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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
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CAPÍTULO III
Sete e meia da noite no Vaticano. No quarto reservado à cientista na Basílica, o soldado João terminou seu trabalho de criar links de acesso às câmeras mais próximas do local onde o corpo de Jesus repousa já por doze horas.

- Ok! Agora está tudo pronto! Você poderá acompanhar todos os nossos passos no local e também nos corredores próximos do velório a portas fechadas do Senhor!

- Obrigada, João! Ficarei aqui pelas próximas quatro horas! Depois você poderá trocar comigo para que eu possa dormir um pouco?

- Claro! Eu retorno em quatro horas, fique tranquila.

No salão onde Jesus está sendo velado por padres e assessores do Vaticano o soldado Mário e o ex-presidiário estão ao lado do corpo de seu mestre. Os dois olham preocupados para cada um dos padres que aparecem no local. O soldado comenta com seu parceiro:

- É gente demais! Acho melhor eu deixar tudo transparente por aqui!

- Agora não! Todos querem ver o Senhor pela última vez!

- Mas não será a última vez! Ele ressuscitará!

- Eu sei, você sabe, Jesus sabe! Mas as pessoas aqui não! Elas querem dar o último adeus. Além do mais você já está com uma mão no caixão e a outra perto do cinto. Se algo estranho acontecer você aciona a transparência e eu abordo o suspeito.

- Não sei não. Nossa posição aqui no meio do salão é muito vulnerável! O perigo poderá vir de qualquer lado e só nós dois não podemos ver tudo!

- Calma, Mário! Estamos sendo monitorados pela polícia e por nossa amiga que pode nos informar sobre algo estranho antecipadamente.

- É! Mas nada disso está me deixando à vontade, amigo!

- Sinto que algo poderá acontecer daqui há pouco! Todos os meus sentidos estão me dizendo para ficarmos transparentes.

Uma enorme fila de padres se acumula no local para olhar o corpo de Jesus pela última vez. Estão todos de batinas negras, em luto pela morte do Senhor. Entre os padres um homem alto e com um longo capuz negro. Ele retira rapidamente de uma de suas mangas um vidro com um líquido em seu interior. Mário arrepia-se com a presença do estranho na fila que o lembrou de seus encontros com Deus.

O soldado também percebe o estranho frasco de vidro escondido numa das mangas e pede ao ex-presidiário para abordar o suspeito. O ex-presidiário aproxima-se dele na fila de padres e pede para que o suspeito dê a ele o vidro que leva nas mãos antes de chegar próximo ao corpo. O estranho, dizendo tratar-se de um remédio, abre o vidro e toma o líquido.

Diante do fato dele ter tomado o próprio produto, o enorme homem o libera fazendo um discreto gesto para o Mário de que foi um alarme falso. O soldado relaxa e o enorme companheiro olha para os pés do não mais suspeito! Ele percebe que o homem vestido de padre usava um bota militar sobre o manto negro. Estranha o fato e vê o cidadão retirando de sua outra manga um vidro maior que joga sobre o corpo de Jesus.

Mário percebendo o perigo torna tudo transparente. O vidro atravessa o caixão, sem atingi-lo, caindo sobre o chão. Imediatamente o frasco se quebra e do seu interior sai um líquido que começa a corroer rapidamente o piso frio do local. Mário observa impressionado o forte efeito do produto, olha de lado, fixando o canto oposto da sala. Imediatamente ele e o caixão se transportam para lá.

Os padres correm do lugar, enquanto o enorme homem pula sobre o suspeito. Ambos caem ao chão. Mas como o ex-prisioneiro é muito grande e pesado ele "arrebenta" o suspeito, que permanece desmaiado devido ao peso de mais de 100 quilos sobre ele. A polícia chega rapidamente ao local e prende o suspeito para ser posteriormente interrogado.

Depois de muitas conversações com o Vaticano todos decidem que as visitações ao velório do Senhor estão suspensas por esta noite. Para o dia seguinte resolveram criar uma cúpula de vidro à prova de balas, pois o corpo de Jesus será levado para o centro da Praça da Basílica onde a população possa dar seu último adeus a Ele. Mário e o ex-presidiário trocam seus turnos com o policial gorducho e o Zangado.

Estes ficarão no local até de manhã cedo, quando todos se reencontrarão, momentos antes do corpo ser levado à praça. O policial gorducho fica com o cinto e o anel de Jesus, pronto para tornar ambos transparentes se for necessário. O soldado Zangado permanece andando na sala, checando cada centímetro do local para ter certeza que não existirá nenhuma surpresa em seu turno. A porta é fechada por dentro e mais ninguém poderá entrar até de manhã. O soldado ainda olha para o gorducho, percebe a ansiedade estampada em seu rosto e comenta:

- Relaxa, amigo! Agora estou por aqui! Se eu ouvir de algum estranho um suspiro suspeito mando bala.

- Não estou preocupado com suspeitos! Estou preocupado é com a sua presença!

Zangado para de inspecionar o local, vira-se para trás e olha desconfiado para o gorducho.

- Por quê? Acha que eu atirarei em você? E se eu resolver fazer isso, você poderá ficar transparente!

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CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
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CAPÍTULO XXXV
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