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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
Na outra dimensão as 3 naves recebem a informação de um robô-sonda lançado 15 dias antes deles:

- Senhor! (informa o cientista Smith, encarregado da telemetria) Acabo de receber as leituras de avaliação do robô-sonda Apocalipse. Ele finalizou seu trabalho e enviou muitas informações... (ele para de falar, enquanto lê rapidamente com os olhos os dados recebidos).

- E então, senhor Smith? (questiona o subcomandante, já que o comandante fora abduzido recentemente pelo demônio, e é ele quem comanda agora a missão).

- São milhares de meteoros, senhor! (informa preocupado o cientista). A maioria deles estavam escondidos atrás dos meteoros maiores! São de todo tamanho! E tem mais! A sonda descobriu que existe um vírus desconhecido no interior de todos os meteoros analisados!

- Qual o potencial deste vírus, senhor Smith?

- Não sabemos ainda, senhor. Estou reenviando todos os dados para a Terra, mas o computador da nave também avalia a sequência genética deste vírus. Dentro de 6 horas saberemos o que ele é. Já sabemos que não se parece com nada encontrado na Terra. É uma forma de vida nova, senhor!

- Os pequenos se destruirão ao entrar na atmosfera? (questiona o subcomandante).

- Quando falo de meteoros pequenos, quero dizer que são menores do que os outros, mas eles têm o tamanho de navios porta-aviões (responde preocupado o cientista).

- Quer dizer que teremos que desviar o curso de diversos meteoros gigantescos, destruir centenas de meteoros médios e pulverizar milhares de pequenos? (questiona o subcomandante, enquanto olha para a equipe de cientistas). Deviam ter enviado o super-homem conosco para esta missão (coçando a cabeça, enquanto gira sua cadeira novamente para olhar o céu estrelado à frente).

Ainda de costas para todos, o subcomandante aciona diversos botões em seu painel dianteiro e cobra atitudes urgentes de sua equipe:

- O tempo está correndo, senhores, preciso saber como faremos isto! Como dividiremos os grupos de trabalho para esta missão? Quero saber de tudo em menos de 12 horas. (O subcomandante olha para o relógio digital acima de sua cabeça e vê a informação de quantos dias faltam para o impacto dos meteoros na Terra: 29 dias). Senhor Smith torça para este vírus ser apenas uma gripe suína, senão teremos uma nova pandemia infernal no planeta! Isto se a raça humana não for extinta antes!

- Senhor! Os meteoros pequenos estão acelerando sua velocidade e ultrapassando os meteoros maiores! (comenta outro cientista).

- Como isto pode ser possível, senhor Falk?

- Estes meteoros estão agindo como se estivessem realmente se escondendo atrás dos outros! Agora ultrapassaram os meteoros maiores e rumam diretamente para a Terra em velocidade acelerada! Isto é incrível!

- Está dizendo, senhor Falk, que estes meteoros agem como se tivessem consciência? Como se eles tivessem um plano de ataque?

Repentinamente 5 pequenos impactos se seguem na nave líder, balançando-a um pouco. O subcomandante, assombrado com a situação, requisita:

- Computador, análise de danos!

A voz feminina do computador responde:

- Nenhum sistema foi afetado, sugiro uma análise visual externa para confirmação.

O subcomandante faz um gesto para seu oficial, para tratar deste assunto e volta-se para o sistema de vídeo conferência:

- Soldado Jorge! Como isto é possível?

E agora que nós os descobrimos eles resolveram atacar? (comenta assustado o subcomandante da missão).

- Bem, eu acredito que eles possam estar sendo manipulados por alguém! Talvez pelo mesmo ser que abduziu nosso comandante!

- Não podemos esperar 12 horas, senhores! (comenta o subcomandante enquanto olha para todos os membros da equipe). Precisamos saber como agir, agora! Quero sugestões!

De lá do fundo um cientista pequenino, de óculos, muito tímido, de cor parda e muito sem jeito, ergue seu braço para poder falar sobre o assunto. O subcomandante levanta a cabeça para poder enxergá-lo melhor e pergunta:

- Fale... senhor...?

- Ed! Meu nome é Ed, senhor! Eu... tenho... uma sugestão. Eu já vinha trabalhando nesta ideia, quando fui chamado lá na Terra... (ele aponta para trás, para de falar, e decide a seguir apontar para a direita, repetindo a frase)... lá na Terra! (Levanta novamente os óculos, pois está suando muito, por estar desconfortável ao falar a todos neste momento)... e se o senhor me permitir, eu gostaria de rodar uma apresentação animada do que eu... posso, senhor?

- Claro, claro! (comenta interessado o subcomandante).

Ele clica em seu computador pessoal, e em todos os computadores da cabine aparece a mesma simulação.

- A ideia é baseada num jogo de bilhar. Quando o jogador bate com o taco na bola branca, ele carrega esta bola com energia cinética. A bola se desloca e bate em outras, transmitindo parte desta energia para cada uma delas. Desta forma todas as outras bolas, que são tocadas, se deslocam em outras direções, caindo nas caçapas desejadas (enquanto o cientista Ed fala, uma animação em três dimensões mostra as bolas se tocando e se movimentando até caírem em suas caçapas).

- Esta ideia pode ser aplicada aos meteoros menores? (questiona o subcomandante).

O cientista Ed começa a apresentar seus problemas para este plano:

- Temos algumas variáveis a serem consideradas: o jogo de bilhar ocorre em plano bidimensional e aqui temos um espaço tridimensional. Num jogo de bilhar as bolas estão todas paradas. Aqui os meteoros estão todos em movimento. Num jogo de bilhar temos um taco para transmitir a energia, aqui teremos que improvisar um potente propulsor num meteoro, que fará a função da bola branca. Num jogo de bilhar as bolas são redondas e aqui os meteoros são muito irregulares, assim teremos que calcular o momento certo de bater uns nos outros, caso contrário não acertaremos a caçapa..., digo... a direção... e perderemos um propulsor com uma tacada ruim... digo... uma missão errada... digo... falha.

- Ok! Eu já entendi, senhor Ed! Nossa intenção inicial era utilizar os propulsores para mudar a rota dos meteoros gigantescos. Agora teremos que utilizá-los para deslocar um único meteoro menor! Se funcionar, quantos meteoros podem ser deslocados de sua rota ao mesmo tempo?

- É difícil dizer, senhor! É como aplicar na bolsa de valores: a quantidade de deslocamentos poderá ficar maior a cada momento ou ao contrário. Depende da movimentação no espaço (argumenta Ed).

- Então, como poderemos prever estas oscilações? Como saberemos o momento certo de acionar o propulsor?

- O melhor seria determinar a rota de cada meteoro menor, sua rotação, e pedir para o computador escolher a nossa bola branca, depois ele determinaria o momento certo para acionar o propulsor. Conforme os cálculos poderemos estimar, quando a bolsa estaria em alta... digo... uma maior quantidade de deslocamentos, senhor!

- Bem! Vou perguntar novamente: esta sua teoria pode ser implantada aqui? (questiona preocupado o subcomandante).

- Sim, senhor! Precisaremos apenas pedir ao computador central para fazer o mapeamento dos meteoros, o resto é apenas física aplicada e muitos e muitos cálculos matemáticos (sorri esperançoso o cientista Ed).

O subcomandante concorda com a proposta e questiona seus outros cientistas:

- Certo! Temos poucos propulsores, portanto nossas tacadas... digo... apostas devem ser certeiras (o subcomandante olha para o cientista Ed, meio sem jeito, questionando, com o olhar para ele, se este problema é contagioso). Os meteoros médios deverão ser pulverizados em partículas menores. Podemos fatiá-los ou explodi-los com segurança?

- Senhor! (questiona o cientista Peter). Explodindo os meteoros médios, poderemos conseguir, com os destroços lançados, deslocar a rota de dezenas de meteoros menores ao mesmo tempo!

Interrompe a fala do Peter o cientista Falk:

- Então precisaremos colocar um propulsor e uma bomba em cada meteoro médio e calcular o momento exato da explosão, para fazer funcionar a ideia do Ed!

Ed balança a cabeça, confirmando a ideia dos outros colegas.

- Certo, e como faremos com os meteoros maiores? O que utilizaremos para deslocar a rota deles? (questiona mais entusiasmado o subcomandante).

O cientista Ed novamente levanta o dedo, tímido e ligeiramente trêmulo:

- Pois não, senhor Ed!

- Bem! Só restaram nossas naves para empurrar os meteoros gigantescos. Mas isto consumiria todo o nosso combustível e não poderíamos mais voltar para a Terra!

Todos olham para o subcomandante, que retorna ao Ed e depois para a expressão dos outros cientistas, esperando mais alguma sugestão, que não vem! Então ele levanta as sobrancelhas, espreme os lábios, com a expressão de: se é só isto, que seja então!

- Bem, senhores! Ainda temos de lembrar que os meteoros menores, não deslocados de suas rotas, terão de ser perseguidos e cortados com rajadas de laseres, arma de ressonância, mísseis e tudo o que restar para isso. Só então desviaremos os meteoros maiores. Calculem tudo isto o mais rápido possível! Se não tivermos outras opções, vamos implementar o plano de vocês!

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XXI
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