CAPÍTULO IV
Na outra dimensão o carinhoso homem barbudo de branco, ainda conversa com o pequeno grupo:
- Eu sou aquele que prometi que voltaria para vocês! E agora, na aurora final da humanidade, vocês foram os escolhidos, por serem bons uns com os outros e por tratarem com respeito todos aqueles com os quais tiveram contato, sejam eles humanos ou animais.
- Quem é você afinal? Que papo estranho é esse? (pergunta o jovem que estava tentando se suicidar).
- Eu sou a salvação da humanidade, e vocês as ovelhas desgarradas que me encontraram.
- Tá tentando dizer que é Jesus Cristo? (pergunta a cientista).
- Isso mesmo, minha filha! Estou aqui para ajudá-los na transição deste momento.
- Você está de brincadeira, né? (comenta a cientista). Acha mesmo que alguém aqui vai acreditar nesta conversa fiada? Queremos voltar para casa agora, senão vou ligar para a polícia!
Neste momento aparece novamente o sujeito estranho de preto, que joga ao chão um gordo e bochechudo policial fardado. Meio desajeitado, o policial arruma seu quepe, ainda no chão, levanta-se e saca sua arma, segura por ambas as mãos.
Ele a aponta na direção do sujeito que acaba de desaparecer no ar novamente. Ele estranha a situação e se vira rapidamente para o grupo, ainda com a arma nas mãos, apontando-a agora para eles.
O grupo se entreolha com ar surpreso, diante da presença impotente e cômica, de quem eles achavam que poderiam ajudá-los. O suposto Cristo pede que ele se aproxime, apenas fazendo gestos e com leve sorriso na face.
Incrivelmente todas as pessoas, que têm contato direto com este Cristo, vão se acalmando e vagarosamente acreditando em suas palavras. Ele parece ter o dom da empatia.
CAPÍTULO IV
Não matarás.
Somente Eu tenho
o direito de tirar a vida.