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PREFÁCIO
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CAPÍTULO III
Ano 2161. Cento e dois anos depois de Jesus ter voltado para a humanidade Ele se encontra sentado num banco de praça que está todo sujo e estragado. A paisagem ao fundo é desoladora: o mato cobre casas e edifícios por fora e por dentro. Pássaros e insetos voam a todo o momento, nestes locais, entrando e saindo pelas portas e janelas quebradas das edificações. Aos pés do Senhor duas covas rasas repousam tranquilas sob o olhar entristecido do salvador da humanidade. Spok aproxima-se da cena típica de um quadro renascentista e comenta:

- Ela foi o último humano vivente neste planeta! O Senhor gostava muito dela não é:

- Eu a conheci desde menininha! Depois que a mãe cientista morreu, ela ficou sem ninguém! Viveu muitas aventuras, viajando entre as diversas dimensões da Terra. Disse que queria conhecer todos os semideuses que viveram desde a antiguidade.

- Todos os seus irmãos? (questiona Spok).

- Sim! No final pediu para ser enterrada aqui, junto de sua mãe!

Jesus olha um prédio ao longe que perde uma das sacadas. O desabamento assusta diversos animais que correm apavorados do local, junto com pássaros e insetos que voam para longe. O Senhor requisita ao Spok.

- Spok! Você pode prever quando cada uma destas estruturas desabará?

- Sim! Com grande precisão!

- Você poderia criar um equipamento para espantar todos os animais do local, antes das construções desabarem?

Spok confirma que sim com a cabeça.

- Por favor, faça isso! Não quero que o que a humanidade deixou para trás continue matando a natureza!

- Pedirei aos androides para instalar novos equipamentos nas edificações em todo o mundo.

- Você sabe o que eu ainda acho de seus androides, não é?

- Sim! Mas o Senhor concorda que eles foram necessários para realizar o trabalho duro! Sem eles não poderíamos ter auxiliado os humanos idosos a sobreviverem tanto tempo. Sabe também que atualmente utilizamos apenas alguns fragmentos clonados dos cérebros dos doadores. Não sabe? Eles não sentem dor! É apenas para manter a identidade viva destas pessoas, humanizando-os um pouco mais!

- Sim! Mas continuo não concordando com isso! Algumas vezes eles me parecem confusos! Pensam que são humanos e depois reconhecem que são máquinas! Não sei! Acho isso errado! (Jesus finca uma pequena placa no túmulo onde acabara de enterrar a filha da cientista e levanta-se para sair do local).

- O Senhor ficará conosco, agora que a humanidade se foi?

- Não, meu amiguinho! Voltarei para minha dimensão, junto de meus irmãos. Vocês não precisam mais de mim! Não ficam doentes! Seu respeito à natureza é altamente desenvolvido! Respeitam-se mutuamente e não discutem entre si. Já realizam o que sempre preguei! Não precisam mais de mim! Para vocês pertenço ao passado!

- Estaremos sempre por aqui para conversarmos. O Senhor será bem-vindo, a hora que quiser!

- E seu povo? Já encontrou seres inteligentes em outras galáxias?

- Ainda não! Em todos os planetas em que encontramos vida, os habitantes inteligentes estavam extintos, assim como os humanos daqui (declara Spok). A mesma paisagem desoladora!

- Parece que os Deuses elegeram a sua espécie, como o único povo inteligente do universo!

- Não acreditamos que somos o povo de Deus! Achamos que existe algo no plano divino que ainda não descobrimos. Os conceitos de vida que encontramos nos planetas habitados mostram culturas muito diferentes, desenvolvidas a partir de materiais orgânicos obtidos dos componentes básicos, similares aos encontrados aqui na Terra. Eles desejam algo mais e nós estamos chegando cada vez mais perto de descobrir. Todo o meu povo sente isso!

Jesus olha para ele e concorda com a cabeça.

- Como vão as coisas com seus irmãos que vivem no fundo do mar? (pergunta Jesus, enquanto ambos se afastam do local).

- Estão bem! Na próxima semana eles virão nos visitar novamente!

- Que ótimo! É sempre bom estar com a família reunida, não é mesmo?

- Sim! Gostamos muito quando eles aparecem! Espere um pouco...! Acabo de receber uma informação que os androides encontram algo que o Senhor precisa ver!

- É mesmo? Onde é?

- Arizona, Estados Unidos!

- Vamos até lá, então!

Eles desaparecem do lugar. Na placa que Jesus colocou sobre o túmulo da menina está um texto escrito em aramaico, redigido pelo próprio Senhor: "Aqui jaz a última humana que viveu neste planeta! Que toda a humanidade descanse em paz!"

Nos Estados Unidos, em um local afastado, no subterrâneo de um prédio, Spok, Jesus e o androide Zangado se encontram. Jesus questiona o androide:

- Olá, Zangado! O que você encontrou aqui?

- Olá, Senhor! Encontrei muitas câmaras mortuárias com pessoas congeladas a quase duzentos graus Celsius negativos! Em meus registros da internet descobri que estas são câmaras criogênicas. Há cem anos, quando o colapso global estava prestes a acontecer, estes cinco milionários aqui pagaram caro para ter seus corpos congelados.

Ele aciona seu sistema holográfico de imagens, que é projetado à frente de seu corpo. Fotos de cada um dos cinco raio-X que ele fez aparecem, mostrando os corpos no interior das câmaras.

- E para que servem estes equipamentos? (questiona curioso Jesus).

- A função delas é conservar o corpo de um humano ainda vivo para a eternidade, mesmo depois de sua morte!

- Você encontrou somente estas cinco câmaras aqui? (indaga Spok ao Zangado).

- Não, Senhor! Encontrei muitas outras lá atrás.

- Então! A maioria deles não foi contaminada pela queda do meteoro e, se for possível revivê-los, a raça humana poderá continuar existindo? (indaga, esperançoso, Jesus).

- Teoricamente, sim! (responde Spok). Mas, infelizmente, esta tecnologia não existe e não saberíamos como criar um equipamento que possa ressuscitá-los!

Jesus olha para as cinco câmaras no local, enquanto o androide Zangado abre a porta, lá no fundo do salão!

- Senhor! Venha ver o que encontrei aqui!

Jesus afasta-se da câmara frigorífica e dirige-se até o local onde o androide se encontra. Quando entra vê milhares de câmaras armazenadas no galpão ao fundo em diversas estantes com mais de vinte metros de altura cada uma e mais de quinhentos metros de comprimento, como se fossem caixões congelados.

- Existe uma cidade inteira aqui! (exclama Jesus).

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