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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
No relógio da nave o contador informa: 8 dias para o impacto dos meteoros contra a Terra. No espaço, a nave 3 já chegou até um dos meteoros médios, e os militares manuseiam seus equipamentos para realizar o trabalho. Um deles, com todas as suas luzes ligadas e de pé sobre o meteoro, encosta na superfície um equipamento, que mais parece uma britadeira espacial! Ele aciona o botão, próximo à sua mão direita, e um forte impacto ocorre, tremendo a superfície do meteoro, que emana um pouco do pó para o espaço.

Outro militar fixa um enorme cabo na trava que acabou de ser fixada pelo primeiro. Um terceiro está segurando um rolo com um cabo de aço. O rolo tem 3 vezes o seu tamanho. Agora o segundo militar já fixou a ponta do cabo de aço na trava e auxilia o terceiro militar a carregar o rolo em direção a outro meteoro. Cada um deles segura no eixo central do rolo e voam juntos. O rolo se desenrola, esticando o cabo de aço no espaço. Um quarto militar já havia instalado um propulsor em outro lado deste mesmo meteoro.

Agora o propulsor gira a saída dos gases para diversos lados, a fim de parar a rotação original do meteoro. Tudo é acompanhado nas naves por câmeras de vídeo espaciais, que flutuam no interior de bolas metálicas com propulsores. Cada militar tem uma destas câmeras, que o acompanha no espaço. Assim todos podem acompanhar a operação, e eventualmente auxiliá-lo via rádio, se algo de errado ocorrer ao redor. O líder informa ao subcomandante:

- Senhor! Estamos prontos para inserir o sistema de travamento no meteoro gigante agora! Até aqui está tudo correndo bem!

- Muito bem líder 1, prossiga conforme combinado (determina o subcomandante).

Agora outro militar encosta a sua britadeira espacial sobre o meteoro gigante e aperta o botão. No momento do impacto, parte da superfície, onde ele se encontrava de pé, se desfaz em areia. O militar fica flutuando no espaço, sem cair dentro do meteoro, enquanto vê sua trava fluorescente, viajar diretamente para o outro lado do meteoro, por dentro dele.

Ele se assusta ao perceber o que ocorreu e observa o que irá acontecer. Como a trava apenas vai desaparecendo abaixo de seus pés, ele resolve entrar lá dentro! Ele adentra um pouco no meteoro e joga suas luzes para avaliar melhor o local. Percebe, para sua surpresa, que o meteoro gigantesco é oco e informa seu líder:

- Senhor! Temos um novo problema aqui! O meteoro gigantesco é oco! Não podemos fixar a trava nele! A superfície se desfaz!

O líder responde preocupado:

- Soldado! Você disse que o meteoro gigante é oco? Não pode ser!

- Sim, senhor! O Meteoro gigante é oco! O que faremos agora, senhor?

O subcomandante interrompe a conversa para questionar seus cientistas:

- Muito bem, senhores (dirigindo-se aos cientistas, enquanto os militares ouvem a conversa lá no fronte). O que está acontecendo aqui? Nunca ouvimos dizer que existem meteoros ocos! Como isso pode ser possível?

O soldado Jorge, já apelidado maldosamente de espermatozoide, pelos colegas, por ter a cabeça grande demais em relação ao corpo, entra na conversa, via vídeo conferencia, e interrompe a discussão:

- Senhores! Isto é tudo um embuste! Estão querendo nos enganar e nos atrasar!

- Do que você está falando soldado? (questiona espantado o subcomandante).

- Não é possível que um meteoro seja oco! A sua formação no universo impede que isso seja possível! Alguém preparou este meteoro para atrasar nossa missão! (informa o soldado Jorge).

- Você acha que tudo isso é parte de um plano, para garantir que o vírus chegue à Terra? (questiona o cientista Smith).

- Com certeza! (afirma categórico o soldado Jorge).

- O que faremos então? (pergunta o líder no espaço, aguardando uma resposta, enquanto acompanhara tudo, vendo imagens projetadas em seu visor, do rosto das pessoas que falavam).

- Soldado Jorge? (o subcomandante requisita uma resposta do soldado).

-
Destruam este embuste! (decreta o soldado Jorge).

- Muito bem então! (concorda o subcomandante). Vamos destruir esta farsa! Nave 3 atire contra esta "maquete de meteoro" assim que as equipes se afastarem do local. E, por favor, chequem se existem outros, nesta mesma condição, antes de fixarem as travas!

- Senhor? (requisita o líder em campo). Vamos ter que liberar este meteoro médio e reenrolar o cabo de aço! Isso levará um bom tempo!

- Não! (interrompe mais uma vez o soldado Jorge). Eu refiz os cálculos e podemos ter um efeito similar, se fixarmos esses cabos no meteoro médio mais próximo!

- Muito bem então! (concorda o líder em campo). Equipe 1! Vamos girar este cabo para o outro lado, e fixá-lo naquele meteoro ali! (apontando para a esquerda).

Enquanto isso, a mais ou menos 10 quilômetros dali, a nave 2 atira com os laseres e destrói alguns meteoros menores. Outras vezes ela atira um míssil, que atinge a superfície de meteoros gigantes que se pulverizam, graças ao seu interior oco. A equipe 2 está agora mais adiantada do que a 3, e já fixou um meteoro médio ao outro. Agora eles estão prontos para se afastar do local, para que o soldado Jorge, a 4000 quilômetros dali, possa acionar seu programa de controle do propulsor a cada segundo:

- Equipe 2 para líder 1! Estamos nos afastando do local. Vamos entrar na nave 2, em 30 segundos, e rumar para os próximos dois meteoros! (afirma um dos soldados da equipe 2).

- Muito bem! (agradece ao comandado o líder 1). Soldado Jorge! Pronto para acionar seu programa de controle em 25 segundos..., 20..., 15..., 10...

De repente o propulsor começa a funcionar com força total e o meteoro inicia seu processo de rotação ao redor do outro. O meteoro passa raspando no traje de um dos militares, que se assusta com a situação.

-
Soldado Jorge! O que está fazendo? (questiona muito bravo o líder 1).

- Desculpe-me, senhor! (responde o soldado Jorge). Mas se eu não acionasse agora o propulsor, perderíamos a janela de rotação, e consequentemente centenas de meteoros não seriam atingidos. Sugiro que saiam o mais rápido possível do local. Os meteoros começarão a ser lançados para todos os lados muito em breve. Afastem-se no mínimo 100 km daí.

- Soldado Jorge! (Líder 1 chamando a atenção violentamente do soldado Jorge). Esta sua atitude não foi adequada! Se um de nossos homens fosse atingido o trabalho não poderia ser realizado a tempo!

- Desculpe-me, senhor! (responde novamente o soldado Jorge). Mas pelos meus cálculos a rotação antecipada não criaria danos, nem ao soldado nem à sua nave, senhor! Além disso, estamos sem tempo para aguardar novas janelas! Estimo que mesmo assim, não conseguiremos abater todos os objetos, senhor!

- Soldado Jorge! (questiona ainda muito bravo o líder 1). O mais importante é garantir a saúde e o poder de trabalho de todo o nosso pessoal. E se esta sua atitude se repetir, eu mesmo o prenderei por insubordinação! Fui claro?

- Sim, senhor! (responde calmamente o soldado Jorge).

- Atenção, senhores! (o subcomandante interrompe a conversa do líder e do soldado Jorge). A nave 1 está pronta para entrar em batalha contra os meteoros. Soldado Jorge! Envie o programa de animação para o computador central, para que todos possamos antecipar o movimento dos meteoros, quando começarem a colidir uns contra os outros.

- Sim, senhor! (atende o soldado Jorge).

Agora os dois meteoros, que estão girando cada vez mais rápidos, começam a ter seu movimento alterado e se deslocam para perto de outro meteoro. Na primeira colisão o meteoro atingido se espatifa, lançando muita areia no espaço.

Pedaços menores começam a se espalhar para todos os lados, enquanto os dois, que estão girando, começam a acelerar novamente seu movimento de rotação, reduzido com o impacto anterior. Um segundo impacto ocorre, mas agora os dois meteoros que se chocam, se destroem. Pedaços de pedras são lançados para todos os lados e também muita areia. Agora é a vez do subcomandante dar uma bronca no soldado Jorge:

- Soldado! Você é tão inteligente e não previu que uma rotação muito grande, destruiria todo o conjunto?

- Senhor! Peço que observe o programa que desenvolvi em seu monitor e acompanhe os resultados atualizados, vindos diretamente do fronte, senhor! (requisita o soldado Jorge).

O subcomandante observa detalhadamente o programa, que já previra, tudo que ocorrera até agora. O programa espera deslocar a rota de 150 outros meteoros médios. Na mesma tela, ao lado do programa estimativo, os resultados vão se confirmando lentamente!

Os destroços e o meteoro maior colidem uns contra os outros e aparece um erro de dispersão de 0,002%. Agora o subcomandante sorri, cada vez mais, a cada novo impacto e deslocamento de rota confirmados. Ele homenageia o soldado:

- Muito bem, soldado Jorge! Quais meteoros vamos conectar com cabos agora?

O soldado faz alguns cálculos, digitando rapidamente em seu teclado e aponta os meteoros, a serem conectados, com o dedo, sobre a tela sensível de seu computador. Imediatamente no computador central das 3 naves e nos visores de todos os militares em campo, além do monitor da enfermaria, aparece a informação requisitada pelo subcomandante. O líder em campo observa as informações e responde:

- Muito bem soldados! (referindo-se aos militares trabalhando no espaço com ele). Quero a equipe 2 ,conectando estes dois meteoros aqui! (neste momento ele clica sobre os dois meteoros que escolheu, com a mão direita mecânica do traje, sobre seu próprio visor e todos os outros militares, incluindo as 3 naves, veem o que ele escolheu). Equipe 3! Conectem estes dois outros meteoros aqui (o procedimento se repete para dois novos meteoros). Nave 1! Vocês chegarão a tempo para conectar estes outros dois aqui? (o procedimento se repete para dois novos meteoros). Temos menos de 5 minutos para iniciar o procedimento!

- Líder 1 estou confirmando a nossa presença em 3 minutos no local. (responde o subcomandante, enquanto sua nave atira com o laser para destruir alguns meteoros menores). A equipe 1 já está pronta e completa para a ação! (ele diz isso porque o soldado que estava na enfermaria já está a postos junto com o grupo, aguardando para sair da nave).

Enquanto isso os militares no espaço estão trabalhando rápido, fixando suas travas nas superfícies dos meteoros, esticando os cabos e instalando os propulsores. Quando um dos militares da nave 1, fixa sua trava na superfície de um dos meteoros escolhidos, de dentro dele começa a sair um gás, que todos vêem através do sistema de vídeo.

-
O que é isto? (questiona o subcomandante, estranhando o jato contínuo saindo de dentro do meteoro).

-
Soldado não se mexa! (grita preocupado o soldado Jorge diretamente da nave 3 para o militar que se descuidou).

Mas é tarde demais! Na pressa, o soldado não percebeu o gás saindo do local e acionou seus propulsores para sair de lá, enquanto o outro militar fixava o cabo nesta trava. Uma forte explosão ocorreu! Nenhum som foi ouvido no espaço! Apenas um grande clarão se espalhou no local. E o líder preocupado questiona, gritando para seus comandados:

-
Soldado! O que foi isso? O que está acontecendo? Responda!

Um silêncio, que parece uma eternidade, incomoda a todos, que param o que estão fazendo, para acompanhar o desfecho da situação. E nada acontece. Dez segundos depois, as câmeras de vídeos espaciais, que acompanhavam aos dois soldados, voltam a funcionar, e todos veem os dois trajes espaciais arrebentados, à deriva no espaço, quando pequenos meteoros colidem contra eles. Inertes, os corpos mudam sua rotação, com o impacto das pedras. Os dois soldados estão mortos. O soldado Jorge, via vídeo conferência, quebra o silêncio generalizado, com uma informação adicional:

- Decididamente existe um plano diabólico por trás disso! Primeiro, asteróides gigantescos ocos; depois, meteoros médios com hidrogênio em seu interior, que explodem, quando fixamos nossas travas; pedras pequenas com vírus, que nos modificam geneticamente. Todos eles viram areia, o que prejudica nossos trajes e propulsores. Alguém não deseja que tenhamos sucesso, e para completar, a explosão de hidrogênio não criou uma onde de choque viável, para alterar a rota de outros meteoros mais próximos! Tudo isso é para nos atrapalhar. Não me impressionaria se o que estamos fazendo aqui seja em vão!

- Soldado Jorge! (questiona o subcomandante). Do que você está falando agora?

- Não sei, senhor! (responde Jorge). Estou notando um padrão muito claro que acompanha os nossos passos atuais! Para tudo que planejamos, existe um problema que nos obriga a mudar nossos planos anteriores. Está ficando muito óbvio!

- Óbvio, soldado? (argumenta o líder flutuando no espaço). Para mim é tudo muito insólito! Coisas absurdas que não poderiam ocorrer, estão acontecendo! Nada me parece óbvio por aqui!

- Senhores! Vamos enviar um comunicado urgente para a Terra, requisitando que direcionem sua atenção para o outro lado do espaço (decide o soldado Jorge). Acredito que eles possam ter outra surpresa!

- O que quer dizer, soldado? (indaga o subcomandante).

- Acho que estamos combatendo apenas uma frente do problema. Quem arquitetou tudo isso não deixará que tenhamos sucesso! Por mais que nos esforcemos! (finaliza Jorge).

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XXI
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