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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
Terra! Índia! Os seis extraterrestres de seis braços cada chegam a uma grande cidade indiana. Vacas e macacos já não são mais os únicos habitantes do lugar. Grandes e pequenos predadores disputam o domínio ambiental. Os seis percebem todo o abandono humano do local. Caminham por ruas cobertas por mato e vez por outra algum animal cruza ao longe o caminho deles. Os prédios dominados por diversos tipos de plantas. Aves e seus ninhos dentro de apartamentos cujas janelas se fecharam com o excesso de plantas.

Deste modo, milhares de cavernas foram criadas pela natureza para os novos habitantes. Aos poucos os alienígenas vão ficando mais à vontade, diante de um mundo sem ninguém! Algo, entretanto, os faz pararem e se abaixarem. Uma visão de um humano todo de preto caminhando pelas ruas, avaliando alguma coisa. O humano, pensam eles, ainda existe!

Na realidade ele é um androide do soldado João. Os seis permanecem abaixados, totalmente imóveis e observando o solitário morador da cidade. Um rato passa perto deles e é encarado por um dos alienígenas que abre seu terceiro olho ameaçando o roedor, que apavorado com a estranha visão dos seres, corre mato a fora.

O soldado João, ao longe, graças à audição muito superior, percebe o barulho do rato correndo assustado, e olha na direção da rua onde os alienígenas se encontram escondidos. O experiente soldado metálico de mais de cem anos de idade, desconfia do que está acontecendo. Cerra parcialmente os olhos mudando o espectro de visão das lentes artificiais, procurando ver algo que possa estar ali.

Ele vê os corpos estáticos dos aliens, mas parecem arbustos com diversos galhos secos. Usa seu poderoso zoom e continua acreditando tratar-se de um arbusto em meio ao mato. Ele aumenta a sensibilidade dos ouvidos para detectar eventuais sons diferenciados no mato à frente. Percebe as patas do rato e uma respiração estranha! De repente um cachorro salta sobre o rato, mas não o pega e ambos continuam correndo pela rua para longe do androide.

Os aliens permanecem estáticos, mesmo diante do susto com o cachorro. O soldado relaxa um pouco, mas ainda está desconfiado. Olha para o alto de um prédio próximo, no final da rua. João se transporta para lá. Os extraterrestres estranham o sumiço do "homem" e se incomodam com isso. Começam a se movimentar, olhando ao redor para tentar descobrir para onde foi o "humano".

Do alto do prédio, João observa os seis que se movimentam preocupados, buscando localizá-lo. João estranha a presença de seres tão diferentes. Olha para o final da rua e dá um zoom numa estátua no centro de uma praça. Vê a figura de Shiva, um Deus Indu. Estranha e volta-se novamente para o grupo. Percebe o mesmo padrão corporal e fica muito confuso.

Resolve fazer uma rápida pesquisa na internet, compartilhada entre todos os androides no planeta, e descobre a história de Shiva. Rapidamente envia o vídeo com as imagens dos seres andando pelas ruas da Índia, para a sede dos stellaris na Alemanha. Os aliens se espalham, escondendo-se no interior dos prédios locais. Sem dizer uma palavra, para não ser descoberto, João envia um sinal de ajuda para outros androides.

Cinco outros colegas aparecem em poucos segundos, em cima do mesmo prédio onde ele já se encontrara. Estão ali duas cópias do ex-presidiário e duas outras do policial gorducho, que não são mais gorduchos nas versões androides. João pede silêncio a todos com o dedo indicador e aponta para o interior dos prédios onde cada um dos seres entraram. Os androides receberam o mesmo vídeo e sabem do que se trata. Acionam o sistema de semidimensionalidade e a seguir o de invisibilidade.

Um dos aliens espreita a rua da entrada do prédio, pois o excesso de plantas no interior impede que ele entre no local. A voz do soldado João faz-lhe uma pergunta:

-
Quem é você, criatura?

O alien, assustado, abre seu terceiro olho movimentando a cabeça rapidamente para todos os lados em busca do dono da voz humana.

-
Apareça, humano!

- Quem disse que sou humano? (responde, ainda no anonimato, a voz de João).

-
Se não é humano apareça para conversarmos!

Passam-se poucos segundos de silêncio e o soldado João desliga sua invisibilidade e aparece em semidimensionalidade, frontalmente ao alien:

- Quem é você? (indaga João).

- Sou Talwaq de um planeta muito distante daqui! E você, que se parece humano, o que é?

- Sou um androide com um cérebro parcialmente humano. Me chamo João. O que faz aqui na Terra?

- Minha nave caiu aqui há mais de sete mil anos atrás e busco uma forma de retornar ao meu planeta. Onde estão os humanos daqui?

- Os últimos morreram recentemente e estamos trabalhando para deixar o planeta em condições adequadas para a sobrevivência da natureza.

- Eu vi naves voando pelo céu há muito tempo atrás! Elas ainda estão por aqui?

- Sim! Mas a maioria se encontra em outras partes do universo neste momento. Elas pertencem aos
stellaris!

- Quem são os
stellaris?

- São a evolução da raça humana! O estágio mais recente da espécie!

- Será que estes...
stellaris... poderiam nos dar uma carona até nosso planeta?

- Já estou perguntando isso a eles. Spok quer lhe falar! Ele o vê pelos meus olhos e fala por minha boca.

Da boca do androide João novas perguntas são feitas ao alien, emitidas pelo Spok, que se encontra dentro de sua nave, nas proximidades da Alemanha:

- Por que devo confiar em você? (pergunta Spok). Como posso saber se suas intenções são boas ou más?

- Eu e meu povo estamos a sete mil anos escondidos no topo de uma montanha, aguardando o final da humanidade, para podermos abandonar este planeta. Mas sem ajuda levaremos mais algumas centenas de anos para sair daqui. Não sei como provar a vocês que não tenho intenções ruins! Se resolverem não nos auxiliar, precisaremos correr o mundo à procura de materiais que sejam plausíveis de serem utilizados na construção de uma nova nave que nos leve daqui ou na construção de um sistema de comunicação galáctico!

- E onde fica o planeta de vocês? (pergunta Spok através de João).

- Preciso de um mapa do universo para lhe mostrar.

O soldado João aciona seu cinturão e um holograma dá um close-up na Terra e vai se afastando até mostrar toda a via láctea. O vídeo para nesta posição. O alien observa o mapa e comenta:

- Esta é a casa de vocês! A minha fica bem mais distante nesta direção (o extraterrestre aponta com uma das seis mãos para os limites superiores do vídeo).

O mapa continua se afastando, na direção informada. Quando o vídeo para, o alien informa:

- É um pouco mais distante do que isso!

- Este é o limite do universo, conhecido por nós! Estamos com uma nave neste local agora mapeando a região!

- Se a sua nave conseguir contatar o nosso povo, poderemos ser transportado daqui mesmo!

- Como pode isso ser possível? (indaga curioso Spok).

- Meu povo está no universo desde o início. Somos a espécie viva mais antiga e temos tecnologia que transcende o seu conhecimento! No início andávamos em naves espaciais, como a nossa que caiu aqui na Terra. Meu povo já trabalhava em um projeto para levar o próprio sistema solar onde vivíamos para qualquer lugar do universo, evitando assim de ficarmos isolados uns dos outros ou perdidos, como ocorreu conosco!

- Vou requisitar que nossa nave faça contato com sua espécie! Se é que conseguiremos encontrá-los!

- Se vocês estão tão perto assim, provavelmente eles os encontrarão!

- Mas se seu povo já fez funcionar este projeto, nunca conseguiremos encontrá-los no universo!

- É verdade! Mas estávamos encontrando muitas dificuldades para fazer isso dar certo. Deslocar um sistema solar inteiro envolve perigos muito grandes: a velocidade inicial não pode ser muito elevada, senão algum planeta pode se perder; a velocidade de parada não pode ser rápida senão a inércia alteraria as rotas das luas; durante a viagem o caminho deve ser bem planejado para não trombarmos com outros sistemas estelares ou criarmos forças gravitacionais que alterem as rotas de nossos planetas; tem ainda as supernovas e os buracos negros. Por tudo isso, acredito que o projeto ainda esteja em fase final.

- E o combustível para mover tudo isso? (questiona Spok via João).

- Usamos o próprio combustível solar para deslocar tudo! A fonte de energia ali é inacreditável!

CAPÍTULO II
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XIV
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