VOLTAR À PÁG.
DA COLEÇÃO

HOME
PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
Na nave stellar de Fritz e Wagner uma mensagem chega da Terra:

- Fritz! (a imagem de um
stellar aparece numa tela holográfica). Spok pediu que enviássemos este vídeo para vocês!

O vídeo mostra os seres de seis braços e duas pernas conversando com os androides. À frente de todos está Talwaq que dá um recado ao seu povo:

- Povo Shiva! Eu sou Talwaq! Parti de nosso lar há mais de sete mil anos atrás para conhecer a vida que existia aqui. Nossa nave caiu numa região remota deste planeta. Somente agora consegui fazer contato. O povo da Terra está possibilitando esta nossa comunicação. Desejo retornar e preciso de sua ajuda para isso. Peçam mais detalhes de minha localização para estes seres e tornem possível o meu retorno!

A imagem do
stellar volta à tela e continua falando com Fritz:

- Seis destes seres foram encontrados numa grande cidade da antiga Índia. Talwaq disse que o planeta dele fica muito próximo de onde vocês se encontram. Vocês fizeram contato com alguma forma de vida inteligente recentemente?

- Estamos correndo atrás deles neste momento! (responde Wagner). São tão avançados que a nave deles é o próprio sistema estelar em que vivem!

- Nós sabemos disso! Tentem fazer contato e vejam se eles conseguem transportar nossos visitantes, sem termos que levá-los de volta.

- Mas eles podem fazer isso?

- Talwaq diz que sim!

- Ok! Faremos o possível! (finaliza Fritz).

Telepaticamente Wagner informa Fritz:

-
A velocidade deles é superior à nossa! Nunca os alcançaremos!

-
Vamos reprogramar o sistema de navegação para irmos diretamente ao passado sem sair daqui! Assim poderemos contatá-los antes que desapareçam no espaço (comenta Fritz).

-
Boa ideia! Vamos nos preparar! (sugere Wagner).

Enquanto isso, na nave-planeta, Mário e a cientista, já com o sistema de semidimensionalidade desligado, continuam conversando com os estranhos seres:

- Então, quer dizer que o nome de seu povo é Shiva? (pergunta a cientista).

- Sim! Vivemos aqui desde que o universo começou! (responde o macho da espécie).

- Vamos entrar em sua casa? Eu quero conhecê-la! (requisita Mário).

- Acho que não é uma boa ideia, pois ainda não sei quem é você!

- Eu já disse, sou Mário, soldado da Terra e ela é cientista! Somos androides, parte máquina, parte humano!

- Isso não é suficiente para eu saber se posso confiar em vocês!

Percebendo que não terá oportunidade de conhecer o interior da casa, mas muito curioso para descobrir o que há lá dentro, Mário envia um sinal e uma pequena porta se abre na batata de cada uma de suas pernas! Dali dois pequenos robôs, que lembram o próprio soldado em aparência, saem furtivamente do esconderijo e acionam seus sistemas de invisibilidade e semidimensionalidade.

Ninguém percebe a ação, pois Mário encontra-se de frente para os dois habitantes do local. Porém, a fêmea da espécie pressente alguma coisa, olhando diretamente para o mato por onde os dois pequenos robôs estão correndo furtivamente, em direção à casa. Ela abre seu terceiro olho, enquanto acompanha o movimento dos robôs, que não enxerga. A cientista se assusta com a ação da fêmea a questiona:

-
O que foi? O que está acontecendo?

A fêmea fecha seu terceiro olho, volta-se para a cientista e comenta:

- Não sei! Pressenti algo andando por aqui. Mas não vi nada!

O macho abre o terceiro olho para o Mário e questiona:

-
Você está me escondendo alguma coisa?

- Não! Por que estaria? (fazendo cara de: "não sei do que você está falando"). Diga-me: para que serve este seu olho na testa?

- Você saberá se tentar me enganar!

Mário engole a seco, preocupado, porque enviou os dois robôs para o interior da casa. A cientista olha para o céu e nota que riscos brancos estão passando muito rápido.

- O que está acontecendo no céu? Parece que diversos meteoros cruzam na velocidade da luz a atmosfera do planeta?

A fêmea da espécie responde:

- Quando detectamos a sua espécie em órbita de nosso planeta afastamos todo o sistema estelar da nave para não sermos ameaçados!

- Como assim: "
afastaram todo sistema estelar?!" (questiona a androide).

- Nosso sistema é a nossa nave neste universo! Com ele poderemos conhecer todo este grande ambiente fechado sem sairmos de casa!

- Mas... e nossos amigos que estão em órbita? O que aconteceu a eles? (pergunta a moça).

- Estão tentando nos alcançar, mas não conseguirão! Em breve desistirão da caçada (responde o macho da espécie).

- Mas eles não farão nenhum mal a vocês! (suplica a cientista). Por favor, permita-se conhecê-los! Vocês gostarão deles! Os stellaris são os seres mais gentis e inteligentes que eu conheço!

O macho questiona a androide:

- Quantos seres diferentes você conhece neste universo?

- Mário responde à pergunta:

- Contando com vocês,... três espécies: os
stellaris, os humanos e vocês!

Os habitantes olham muito feio para o soldado, não gostando da piada! Dentro da casa deles os pequenos robôs observam, pela porta aberta, o interior. Todo o ambiente é azulado: paredes, teto e chão. Um azul neon muito brilhante. Os dois pequeninos observam estranhos equipamentos instalados no fundo da sala. Cuidadosamente, ainda invisíveis e semidimensionalizados, ambos caminham até lá para ver tudo de frente.

Quando conseguem, flutuam até a parte de cima da mesa e na tela do equipamento gravam uma informação que não compreendem. Parece um plano de ataque a outro sistema solar. Eles transmitem as informações e a sonda, em órbita, capta e armazena a informação. De repente, duas mãos alienígenas agarram os dois pequenos robôs.

A criatura, ainda criança, abre e fecha o terceiro olho rapidamente, encarando os dois invasores invisíveis. A pequena criatura corre para fora em alta velocidade e apresenta a situação para seu pai, o macho do povo Shiva, que está lá fora, conversando com os androides:

- Olhe só o que eu encontrei dentro de nosso posto na superfície! (mostrando as duas mãos vazias, mas como se segurasse alguma coisa).

- Delteq! Você sabe que os adultos não podem ver certos espectros dimensionais! (comenta bravo o macho). Não vejo nada em suas mãos!

O filhote dos habitantes observa os dois robozinhos e resolve bater uma mão contra a outra, arrebentando os dois e tornando-os visíveis novamente. O pai percebe que ambos são muito parecidos com o androide Mário. Ele olha para a fêmea com muito ódio, abre seu terceiro olho, e ela também, viram-se para os dois androides com cara de mau, enquanto Mário pergunta sorrindo, fingindo não saber o que são aqueles "brinquedinhos":

- Como vocês fizeram tão rapidamente duas cópias minhas?

Os seres de seis braços não perdem tempo, atiram contra os androides que caem totalmente destruídos no chão! A filha da cientista, ainda dentro do buraco, onde entrara antes, vê toda a cena e começa a chorar.

No espaço os stellaris Fritz e Wagner terminaram a alteração no equipamento de controle do tempo. Agora acionam-no para retornar ao exato momento em que Mário e a cientista estavam caídos no chão, após o primeiro golpe de espada holográfica. Tudo se repete, mas agora...

-
O que foi isso? (questiona Mário, fazendo careta e sentindo muita dor após o golpe).

-
Ai! Não sei! (responde a cientista, sentindo a mesma dor).

-
Quem são vocês? O que estão fazendo aqui? (pergunta o macho Shiva muito nervoso, com a espada preparada para mais um golpe e já com o terceiro olho aberto, pronto para atirar).

-
Não precisa nos ferir! Não temos intenções de machucá-los! (comenta Mário quando começa a se levantar do chão, ainda com algumas dores).

A fêmea dos agressores desfere novamente um golpe na direção de Mário, atravessando seu corpo com a lâmina holográfica da espada. O soldado androide mais uma vez cai ao chão, sentindo ainda mais dores. A cientista, para não ser ferida, continua ajoelhada no chão e comenta com o Mário:

-
Não se levante! Parece que usam uma espada semidimensional, que nos atinge parcialmente.

-
Por que não me avisou antes! (reclama Mário estirado no chão com dores quase insuportáveis). Tô com saudades de Deus! Pelo menos Ele não me machucava tanto!

-
Vocês conhecem o criador, pessoalmente? (pergunta o macho de seis braços aos androides).

-
Se eu o conheço...? (comenta Mário, que não consegue terminar a frase).

Agora aparece atrás dos androides o
stellar Wagner em semidimensionalidade, que aciona uma tela holográfica para os dois habitantes do planeta.

-
O que é isso? Quem é você agora? (questiona o poderoso macho ao pequeno Wagner).

O vídeo começa a rodar e todos puderam assistir ao pedido de Talwaq na Terra.

-
Que brincadeira é essa? Não conheço nenhum Talwaq!

Mas ele conhece este lugar e nos informou sobre a existência de vocês! (responde Wagner).

-
É por isso que estão aqui? (pergunta a fêmea de seis braços).

-
Sim! É claro! Por que mais seria? (responde Wagner para espanto dos dois androides, que viram um stellar mentir pela primeira vez!).

- Muito bem! Falarei com o líder Shiva de nosso povo sobre este assunto e em breve entrarei em contato com vocês. Mas fiquem em sua nave! Não queremos ninguém bisbilhotando por aqui (comenta bravo o macho de seis braços).

- Nós só vamos pegar um equipamento que deixamos ali atrás e partiremos! (comenta a cientista com os dois habitantes).

- Muito bem, sejam rápidos! (requisita brava a fêmea Shiva).

O grupo se afasta dali e voltam para o encontro com a filha da cientista, ainda escondida no buraco de acesso ao interior do planeta. Quando ali chegam, os dois perigosos habitantes já tinham voltado para o interior de sua base. A menina sai rapidamente e abraça a mãe androide, que está de pé.

A tampa traseira das duas batatas da perna da cientista se abre e dois pequenos robôs, com as aparências muito similares a dela, desligam a semidimensionalidade e a invisibilidade, entrando rapidamente no compartimento da androide, que agora se fecha. Imediatamente a cientista fica séria, porque recebera as informações gravadas dos pequenos robôs espiões.

- Você foi rápida! (elogia Mário a cientista). Eu estava esperando um momento mais adequado para enviar os meus robôs!

Séria, a androide fala a todos:

- Precisamos sair do planeta urgentemente. Tem algo errado por aqui!

- Eu sei disso! (comenta Wagner).

Todos desaparecem do lugar quando, da nave stellar, um feixe de luz, projetado acima da atmosfera, recolhe os visitantes.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XIV
COMENTE SOBRE ESTE LIVRO
CAPÍTULO XV
OOOOOOOOOOO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O

Capítulo Anterior
Próximo Capítulo
OOOOOOOOOOO