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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
Poucas minutos depois... nos céus de Roswell, Novo México, Estados Unidos, Spok sobrevoa a cidade, para espanto da população local, que vê novamente uma nave extraterrestre por lá. Dentro da espaçonave um sistema holográfico apresenta toda a cidade local, diante do painel principal, à frente do pára-brisa da nave. De repente, pequenos sinais azulados piscam no subsolo da cidade. São cinco sinais de vida.

Spok para a nave sobre o local indicado no holograma. Diversas pessoas começam a sair de suas casas, espantadas com a visão da nave estacionada a poucos metros de altura de suas casas. Algumas batem fotos, outras filmam tudo com seus celulares. Sinais sonoros, bem baixos, são emitidos.

Todos podem ouvir a sutil tentativa de comunicação da nave extraterrestre. Alguns começam a gritar de alegria, outros choram de medo e se escondem novamente em casa. Alguns ligam para seus familiares e mostram as imagens que estão gravando para eles. De repente, depois de alguns minutos, sem nada de mais acontecer, um tampa redonda de bueiro é deslizada suavemente sobre a superfície do chão da rua, expondo o escuro e fétido buraco logo abaixo.

Pequenas mãos cinza-escuro aparecem, segurando nas bordas do buraco. As pessoas, assombradas, olham agora para baixo. Aos poucos e lentamente, um a um, vão se expondo na superfície, cinco
homo stellaris, que viviam escondidos. Um forte facho cilíndrico de luz vem da nave acima, iluminando a superfície abaixo. A nave começa a se movimentar, passando por cima do grupo de seres subterrâneos.

Conforme a luz ilumina os estranhos seres, um a um desaparecem da visão dos humanos, cada vez mais impressionados com a situação ímpar apresentada. Depois de todos eles sumirem, a nave desliga sua luz de transporte e desaparece em alta velocidade no céu. A nave voa até a estratosfera do planeta, para maior privacidade. Lá dentro os cinco pequeninos são questionados por Spok:

- Quem são vocês?

- Éramos humanos, como todos os outros (responde um deles). Quando o meteoro caiu, em 1947, sofremos esta estranha mutação e tivemos que nos esconder no subsolo. O exército capturou meu pai e minha mãe e nunca mais ouvimos falar deles.

- A cor de vocês é mais escura do que a minha, provavelmente pela ausência de luz solar! (afirma Spok).

- E vocês? (questiona um deles a Spok). Quem são? Como vocês têm estas naves?

- Vivemos numa outra dimensão. Fomos abduzidos por um demônio, que vem fazendo experiências genéticas com a humanidade (informa Spok). Vocês devem ter sido um teste de campo que ele fez! Hoje vivemos em um planeta inteiramente nosso, que compartilhamos com animais e plantas, onde desenvolvemos nossa própria tecnologia! E agora atingimos um nível aceitável de sobrevivência no espaço também. Já fizemos algumas incursões em outros planetas e enviamos sondas para outras galáxias. Iremos conhecê-las muito em breve! Conseguimos recentemente nos transportar para esta dimensão e encontramos vocês vivendo aqui. Não sabíamos de sua existência! Achávamos que nossa espécie vivia somente em nossa dimensão!

- Nós conseguimos alguns avanços no subterrâneo com o lixo que a cidade joga fora (comenta um dos pequeninos). É incrível a quantidade de coisas úteis que a humanidade descarta, poluindo tudo!

- Enquanto voávamos, vimos muito lixo acumulado em alguns depósitos, principalmente nas regiões mais pobres das cidades (detalha Spok). Como vocês vivem lá embaixo?

- Retirávamos a energia diretamente da própria rede elétrica da cidade. Desenvolvemos um sistema que trata o esgoto e o lixo que chegam até nós. Nosso equipamento transforma todo o material recolhido em componentes básicos. Depois transformamos tudo em novos compostos. Temos purificação de água, comidas a partir do lixo orgânico, ferramentas diversas, equipamentos eletrônicos entre outras coisas.

- Então vocês vivem razoavelmente bem embaixo da cidade? (indaga Spok).

- Não vivemos mais sob a cidade, voltamos apenas porque detectamos telepaticamente a sua presença no planeta. Nós criamos um veículo que nos leva até o mar, numa cidade subaquática, onde vivemos agora! (afirma o pequenino líder cinza do subterrâneo).

- É mesmo? (indaga curioso o Spok). E como os humanos ainda não descobriram vocês no mar?

- Eles estão muito preocupados com o espaço exterior e não pesquisam muito o mar profundo do planeta (responde um dos acinzentados pequeninos).

- Podemos conhecer essa cidade subaquática de vocês? (requisita o curioso Spok).

- Claro! (autoriza o pequenino líder cinza). A sua nave pode viajar dentro d'água?

- Em qualquer profundidade! (argumenta Spok).

- Então podemos ir até lá agora, se quiser! (convida o líder cinza).

- Vamos lá! Quais são as coordenadas? (questiona Spok).

O líder cinza aproxima-se do painel central, enquanto Spok aponta o local onde deve digitar. Ele digita as coordenadas subaquáticas da cidade e a nave mergulha em alta velocidade. E, como se fosse um meteoro, atinge o mar, levantando uma enorme quantidade de água.

Enquanto o líquido salgado, erguido com o impacto, cai novamente sobre a superfície do mar, a nave desce ainda em alta velocidade, num ângulo agudo, diretamente na direção da inesperada cidade. Durante a viajem, Spok questiona seus convidados:

- Por que construíram a cidade nesse local tão remoto?

- Na verdade nós encontramos uma cidade subaquática abandonada e aproveitamos a estrutura local para deixá-la de acordo com nossas necessidades (reitera o líder cinza).

- Mas quem pode ter construído esta cidade dentro d'água? (intrigado pergunta Spok ao líder cinza). Os humanos estão começando agora a desenvolver esta tecnologia!

- Encontramos a inscrição "Atlantis" em diversos locais da cidade, escrita num diferente dialeto. Eles eram um povo aquático, muito avançado, que viveu há muito tempo atrás, bem antes dos humanos. No início viviam na beira do mar, entre a água e a terra. Faziam suas casas em terra e também dentro d'água. Caçavam no mar seu alimento e procriavam em terra. Porém, não podiam viver sob a alta pressão da água no fundo do mar. Seus corpos eram muito frágeis, mas descobrimos que, na tentativa de escapar de um certo demônio que fazia experiências com eles, criaram este local (apontando para a cidade que começa a aparecer à frente da nave). No final, tudo indica que o demônio acabou por encontrá-los aqui e os destruiu rapidamente. Não encontramos a informação detalhada desse momento, apenas inscrições rápidas, dizendo que o demônio os encontrara! Depois disso as inscrições acabaram.

Enquanto o pequenino líder cinza narra esta história, podemos imaginar Deus, surgindo do nada, no meio da populosa cidade subaquática, com a costumeira roupa negra e capuz. Os cidadãos olham aterrorizados para aquela presença "divina" e saem correndo do local para o interior de suas casas. Pode-se notar, enquanto correm, que eles apresentam pequenas barbatanas sob seus braços, que provavelmente serviriam para nadar.

Eles têm uma pequena cauda grossa entre as duas pernas quase humanas. Nota-se o corpo todo avermelhado, recoberto por escamas. Eles podem respirar tanto oxigênio, quanto água, através das guelras que se abrem lateralmente em seus pescoços, principalmente quando gritam ou ficam nervosos! Estes detalhes demonstram claramente que este povo era híbrido de homem com algum tipo de peixe da época.

Com certeza uma "cultura demoníaca", que fora destruída! Um pequeno grupo de 3 soldados locais, armados com lança-chamas, correm pela rua principal da cidade, para enfrentar a ameaça. Eles atiram contra Deus, mas, num gesto frio e rápido, o ser divino soca com, muita força, uma das paredes internas do complexo. A cidade treme inteira, aterrorizando a população local. A água inunda tudo rapidamente!

E com a extrema violência, inutiliza a presença do fogo, que acabara de atingir as vestes do cruel assassino. Ele agora anda calmamente, pelos corredores inundados da bela cidade! Toda destruída! A alta pressão da água, em nada incomoda nosso vilão! Deus encontra diversos cidadãos mortos, flutuando dentro de suas casas, ou se debatendo, agonizantes, de barriga para cima, tal qual um peixe com problemas de saúde dentro de um aquário.

Do fundo de um dos corredores, por onde Ele anda, encontra um pequeno submarino familiar, vindo em sua direção, com três pessoas que tentam escapar do local para a superfície. Dentro estão o pai, a mãe e o filho adolescente, apavorados com a visão de tão cruel entidade, bem à frente deles! Acionam o reverso do veículo para dar marcha-a-ré, mas é tarde!

O veículo quando consegue parar, o faz bem diante de Deus! Ele apenas usa sua mão direita em forma de garra para fatiar a frente do pequeno submarino com um único golpe. O veículo é rasgado e dividido em dois, devido à alta pressão da água no local, matando assim rapidamente todos os seus ocupantes.

A nave do Spok chega agora até a entrada da cidade, que fora destruída por Deus. Os
homo stellaris reconstruíram-na com materiais diferentes do restante do local. É visível que a nova entrada de metal se destaca do restante da construção feita de pedras. A nave entra agora num conjunto de duas enormes bolas ocas. A bola de fora gira e expõe uma abertura para o seu interior, equivalente a um quarto de seu perímetro externo, como se você tivesse retirado uns três gomos de uma mexerica. A nave penetra no local.

A bola gira novamente, fechando a entrada. Depois de alguns segundos, toda a água fora completamente retirada de seu interior. A bola interna gira e a nave aparece agora apoiada sobre uma enorme esteira, que se movimenta, retirando-a de seu interior. A esteira para logo à frente. Internamente toda a cidade está inundada, apenas com oxigênio. Os ocupantes saem da nave, pela porta lateral que se abriu! Spok comenta impressionado com o líder cinza:

- Fascinante! Acredito que vocês não estariam dispostos a morar conosco em nossa dimensão?

- Aqui, agora, é o nosso lar! (argumenta o líder cinza). Não podemos abandoná-lo. Temos muitos projetos a serem desenvolvidos ainda!

- Quantas pessoas vivem aqui na cidade? (pergunta Spok).

- Duzentas e vinte e oito! (responde o líder cinza).

- São todos de Roswell? (indaga Spok).

- Não! (afirma o líder cinza). Nos comunicamos telepaticamente com outros de nós, que também sofreram da mesma mutação. Eles viviam em outros locais do planeta, onde também caíram alguns meteoros. Combinamos de morarmos todos aqui, neste local que descobrimos. Eles trouxeram as tecnologias que também desenvolveram e juntos construímos o que faltava para este ser o nosso lar definitivo!

Enquanto andam pela cidade, Spok questiona:

- De onde vem o oxigênio que respiramos neste local?

- A cidade foi erguida no fundo do mar, bem no meio de uma forte corrente marinha. (explica o líder cinza). E os Atlântis construíram guelras artificiais, nos fundos da cidade. Elas recebem a água deste fluxo contínuo marinho, e retiram o oxigênio, bombeando-o para a cidade.

- Também podemos compartilhar com vocês nossos conhecimentos e vice-versa (sugestiona Spok). Assim, todos evoluiremos mais rapidamente, com estas novas informações.

- Claro! (aceita o líder cinza). Gostaria muito de conhecer o seu mundo também!

- Deixe-me conhecer a sua cidade e depois eu te levo para minha dimensão! (convida Spok).

- OK! (concorda o líder cinza).

- Você tem sentido uma presença adicional, vinda do espaço? (indaga Spok). Como se houvesse um de nós se aproximando do planeta?

- Sim! (afirma, concordando o líder cinza). Parece vir de um ser não totalmente desenvolvido. Seu sistema de comunicação telepática não está completo. Parece que sua evolução foi interrompida de alguma forma!

- Mais uma coisa: os humanos estão lutando contra diversos meteoros, que cairão no planeta muito em breve! Estes meteoros, se chegarem até aqui, transformarão a parte que sobreviver da humanidade em seres iguais a nós (informa Spok).

- Não podemos fazer nada a respeito! (responde o líder cinza). Não temos tecnologia espacial!

- Tenho algumas possibilidades, mas ainda não foram testadas em campo! (comenta preocupado o Spok).

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
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