VOLTAR À PÁG.
DA COLEÇÃO

HOME
PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
Junto ao planeta Anjo os dois stellaris conversam telepaticamente, em sua nave, sobre as informações que estão colhendo da região.

- Terminei a análise dos últimos dados da sonda no fundo do mar. Apesar do planeta continuar em semidimensionalidade as informações continuaram a ser transmitidas para nós. Nossos anfitriões não bloquearam os sinais! Eles queriam que soubéssemos que não há nenhuma sede avançada dos Anjos no fundo do gigantesco mar.

- Portanto, eles realmente vivem apenas entre as nuvens superiores do planeta. Detectei sinais controversos vindos das nuvens! Parece que existe um campo gravitacional diferenciado na maior parte delas. Picos de energia geram a grande quantidade de raios que caem no planeta abaixo! Isto não parece afetar em nada a vida aquática! Os raios caem numa frequência específica de semidimensionalidade e, portanto não atingem nenhum ser vivo! De fato, notei que os animais não se importam com estas poderosas descargas elétricas, que devem ocorrer já há muitos milhares de anos. Parece que as nuvens são a chave para a saída deste universo, elas funcionam como um portal dimensional, mas num nível que não podemos acessar diretamente.

- É como se apenas os Anjos pudessem alterar este nível para podermos entrar.

Neste momento entram Mário e a cientista na cabine de comando, usando suas quatro rodinhas para deslizarem pelo local.

- E aí, gente! (comenta o androide). Como vamos fazer para falar com nossos Anjos da guarda?

- Eles não têm mais motivos para falarem conosco! (comenta Wolfgang). Não temos a resposta que eles desejam! Acredito que somente quando algo novo e inusitado ocorrer é que voltarão a se manifestar! Como o que irá acontecer nos próximos trinta segundos.

- O quê? Como você sabe o que irá acontecer em trinta segundos? (indaga, curiosa, a cientista).

Neste momento chega, perto do planeta Anjo, o sistema solar Shiva, trazendo junto a pequena nave
stellar navegando em órbita do planeta habitado pelos homens de seis braços. Telepaticamente os quatro stellaris já estão se comunicando. Todas as informações daqui e de lá são transferidas mentalmente. As memórias dos androides podem agora também ser trocadas remotamente.

- Muito bem, já sabemos o que fazer! (comenta o Mário da nave de Wolfgang).

O androide e a cientista acionam o poder de seus anéis e se transportam para a área de carga, junto ao veículo anfíbio. Dois segundos depois a Anjo reaparece no local e devido à luz intensa de seu corpo, todo o ambiente se traveste de um azul cintilante:

- O que estão fazendo? (questiona a Anjo). Por que trouxeram os Shivas até aqui?

- Nossa nave ficou numa situação um pouco complicada por lá e como precisavam vir para cá, os Shivas os trouxeram!

- Avisamos aos Shivas que eles precisariam evoluir mais mil anos antes de voltarem aqui. Sinto que existe uma intenção maligna da parte deles para com os Anjos!

- Não sabemos nada sobre isso! Eles apenas deram uma carona para nossos amigos!

- O que vocês realmente desejam dos Anjos?

Mário, fingindo ser pego de surpresa, olha para a cientista e comenta:

- Nós? Bem...! Eu gostaria de... convidá-la para tomar uma xícara de chá conosco... para... selarmos nossa amizade intergalática!

- Não sei do que está falando, mas estou curiosa! O que é uma xícara de chá?

- É um líquido aquecido e feito de ervas terrestres que são cultivadas especialmente para aprimorar o sabor, tornando este alimento um produto divino!

- É mesmo? Deus tomou este alimento com você?

- Deus...? É...! Não...! Ele não teve tempo! Estava sempre muito ocupado, transferindo pessoas de um lado para outro, queimando alguns, fatiando outros, sabe como é...! Atividades divinas...! Muito trabalho...!

- Não sei, não! Os Deuses apenas nos informam que uma nova espécie com potencial foi criada em algum lugar do universo. Aos Anjos cabe um acompanhamento mais próximo de parte da evolução inicial deste ser vivo e depois informamos os resultados a Eles! Os Deuses decidem se devem continuar ou não com a experiência divina!

- Eu sei disso... (comenta Mário). No caso dos humanos a história foi um pouco diferente, pois o Deus que nos criou pagou penitência em nosso planeta e ficou um bom tempo por lá. Recentemente Ele partiu depois que aprovaram os
stellaris como seres promissores para irem para o outro lado do universo.

- Para um híbrido de humano com máquina você está muito bem informado, principalmente porque pertence ao nível extinto da espécie. Estou espantada com isso...! (responde a Anjo).

- É que eu sou bem relacionado com Deus! Como eu disse anteriormente eu e Ele fomos parceiros de diversas aventuras lá na Terra.

- E aquele chá? Tem um pouco para tomarmos juntos? Eu gostaria de experimentar! (comenta a Anjo).

Mário olha de forma espantada para a cientista, que repete seu gesto.

- Não temos agora... (comenta a cientista), mas posso providenciar um... é rapidinho!

A androide dobra a coluna para frente se abaixando e aciona o poder de seu anel para se transportar diretamente para a cabine. Lá ela aparece na mesma posição dobrada, para não bater a cabeça no teto baixo do local e requisita ao Wolfgang, falando bem baixinho e perto dele:

- Temos chá a bordo?

Ele responde falando baixo também:

- Por que está falando baixo? E para que você quer chá? Androides não precisam beber nada!

- É, eu sei! Estou com três problemas sérios neste momento: estamos com aquela Anjo no compartimento de carga; Mário ofereceu chá para ela, e ela topou! Vamos nós dois beber com ela..., mas não podemos beber nada...! O que eu faço, Wolfgang?

- Calma, androide! Continue com o bate-papo. Precisamos que Mário arraste esta conversa ao máximo possível. No final acabaremos por descobrir o que faremos para atravessar para o outro lado do universo! E quanto ao chá, eu preparo um líquido quente com sabor adequado. Mas quando vocês, androides, tomarem o seu, devem desviá-lo internamente para o compartimento de líquidos, senão poderá queimar os circuitos de controle dos membros inferiores e ficarão paralisados, sem poder andar ou rodar por aí!

A cientista olha para ele sem entender qual é o compartimento de líquidos de seu próprio corpo. Percebendo que ela não entendera a informação Wolfgang a completa:

- Você sabe! Aquele... onde acumula a água da chuva que penetra por sua pele artificial!

Ela pensa um pouco, levanta uma das sobrancelhas e se lembra:

- Ah! Aquele compartimento?

- Esse mesmo!

- Tá...! Mas eu não sei fazer isso...! Nunca me preocupei em controlar este dispositivo!

- Tudo bem! Eu vou ativar uma subrotina de segurança para garantir que qualquer líquido se desloque para o compartimento. Não se preocupe!

- Ok! Você envia o chá para lá? Em vinte segundos?

- Sim, senhora! Mais alguma coisa, senhora?

- Você fazendo piada comigo... é muito fofo! Obrigada Wolfgang!

A androide dá um beijo no rosto do
stellar, aproveitando que encontra-se bem pertinho dele. Ela aciona novamente o poder de seu anel, reaparecendo na entrada da área de carga. Ali vê Mário bem perto da Anjo, que pousou no convés e encontra-se sentada no chão com as asas dobradas, tal qual um pássaro o faz quando pousa. A bela visitante, de três metros de altura, encontra-se, desta forma, com seu rosto no mesmo nível do de Mário, que curva-se ligeiramente para dar um beijo na mão estendida da convidada. A cientista se assusta com o fato, sem acreditar no que vê e faz cara de: "que coisa estranha é essa".

- O que está fazendo, Mário?

Sem graça, o soldado androide se explica:

- Estou... mostrando a ela... como os homens faziam há três séculos atrás..., para convidar uma dama para dançar...!

Neste momento três xícaras de chá aparecem sobre uma mesa lateral do compartimento de carga, ao lado da cientista, que aciona o sistema de levitação de seu braço, apontando-o para as xícaras quentes. Agora a androide dirige-se lentamente para perto dos dois, como se carregasse, de longe, uma bandeja de chá invisível, com a palma da mão direita virada para cima. Primeiro ela oferece o chá à convidada, aproximando as três xícaras perto dela. Meio sem saber como a Anjo irá pegá-la, já que vive em semidimensionalidade e, portanto não há como transferir o objeto. Surpreendentemente o ser celestial aproxima sua mão e consegue tocar na asa da xícara, enquanto comenta ao aproximar seu nariz do líquido:

- Tá quente e muito cheiroso! Obrigada!

A androide vira-se para o soldado, enquanto faz uma cara de brava. Ele levanta os ombros, as sobrancelhas e espreme os lábios como se dissesse: "estou apenas sendo cortês com a moça".

- É muito curioso relembrar essa época da história humana! (comenta a Anjo). É uma pena que eu não sou mulher, senão dançaria com você!

Mário se assusta com a observação, engasgando com o chá!

- Que foi? O chá está muito quente? (pergunta a cientista).

- Não, não! (olhando para a cientista). Como assim: você não é mulher? (voltando-se incomodado para a Anjo). Você tem aparência de mulher! Fala como mulher! Age como uma dama! Como assim não é mulher?

- Os Anjos não têm sexo!

- São hermafroditas? (questiona a cientista).

- Nenhum Anjo pode ter filhos! Somos imortais e não precisamos de sexo e nem de filhos. Mas eu me lembro como acasalavam em seu planeta. Presenciei este evento várias vezes. Vocês, híbridos, também copulam?

Mário engasga novamente com o chá, sob as risadas da cientista, que comenta com a doce e angelical visita:

- Os androides também não podem copular. Nossos corpos possuem órgãos sexuais, mas não são controlados pelo cérebro. A endorfina de nossos cérebros humanos é ativada através de um programa de computador, que simula mentalmente esses atos sexuais. Afinal de contas o prazer está apenas no cérebro!

- Entendo! (comenta a Anjo, enquanto toma o primeiro gole do chá). Maravilhoso o sabor deste seu chá! Poderia me ensinar como fazer?

- Falarei com nosso cozinheiro, Wolfgang, para enviar um e-mail para vocês!

A Anjo sorri para o androide e comenta:

- Você fala tão engraçado! Já entendi por que Deus falou tanto de você! Ele parece ter se divertido com tudo que contou da Terra.

- Você disse que os Anjos acompanham o início da vida de uma nova espécie que tenha sido bem cotada entre os Deuses! (comenta a cientista). Então vocês estiveram na Terra quando os primeiros homens e mulheres nasceram?

- Ficamos lá por mais de dez mil anos! Cada Anjo escolheu uma pessoa e acompanhou a vida dela diariamente. Não nos viam o tempo todo, mas estávamos sempre presentes. Protegíamos os nossos escolhidos para que não fossem mortos por acidentes, predadores ou outros homens, assim nossas observações sobre a vida deles seriam mais completas.

A cientista, de posse de tal informação, comenta com Mário:

- É por isso que muitas histórias antigas da Terra comentavam de pessoas que tinham seus Anjos sempre presentes!

A androide volta-se para a Anjo e comenta:

- Vocês os protegiam realmente!

- Sim, mas o início de sua espécie foi um pouco complicado! Deus ainda estava presente, quando quis fazer um teste de confiança com os primeiros hominideos. Ele plantou duas árvores e declarou falsamente às suas criaturas que os frutos de uma dariam o conhecimento e da outra a imortalidade a eles. Também disse que não poderiam comer de nenhum dos dois! Maldosamente um deles comeu o da árvore do conhecimento na intenção de ficar tão inteligente quanto Deus. Para manter o embuste divino tive que proteger, com minha espada, a falsa árvore da eternidade! Deus ficou muito furioso com os humanos.

- Incrível! (comenta Mário). Uma história similar fora contata na Bíblia há mais de dois mil anos!

- E quanto aos interesses divinos? (comenta a cientista). Sabemos que Eles tratam os planetas habitados como culturas de desenvolvimento! Como cientista sei que o resultado satisfatório de uma cultura leva à produção de algo aprovado por nós humanos! E para os Deuses? O que poderiam eles querer, quando uma espécie consegue evoluir a ponto de poder passar para o outro lado do universo?

- Esta é uma resposta que os Anjos não têm! Somos... vocês diriam que somos como funcionários divinos... não sabemos o que há do outro lado e não sabemos o que os nossos... "chefes..." conversam a... "portas fechadas...", apenas cumprimos nosso papel de conhecer cada espécie bem cotada pelos Deuses e depois as aprovamos ou não, para o próximo nível de evolução da cultura.

- Então para uma espécie ser aceita do outro lado do universo, você tem que estar convencida de que somos capazes? (declara a cientista).

- Sim! Mas Deus não fez uma auditoria de aprovação aos híbridos. De fato, acho que ele nem mencionou a sua existência! Mas se dependesse apenas de mim e deste chá, eu os aprovaria!

- Vou dar um aumento ao nosso cozinheiro, depois dessa sua observação! (declara Mário).

- Gostei mesmo deste chá (declara satisfeita a Anjo). Acho que vou sugerir que os Deuses considerem as plantas de seu planeta como um sério candidato ao próximo estágio. Afinal de contas elas dominam o seu ambiente e muitos dos outros planetas habitados do universo. Os seres vivos são praticamente dependentes da vida das flores, folhas e frutos. Diversas sementes de plantas poderiam viajar o universo todo sem serem afetadas pelo vácuo, calor e frio. E algumas destas ervas dão um chá maravilhoso! Para mim..., quase todos os quesitos de aprovação divinos foram aceitos!

Neste momento aparece no mesmo local o poderoso Shiva:

- Anjo! Eu estou de volta, reivindicando o direito de meu povo em atravessar o portal do universo. Trouxemos todo o nosso sistema solar para que possamos viver do outro lado!

Sem se abalar e saboreando mais um gole do chá, a Anjo olha calmamente para o Shiva e declara:

- Invadindo a reunião do chá humano..., exigindo a promoção da espécie..., esquecendo de pedir licença..., Deste modo, Shiva, vocês precisarão de mais quinhentos anos até adquirirem mais educação!

- Você não está entendendo, Anjo! Não estou pedindo para passar! Estou exigindo a nossa travessia! Será por bem ou por mal! Você decide!

Mário se aproxima do Shiva e indaga:

- O senhor não gostaria de tomar um chá antes de destruir por completo a nossa nave?

O Shiva nem sequer olha para ele, apenas estica seu braço direito inferior num movimento de tapa. Rapidamente o androide se auto-transporta para perto da Anjo, e o tapa do homem de três olhos se perde no vazio.

-
Você errou! (comenta sorrindo Mário, enquanto inicia o movimento para tomar mais um gole de chá).

O Shiva abre seu terceiro olho, o que faz Mário engasgar novamente, enquanto a Anjo se levanta rapidamente do chão abrindo suas asas enormes e azuis. O androide se transporta para perto da cientista, que já estava ao lado da porta de saída do ambiente. O Shiva dispara seu raio sobre a Anjo, que numa velocidade incrível abandona a xícara de chá flutuando no ar, enquanto saca sua espada cintilante que absorve o poder mortal daquele raio. Os androides estão impressionados com a cena. A espada dela fica encostada à sua cintura, mas a lâmina semidimensional não aparece, apenas quando o ser celestial a segura. A Anjo declara seu veredito ao Shiva:

- Por sua audácia, arrogância e covardia, declaro que sua espécie precisará passar por uma nova avaliação divina. Sua passagem para o outro lado do universo foi proibida indefinidamente.

- Aguarde, Anjo! Estamos lá fora! (ameaça o Shiva). Em breve você pagará muito caro por sua petulância celestial em tentar bloquear um ser tão poderoso e antigo quanto o povo Shiva!

Ele desaparece dali logo depois e a Anjo guarda sua espada, senta-se novamente, recolhe as asas, pega a xícara de chá, que flutuava ali perto, e toma o último gole, mas comenta:

- Ah! Esfriou...!

- Posso pedir para o cozinheiro para fazer mais um pouco! (comenta Mário).

- Eu adoraria! (a Anjo se levanta, abrindo novamente suas enormes asas e batendo-as suavemente. Ela começa a flutuar no ambiente, mas sem criar vento, pois está semidimensionalizada). Mas agora preciso partir! Sugiro que façam o mesmo!

O maravilhoso espécime celestial desaparece do lugar, sob os olhares preocupados dos androides que rapidamente se ajoelham e se transportam diretamente para a cabine de comando.

- Wolfgang! Quem chegou aqui com outra nave
stellar? (questiona a cientista).

- Spok! Ele está com os seis Shivas a bordo. O comandante androide requisita as memórias táticas de vocês. Ele quer se inteirar rapidamente de tudo o que está acontecendo aqui.

Dois segundos depois Mário e a cientista comentam:

- Ele já as têm! Qual é o próximo passo? (indaga Mário).

- Spok falará por todos os
stellaris ao planeta Anjo.

- Espero que ele tenha chá quente a bordo! (comenta Mário).

Os dois
stellaris olham para ele de forma jocosa!

- Deu certo conosco! (comenta a cientista).

Na mais nova nave
stellar, o comandante vai até o compartimento onde os seis Shivas aguardam para serem devolvidos ao planeta deles:

- Talwaq! Tem certeza de que vocês desejam ser transferidos para o planeta Shiva, antes de conversarem com eles?

- Sim, androide! Este é o nosso planeta!

- E por que eles não o reconhecem como tal?

Talwaq pensa um pouco e resolve contar a verdade por trás desse problema:

- Há muito tempo atrás eu liderava o planeta Shiva. Usávamos pequenas naves espaciais em busca de conhecimento por todo o universo, quando descobrimos o planeta Anjo e o motivo dele existir. Perdíamos muitas naves na busca por conhecimento. Ordenei então o início do projeto que usaria nosso sol como um motor que nos carregaria por todo o universo e para perto de outras civilizações, facilitando o contato entre nossas espécies. Os Shivas são dos primeiros seres que foram aprovados pelos Deuses. Mas nunca conseguimos passar para o outro lado do universo. Sempre que tentávamos, faltava algo em nossa cultura, que impedia a evolução final! Em uma de minhas viagens, minha nave caiu em seu planeta. Deus mandou que ficássemos longe dos humanos. Isso nunca tinha acontecido antes. Acho que havia algum problema com aquela cultura humana. Ele não nos disse! Escondidos da humanidade, que crescia sem controle por todo o planeta, não pudemos recuperar nossa nave e nem desenvolver outra. Ficamos escondidos por mais de sete mil anos. E agora receio que os Shivas estejam tentando à força cruzar o portal dos Anjos. Isso determinará o fim de todas as chances de nosso povo passar ao próximo nível. Tenho que voltar e impedir que nos tornemos a piada do universo!

- Muito bem, então! Boa sorte, Talwaq e obrigado por ter ajudado a destruir nosso lixo nuclear! (declara o comandante, enquanto envia um sinal interno que transporta os seis diretamente para o planeta deles).

Na cabine de comando Spok fala ao planeta Anjo:

- Estamos aqui, hoje, para requisitar aos Deuses nossa passagem para o outro lado do universo!

Dentro da enorme cabine da nova nave
stellar surge a Anjo "recepcionista" flutuando de asas abertas para ouvir o que Spok tem a dizer:

- Estou aqui,
homo stellaris! Que evidências você trás para tal requisição?

Neste momento entra na cabine o comandante astronauta, que para de andar e olha impressionado para aquele maravilhoso e azulado ser que flutua belamente em sua cabine.

- Meu Deus! (declara ele de boca aberta).

- Fomos recentemente aprovados em avaliação divina. Temos todas as condições e o sangue frio para apostar no sucesso de nossa evolução no outro lado deste universo! Desejamos que os Deuses apreciem nosso potencial evolutivo e de respeito a todo tipo de vida existente, aqui ou do lado de lá. Nossa cultura se expandiu e acabamos de conseguir recriar a vida, tal qual os Deuses a fazem, em nosso laboratório na Terra!

- Você o quê? (comenta assustado o comandante a Spok).

- Que provas você tem de tamanha evolução dos stellaris?

Spok vira-se para o comandante e pede algo a ele:

- Comandante! Pode ir até ali, em seu posto de comando desta nave, por favor?

Ele se encaminha um pouco titubeante até sua posição.

- Abra o painel principal, por favor.

- Você está mais formal do que o convencional Spok! (declara o comandante, enquanto levanta o painel principal e abaixa sua cabeça lá dentro para avaliar melhor).

Nas duas outras naves
stellaris todos os ocupantes, acompanham muito atentos tudo o que está acontecendo com Spok e o comandante.

- Não vejo nada mais do que já vi nos últimos anos e nos últimos testes de avaliação do equipamento! (declara o comandante, checando tudo lá dentro).

- Pressione o botão de teste três vezes seguidas, por favor! (pede Spok ao comandante).

- Overdose de educação hoje! (comenta ironicamente o comandante, enquanto faz o que lhe fora requisitado).

De repente, um pequeno pote quadrado metálico fechado, que estava invisível e transparente, surge lá dentro, para espanto do androide astronauta. Ele o pega, com uma das mãos, retira do interior do painel e fecha este mesmo painel com a outra mão, olhando fixamente para o pote quadrado.

- Eu olhei quinhentas vezes aqui dentro e nunca notei a presença deste recipiente! (declara, intrigado, o comandante).

- É por isso que eu não queria que você fizesse tantos testes inúteis! (informa Spok).

- É parece que já voltamos ao normal por aqui! (informa decepcionado o comandante).

- Abra o pote comandante, por favor! (requisita educadamente Spok).

Sob os atentos olhares da Anjo e de todos os ocupantes das duas outras naves stellaris, o comandante ameaça abrir o pote mas antes faz uma pergunta:

- Eu não vou tomar um susto, vou?

- Vai! (afirma Spok).

O comandante titubeia e abre lentamente o pote, fechando ligeiramente os olhos e afastando-o de seu rosto.

Ele encontra um pequeno colar lá dentro, com um pequeno coração holográfico que pulsa constantemente. O comandante estranha a presença de um objeto tão inesperado em seu interior e agradece:

- Puxa vida, Spok! É muito bonito! Obrigado pelo presente!

- Vamos ver como ele fica em você! Coloque o colar comandante! (requisita Spok).

O androide sorri, coloca o pote quadrado sobre o painel central e posiciona o colar em seu pescoço. Quando termina a operação, algo incrível acontece: o colar penetra no pescoço do comandante como se fosse uma gota de um líquido sendo absorvida por um tecido grosso depois de um tempo que ela está lá. O mesmo ocorre com o pingente holográfico em forma de coração pulsante, que penetra no peito do astronauta. Ele sente algo estranho neste momento e põe a mão no peito. Faz uma careta e declara:

- Estou sentindo o coração pulsando aqui dentro. É estranho isso, pois só sentia o mesmo quando tinha um corpo humano!

- Senhor comandante! Bem vindo à vida! O senhor agora faz parte do seleto mundo de criaturas muito inteligentes e vivas deste universo! (declara feliz o pequeno Spok).

Ele volta-se para a Anjo e comenta:

- Neste momento, na Terra, todos os androides estão recebendo um colar similar e partir de agora todos terão vida praticamente eterna e poderão procriar e evoluir, tal qual os
stellaris o fizeram em tempo extremamente curto, como vocês Anjos e Deuses bem sabem!

A Anjo aponta sua mão na direção do astronauta e declara, sem muito espanto:

- Tem razão,
stellar! Este híbrido está vivo! Todo o seu corpo se tornou algo vivo! Vocês conseguiram, pela primeira vez na história do universo, criar algo totalmente novo! Um metalorgânico que pode se recuperar de machucados ou fraturas! Somente espécies extremamente avançadas podem atingir uma criatividade digna de um Deus, onde tudo é possível e nada torna-se um empecilho, para chegar onde se quer chegar! Parabéns stellaris...! Por sua audácia de viajar pelas estrelas sem portar nenhum tipo de arma; por sua sensibilidade em cuidar de seres, que qualquer espécie superior chamaria de inferiores; por seu respeito em tratar híbridos, parte metálicos e parte humanos, como iguais; e finalmente, e não menos importante, por sua criatividade em conseguir dar vida a objetos metálicos e plásticos; eu libero a vocês a saída deste ambiente fechado, e dou passagem ao mais novo integrante de um novo lugar chamado: Firmamento. O outro lado do universo!

No planeta Shiva, Talwaq e seus seis companheiros entram em confronto de palavras com o rival e seus seguidores:

- Shilwaq! Não faça o que está pretendendo! Seremos transformados em espécie de segunda classe pelos Deuses! Eles não permitirão que atravessemos o portal à força!

- Talwaq! Não tente me impedir. Você ficou fora por muito tempo e não sabe o que conseguimos com os avanços em armamentos e energia. Estamos prontos para vencer os Anjos e nos apresentar aos Deuses que nos reconhecerão como uma força imponente deste universo.

- Quem disse que os Deuses desejam o nosso poder militar para que sejamos aceitos? Quem disse que teremos que vencer aos Anjos para passar para o outro lado?

- Talwaq! Pense bem! Há milhares de anos apresentamos de tudo para estes Anjos e nada foi suficiente para que ficássemos à altura da prepotência celestial! A única coisa que não tentamos foi usar a força!

- Shilwaq! Outras espécies já conseguiram escapar deste universo e não precisaram brigar com os Anjos!

- Já pesquisamos todas as culturas que conseguiram atravessar pelo portal. Não descobrimos nada que nos ajudasse a fazer algo similar. Só restou a força! Temos agora o poder para isso! Nossas tecnologias não se igualam a nada visto em todo o universo e também temos a espada dimensional que cortará as asas daqueles seres arrogantes!

- Sua tentativa desesperada de atravessar para o outro lado só nos fixará cada vez mais neste lugar! Pare, antes que seja tarde! Eu te imploro!

Neste momento, eles olham para o céu e veem um enorme túnel branco de nuvens em forma de redemoinho que se forma no espaço.

- Veja, Talwaq! Os Anjos cederam às minhas ameaças! Esta era a chave: provar que poderíamos ser mais fortes e audaciosos para forçar a nossa passagem. Vamos avançar com todo o sistema solar! Nos fixar no próximo nível e Deus irá finalmente nos reconhecer como iguais!

- Acho que sua atitude destruirá nossa reputação no universo!

Nas naves
stellaris, Spok, Fritz, Wagner, Wolfgang, Heize e todo o seu povo, vivendo na Alemanha e sob o mar em Atlantis desaparecem! Foram todos abduzidos para o outro lado do Universo. Os milhares de Anjos saíram das nuvens e se posicionaram flutuando no espaço, ao redor do redemoinho de nuvens.

Os Shivas encontram-se com problemas para movimentar seu sistema solar, que está sendo bloqueado por alguma força que eles desconhecem. Shilwaq toma uma decisão:

- Se nosso sistema solar não pode atravessar, iremos nós mesmos e lutaremos corpo-a-corpo se for preciso!

Ele pressiona um botão de seu uniforme e asas holográficas se desdobram de suas costas, mais ou menos iguais em tamanho e forma às dos Anjos. Porém estas são vermelhas vibrantes. O mesmo acontece com os outros milhares de seguidores atrás de Shilwaq.

- Se quiser vir conosco, Talwaq, deixei seis trajes em nosso posto ali atrás.

- Ainda há tempo de desistir Shilwaq! Pressinto que todos vocês poderão pagar muito caro por esta tentativa!

- Então olhe e chore por não ter tido a coragem de fazer o que é de direito de nosso povo.

Agora, milhares de Shivas desaparecem da superfície do planeta e reaparecem voando no espaço próximo à entrada do redemoinho gigantesco de nuvens brancas. Os Anjos, todos de aparência feminina, sacam suas espadas cintilantes e se preparam para um combate celestial! De dentro das naves stellaris menores a cientista conversa com o androide Mário. Ambos estão olhando diretamente para a tela holográfica do painel central da nave:

- Você está vendo o que eu estou vendo? (pergunta a androide).

- Sim! Estou impressionado com este redemoinho e um monte de mulheres maravilhosas lá fora!

- Acorda, Mário! Elas são Anjos e não são mulheres, lembra?

- Ah! É!

- Mas este não é o problema principal!

- O que pode ser mais importante do que a partida dos
stellaris e uma visão maravilhosa desta?

-
Nossa nave está sem controle, devido à partida dos stellaris!

-
Ué! Pegue os controles e pilote para sairmos daqui!

-
Eu não sei pilotar esta nave! Nenhum androide pode! Elas são controladas pela mente dos stellaris! E o pior...

-
O que pode ser pior do que estarmos à deriva no meio do espaço? (responde Mário preocupado com a situação).

A cientista aponta para o outro monitor holográfico, aquele que mostra a parte traseira da nave. Ali os dois podem ver milhares de Shivas voando com suas asas vermelhas e com espadas holográficas em punho na direção da nave deles.

-
Oh! Meu Deus! Eles querem nos acertar com aquelas espadas afiadas!

-
Não, Mário! Eles irão lutar contra os Anjos para passarem junto com os stellaris pelo portal!

Mário olha novamente para o monitor dianteiro e vê os Anjos se aproximando, frontalmente, trazendo o combate para cima deles.

- Tem razão! Isto é pior do que estar à deriva!

-
Vou pegar a minha filha! Se eles entrarem aqui, teremos que lutar por nossas vidas!

-
Que não vão durar muito agora! (completa, pessimista, Mário).

Ele olha novamente para o monitor traseiro e faz careta para um Shiva que aproxima-se violentamente da nave. O poderoso homem de seis braços desequilibra-se durante o voo e, para não colidir com a nave
stellar, usa um dos pés contra ela, empurrando a nave para baixo e forçando o corpo dele para cima, quando desfere um golpe fulminante de sua espada holográfica contra a de um Anjo. Faíscas se espalham no espaço nos contatos entre as espadas!

Os Shivas ainda têm uma arma extra, seu terceiro olho, o que obriga os Anjos a se defenderem de mais esta arma. Ao fundo a imagem holográfica de centenas de stellaris penetram rapidamente no vórtice formado pelas nuvens celestiais. A luta espacial, corpo a corpo, entre duas poderosas espécies trás algumas consequências às pequenas naves stellaris à deriva.

Elas sofrem diversos golpes certeiros das disputas dos seres alados, além de alguns raios de raspão, vindo do terceiro olho de diversos Shivas. As pequenas naves mudam a todo o momento de curso, ora girando numa direção, ora em outra! Um dos Anjos vence um Shiva, cortando uma das asas holográficas.

O homem de seis braços fica sem controle no espaço e também à deriva, mas continua atirando contra os seres celestiais que precisam se defender dele também enquanto lutam contra os outros. A Anjo vencedora voa para uma das pequenas naves terrestres e a empurra na direção da nave do comandante androide, para que possam ser resgatados! Logo a seguir ela se protege de um ataque direto de outro Shiva, afastando-se do local rapidamente.

A outra pequena nave continua girando sem parar devido aos constantes impactos de espadas e dos corpos dos Anjos e Shivas durante as lutas! Um dos Shivas consegue driblar um Anjo e voa acelerado em direção ao vórtice. Outra Anjo tromba seu corpo de três metros contra o Shiva e a luta de espadas recomeça entre estes dois. Um mar azul e vermelho de corpos cintilantes voadores e agitados no espaço contrasta com o fundo branco e giratório das enormes nuvens ao fundo. O comandante, recuperado de sua nova condição como ser vivo, começa a agir para o que foi treinado em toda a sua vida humana e androide:

-
Androides a bordo, vamos salvar nossas naves lá fora! Preparem-se, precisaremos trabalhar em conjunto para auxiliar também os Anjos e garantir a passagem de nossos amigos stellaris para o outro lado. Vamos lá!

Ele assume seu posto principal e aciona a nave em direção às menores. Diversas finas varetas saem de todas as laterais da nave e começam a atirar nos Shivas durante a luta. Cada Shiva acertado desaparece dali. Ao chegar mais perto da primeira pequena nave terrestre o comandante aciona um raio de transporte e ela reaparece dentro do convés, no corpo lateral da gigante stellar.

Na tentativa de se aproximar da outra nave menor, ele tromba com diversos Anjos e Shivas em plena luta no espaço. Uma Anjo dá um golpe mais forte na espada holográfica de um Shiva, cujo impacto força um afastamento maior um do outro. Apavorada com o que vê de frente, voa bem rápido para cima.

O Shiva sorri, vencedor daquele combate e sente no meio de suas costas o impacto da nave do comandante, que caminha decidido no meio da batalha alada espacial. O homem de seis braços sofreu com a dor, mas é imortal. Ele vira-se novamente de frente para a nave! Olha para o rosto do comandante que a pilota. Abre suas asas vermelhas e posta-se em pé sobre o nariz imponente do transporte terrestre.

No momento em que iria cortar a cabine de comando em duas, percebe uma vareta na parte de cima da nave que vira-se rapidamente em sua direção. Imediatamente o Shiva desaparece do local e reaparece na superfície de seu planeta de origem. O poderoso homem de três olhos desfere o golpe de sua espada diretamente sobre o solo do próprio planeta.

Ele olha ao redor e vê diversos outros Shivas se levantando do chão. Eles sofreram o mesmo destino dele. Este então grita de ódio por ter sido transportado de volta e também por perceber, no céu, que o vórtice começa a se fechar. Não há mais tempo para alçarem voo em direção à batalha. No espaço diversos Shivas encontram-se à deriva e são um a um transportados de volta para o planeta de origem pelos tiros das varetas na nave stellar.

Um deles ainda atira contra a nave terrestre, que fica semidimensional apenas nos pontos de impacto dos raios, que atravessam de fora a fora a estrutura. A nave volta imediatamente ao estado dimensional normal após o tiro Agora a segunda nave stellar é recuperada e posicionada no convés da maior. Os Shivas no espaço começam a diminuir em número e os Anjos passam a lutar contra eles com mais vigor, empurrando-os para longe do vórtice. A nave terrestre continua ajudando e retirando os derradeiros combatentes dali.

As últimas dezenas de
stellaris atravessam o redemoinho, que agora vai parando de girar enquanto as nuvens se espalham de volta para a superfície do planeta, encobrindo-o novamente em seu manto protetor. Os milhares de Anjos retornam calmamente para o interior das nuvens, se espalhando por todo o planeta. Os dois Mários e as duas cientistas das naves à deriva, recuperadas do espaço, já se encontram na cabine de comando, agradecendo ao comandante e aos outros androides. A última entidade celestial aproxima-se da nave e aparece em seu interior. Ela pousa no local, olha para o líder da nave e comenta com ele:

- Parabéns! Sem a sua ajuda teríamos uma longa batalha lá fora, com consequências imprevisíveis! Obrigada!

- Foi um prazer em ajudar, madame!

- Ela não é uma madame! (corrige um dos Mários). Ela é um Anjo!

A entidade celestial sorri e comenta com o comandante:

- Preciso fazer meu relatório para os Deuses sobre a nova espécie que nasceu diante do planeta dos Anjos. Como devo chamar esta nova espécie?

Ninguém responde nada e todos se entreolham, sem saber o que dizer. A Anjo toma a palavra novamente:

- Bem! Posso dar uma sugestão?

- Claro! (declara o comandante).

- Sugiro
homo androidis! O que acham?

- Eu gostei! (declara Mário). Sempre quis ser chamado de homem novamente!

Todos sorriem e a Anjo se despede:

- Muito bem, então! Falarei de vocês,
homo androidis aos Deuses. Se Eles os aprovarem, eu e outros Anjos visitaremos o planeta Terra para acompanhar seus primeiros dez mil anos de vida e torcer para que no final vocês ganhem o direito de cruzar esta mesma fronteira, quando então nos veremos novamente no futuro!

- Legal! (declara um dos Mários). Na Terra você poderá tomar diversos outros tipos de chás que temos por lá. Eu preciso lhe apresentar também o café brasileiro. Hum! Se gostou do chá, irá adorar o café!

- Estou marcando o tempo para este dia! Mais uma coisa: Os Shivas nunca foram vencidos por nenhuma outra espécie no universo. Devem estar muito revoltados com a presença de vocês, interferindo diretamente no plano deles. Porém eles não são de briga, muito ao contrário! São um povo bom e gentil. Eles auxiliaram diversas culturas muito avançadas por toda a galáxia, que agonizavam em sua extinção. Falta muito pouco para que eles consigam seu lugar no Firmamento. Com o retorno de Talwaq acredito que em breve conseguirão o seu devido lugar! Tomem cuidado lá na Terra, nos próximos anos. Boa sorte a todos vocês e muito obrigada pela ajuda!

A seguir ela desaparece dali e todos se cumprimentam no interior da nave. O comandante sorri muito e quando todos voltam aos seus postos, para retornarem para casa, aparece na mesa de cada um deles o mesmo pote quadrado, que estava invisível e esperando o momento certo para reaparecerem. Todos usam seus colares e voltam para a Terra confiantes de que novos e bons dias virão.

No planeta Shiva, Talwaq reassume o comando de seu povo, pois devido à derrota de Shilwaq todos os cidadãos do local imediatamente desistiram de serem comandados por ele. O sistema solar deles se afasta lentamente do planeta Angelical. A mesma representante que estava dentro da nave do comandante androidis observa de sua nuvem a partida na nave terráquea de um lado e de outro o lento afastamento do sistema Shiva.

Com tudo decidido, por enquanto, ela voa de costas e desaparece em meio ao enorme mar de flocos brancos. Visto de longe o planeta Anjo desperta a curiosidade de qualquer ser vivente no universo, já que os raios, entre as nuvens e o mar abaixo, fazem todo o planeta brilhar no espaço como uma pérola dos Deuses a ser conquistada pelos ambiciosos.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XIV
COMENTE SOBRE ESTE LIVRO
CAPÍTULO XV
OOOOOOOOOOO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O

Capítulo Anterior
Próximo Capítulo
OOOOOOOOOOO