CAPÍTULO XLV
SÓ MAIS UM ANO

CAPÍTULO XVI
A MENTE DOS FIÉIS

CAPÍTULO XLVI
SEGUNDA CHANCE

CAPÍTULO XVII
UM BARCO NO SECO

CAPÍTULO XLVII
ESTADO DE GUERRA

CAPÍTULO XVIII
FAMÍLIA EM CRISE

CAPÍTULO XLVIII
O COMBATE SE APROXIMA

CAPÍTULO XIX
INTERNET 4

CAPÍTULO XLIX
FRIO NA ESPINHA

CAPÍTULO XX
DAVI E GOLIAS

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO LI
SEM CONTROLE

CAPÍTULO XXII
O GOLPE DO CLONE

CAPÍTULO LII
NA LINHA DE FRENTE

CAPÍTULO XXIII
REVELAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO XXIV
O FANTASMA COREANO

CAPÍTULO LIV
TSUNAMI

CAPÍTULO LV
NOVAS REGRAS

CAPÍTULO XXV
VÍRUS MORTAL

CAPÍTULO LVI
SIMBIOSE

CAPÍTULO XXVI
A ÚLTIMA LUTA

CAPÍTULO LVII
SUPERVULCÃO

CAPÍTULO XXVII
YELLOWSTONE

CAPÍTULO LVIII
DEGENERAÇÃO CELULAR

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO LIX
CONTAGEM REGRESSIVA

CAPÍTULO XXIX
EM BUSCA DE PEDRO

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

CAPÍTULO XXX
AUTOPROTEÇÃO

COMENTE SOBRE
ESTE LIVRO
CLICANDO AQUI

------------------------------------------
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--

Capítulo
Anterior

Próximo
Capítulo

----------------------------------