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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXIV
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CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
No ponto Zero, local do impacto do meteoro, apenas uma enorme cratera substitui quase toda a Alemanha. Ali milhares morreram instantaneamente! Outros milhares agonizam sob as construções desabadas com a onda de choque gerada! O mundo parou para auxiliá-los! A poeira azulada já se misturou aos escombros. Todos trabalham bem protegidos com roupas próprias, para não serem contaminados. Enormes androides vermelhos, do corpo de bombeiros, com mais de dois metros de altura, erguem diversos grandes blocos de concreto do chão.

As equipes de resgate locais encontram corpos e mais corpos entre os destroços das cidades destruídas. Os androides são comandados por bombeiros treinados em seu interior. Eles dispõem de diversos equipamentos, como: sensores térmicos; raio-X para avaliar a existência de alguém enterrado; num dos braços do androide um sonda desliza para frente, na direção das mãos mecânicas, como faria uma antena elétrica de autorrádio. Na ponta da sonda existe uma microcâmera, que penetra o solo, entre pedras soltas, para localizar uma pessoa inconsciente, por exemplo.

Na ponta do dedo indicador da mão esquerda do androide um "nariz" farejador artificial determina uma enorme gama de variações de odores, facilitando a identificação dos locais, onde podem ser encontradas as vítimas e substituindo os cães farejadores. Na ponta do dedo indicador da outra mão o bombeiro avalia o estado geral de uma vítima, determinando batimentos cardíacos e respiração. No visor do capacete, assim como nos trajes espaciais, o usuário do androide tem acesso a todas as informações dos equipamentos disponíveis.

Estes seres mecânicos substituíram as antigas escavadeiras, do início do século XXI, que eram muito pesadas, lentas e nem um pouco delicadas para esta operação. Num dos braços do androide um equipamento laser corta rapidamente os ferros retorcidos, agilizando o serviço de remoção de escombros maiores. No outro braço um alicate hidráulico abre caminho entre malhas mais compactas de metal e concreto. Alguns androides trabalham juntos, para a retirada dos escombros maiores.

Uma pequena caçamba, que mais se parece com uma aranha robótica de seis longas pernas bem articuladas, acompanha bem de perto cada um dos androides, aonde quer que eles andem. Os escombros são jogados dentro do corpo delas. Ali os destroços são submetidos a diversos níveis de vibração, até que se desintegrem em pequenos blocos, quando são posteriormente triturados pela traseira da caçamba e expelidos em forma de areia ou minúsculos pedaços de metal. Esta areia ajuda a identificar os locais por onde cada androide já passou trabalhando, além de facilitar a remoção de todo este material que ocorrerá mais tarde.

Neste mesmo dia Jesus foi levado até um aeroporto, pelo soldado Mário, para pegar um avião, em direção à destruída Alemanha. No aeroporto Jesus continua impressionado com a atual humanidade. Andando na rua Ele e Mário percebem quatro homens enormes vindo em sua direção. Eles eram musculosos, tatuados com pierce no nariz, orelhas, língua, sobrancelhas e também na face. Usavam enormes colares metálicos, além de anéis, pulseiras e cabelos coloridos, voltados para cima. Jesus os encara surpreso, enquanto passa por eles e comenta com o Mário:

- Interessante! Notei que muitas pessoas evoluíram nas vestes e atitudes, com o passar do tempo, mas percebi que muitos, como esses aí (apontando para trás, para os quatro punks), ainda se vestem como os indígenas africanos de 2000 anos atrás! Por que isso, meu filho?

- Bem, Senhor! Nenhum deles é muito normal, sabe! (Mário gira o dedo indicador ao lado da orelha, insinuando que eles são meio loucos). Talvez o Senhor possa curá-los!

Jesus para de andar, olha para trás, numa clara intenção de retornar para ajudá-los. Mário também para, acompanhando a atitude de Jesus. Um dos quatro musculosos vira-se para trás e faz o típico gesto punk, numa clara apologia aos chifres do demônio, levantando bruscamente o braço direito e erguendo o dedo indicador e mindinho, enquanto os outros dedos permanecem fechados no interior da palma da mão. Além disso, ele expõe a longa língua com um pierce no centro, representando uma caveira de prata. Jesus e Mário se entreolham e o Senhor comenta:

- Talvez, no futuro! Depois que eu voltar da Europa!

- Concordo! (exclama Mário).

Ambos continuam andando em direção ao salão principal do aeroporto. Jesus observa diversos aviões, taxiando na pista próxima e questiona:

- O que são aquelas aves gigantescas metálicas, meu filho?

- Aqueles, Senhor, são aviões! Estaremos muito em breve dentro de um deles, voando para a Europa!

- Tem certeza de que são seguros? (pergunta Jesus preocupado).

- Na maioria das vezes, sim! Precisamos dar sorte, que nenhum terrorista esteja a bordo! (responde Mário ironicamente).

- O que são terroristas, meu filho? (pergunta Jesus).

Mário sorri enquanto continuam andando.

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CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
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CAPÍTULO XXXVIII
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CAPÍTULO XXXIX
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