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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
Em outro ponto do espaço, muito distante do mundo Shiva, outra nave stellar vaga em busca de mais uma raça extremamente inteligente, vivendo neste universo. Ali a mesma composição da primeira nave: dois stellaris e os mesmos três androides a bordo, que já receberam as memórias compartilhadas dos primeiros e todos estão cientes do que acontece no mundo dos homens de seis braços. A primeira nave aguarda ansiosa as informações desta que acaba de chegar ao sistema planetário.

Os
stellaris percebem que nenhum planeta ali contém vida inteligente, mas um deles chamou a atenção! O profundo azul claro e cintilante destaca-se no espaço. O ambiente não parece ter áreas terrestres, apenas e tão somente água! Muita água! Por isso, provavelmente, existe um acúmulo enorme de nuvens na atmosfera! Chove continuamente! Raios circundam todo o ambiente, aumentando ainda mais a cintilância do azul planetário!

Mais acima, nos limites da atmosfera, as nuvens são mais calmas e mais densas. Tudo parece ser bem tranquilo nos limites externos do planeta. Os
stellaris enviam diversas sondas para pesquisar a vida local, sendo algumas delas aquáticas e aguardam os resultados. No interior da nave os cinco ocupantes observam os monitores com as novas informações que chegam a todo o momento.

- Vida baseada em oxigênio próximo à superfície do mar! Existem muitos animais marinhos que lembram os peixes na terra (comenta Wolfgang, um dos
stellaris).

- O ar contém muitos tipos de bactérias e alguns pequenos animais que voam ou flutuam calmamente entre os raios (comenta o outro
stellar Heize).

- Não encontrei nenhum sinal de vida inteligente por aqui (comenta a cientista androide). Não existem equipamentos, construções, nada que indique que haja vida superior neste ambiente.

- As sondas não encontraram nenhum peixe aparentemente perigoso vivendo no mar (comenta Mário). Acredito que seja razoavelmente seguro navegarmos por lá!

- Androides! Preparem-se para descer ao planeta! (requisita Wolfgang). Vamos descobrir se existe vida inteligente no fundo do mar.

Os três androides se dirigem para outro compartimento da nave para serem transportados juntamente com um veículo anfíbio, misto de submarino e barco. Ali, o pé direito da nave é maior e o espaço interno é enorme. Quando estão prestes a entrar no veículo, uma entidade surge, flutuando no convés.

A imagem da figura é impressionante! O ser que se parece com uma linda mulher azulada de cabelos em um suave tom azul, usando uma roupa angelical da mesma cor, flutua, sem tocar no chão. Duas lindas e enormes asas batem suave e calmamente, parecidas com as de um pégasus, de nossa mitologia terrena.

A entidade tem o tamanho de um gigante de 3 metros de altura e parece viver naturalmente em semidimensionalidade, como um fantasma ou um anjo! Ela interroga os visitantes metálicos, utilizando-se de voz em baixo volume, de forma muito macia e tranquila:

- Por que querem ir ao nosso planeta?

Espantados com a inesperada visão, os três demonstram certa insegurança com a situação. A filha da cientista declara seus sentimentos e comenta:

- Que linda!

A cientista olha para a bela entidade e responde à pergunta:

- Somos de um planeta muito distante daqui. Viemos da Terra, da Via Láctea, para conhecer novas civilizações e trocarmos experiências!

- Conhecemos bem o planeta de vocês! Já estivemos lá no passado!

- É mesmo? (indaga, espantado, Mário). E por que não foi me visitar?

A entidade olha para ele, sem entender o motivo de pergunta tão descabida. A cientista dá um cutucão com seu cotovelo no soldado, criticando a atitude dele. A seguir questiona novamente a mulher com asas azuis:

- Onde vocês vivem neste planeta? Não encontramos nenhum sinal de vocês por lá!

- Não vivemos no planeta! Vivemos nas nuvens mais altas!

- Incrível! (comenta Mário). Vocês nunca descem até as águas?

- Por que fazem tantas perguntas? (critica a entidade).

- Somos uma espécie curiosa (responde a androide). Nós somos humanos e como podemos chamar vocês?

- Somos Anjos!

- Sim, eu percebi logo que a vi! (comenta Mário).

- Você não entendeu! (critica novamente a entidade). Nossa espécie se autodenomina: Anjos! Estamos no universo desde o seu início e aprendemos a conviver em paz com todos os seres.

Mário olha para a cientista e de volta para a entidade, quando questiona:

- Vocês conhecem outras formas de vida neste universo, ou apenas os humanos?

- Conhecemos todas as formas de vida inteligente! Mas poucas conseguiram chegar até aqui. A maioria se extinguiu antes de atingirem as estrelas! Vejo que vocês não são totalmente humanos, apenas uma pequena parte de seus cérebros o é! Por que transportam apenas o cérebro pelo espaço?

- A raça humana se extinguiu recentemente. Nós somos androides, criados para auxiliar os humanos a viverem seus últimos dias na Terra. Agora auxiliamos os
stellaris nas viagens espaciais!

- Sabemos da existência dos
stellaris! Os deuses nos comunicaram o fato!

- Vocês conhecem os Deuses? (questiona Mário). Um deles é meu amigo pessoal, tivemos diversas aventuras juntos lá no planeta Terra...

- Os Anjos sabem de você, Mário!

- É mesmo? Foi Deus que falou bem de mim, não foi?

- Na verdade ele usou uma expressão que eu não entendi: "Mário é como um papagaio, começa e não para mais". Como Ele falou sorrindo, e eu não sei o que é um papagaio, acredito que o tenha elogiado!

O soldado androide olha sem graça para a cientista que sorri da cara dele. Ela vira-se novamente para a Anjo e questiona:

- Vocês conhecem os Shivas?

- Sim, claro! Uma das espécies mais antigas do universo!

- Eles nos pareceram um pouco perigosos! (comenta Mário).

- Eles desejam o mesmo que todas as espécies que chegam até nós!

- E o que seria? (indaga curiosa a cientista).

- Sair deste universo e conhecer o lado de fora!

- E o que há lá fora? (indaga muito curiosa a cientista androide).

- O lar dos Deuses, é claro!

- E vocês conhecem o caminho para o outro lado? (questiona Mário).

- Nós somos o caminho para o outro lado! (responde a Anjo).

- E como uma espécie consegue atravessar? (questiona a cientista).

- Se vocês não sabem, então não estão prontos para saírem! (comenta a Anjo, que desaparece dali logo depois).

Os três androides ficam impressionados com o contato tão inesperado. Os
stellaris os chamam de volta à cabine através do sistema de comunicação interna deles:

- Voltem aqui, androides! Vocês não poderão mais ir até lá.

Eles estranham o novo fato e os três se deslocam aceleradamente para a cabine. Ao chegarem lá, Mário e a cientista ajoelham-se e usam as rodinhas instaladas nos joelhos e junto aos pés para "rodarem" no interior da cabine. A menina androide, por ser da altura dos stellaris, apenas anda junto com eles. Todos observam no monitor principal a imagem do planeta ligeiramente transparente no espaço.

- O que aconteceu com o planeta deles? (questiona a cientista).

- Assim que a Anjo desapareceu de nossa nave todo o sistema estelar deles entrou em uma semidimensionalidade. Não respondem a nenhum pedido nosso de comunicação. Não poderemos entrar mais no planeta.

- O que vamos fazer agora? (questiona Mário).

- Nós também temos a tecnologia da semidimensionalidade, vamos estudar uma forma de entrarmos em fase com a deles para podermos descer ao planeta (comenta Wolfgang). O problema é que existem infinitos níveis possíveis de semidimensionalidade. Teremos que criar uma forma de descobrir qual é o que eles utilizam. Neste meio tempo, Mário, utilize seu prestígio com os Anjos, e tente se comunicar, já que Deus "te elogiou para elas".

- Você está tirando sarro, não está? (comenta Mário).

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CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
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