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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO II
Ano terrestre de 2010. Terra, Brasil. São onze horas da noite de uma terça-feira. Numa rua tranquila de São Paulo o calvo e onipresente ser, representante do povo das pirâmides, caminha calmamente pela calçada. Ele é sisudo e demonstra muita firmeza ao andar. A rua dispõe de muitas árvores e pouca circulação humana. O homem usando camisa polo azul e calça jeans também azul aproxima-se de um terreno abandonado. Do outro lado da mesma rua uma moça vem em sua direção, muito preocupada por estar sozinha nesse local escuro.

Quando ambos já iam se cruzando pela calçada, surge rapidamente do terreno vazio um grupo de cinco arruaceiros. Eles cercam o homem e a moça. Os jovens exigem que lhes entreguem a carteira, relógio, jóias e celulares. Os rapazes apresentam as armas, apontando para o rosto e para o corpo dos dois. A moça estática nada fala e nem reage. Seus olhos estão vidrados no vazio! O calvo homem de azul, que parou de andar com o cerco inesperado, observa tranquilamente as armas em sua direção e comenta:

- Vocês deveriam ter mais cuidado com estas armas, podem acabar se ferindo com elas!

-
Cala a boca aí, tio! Passa logo o bagulho que a gente tá pedindo, senão vai ver como isso aqui vai te machucar!

- Infelizmente não tenho nada aqui que possa servir a vocês! (comenta calmamente o estranho homem com aparência de poucos amigos). Sugiro que esqueçam este assunto e voltem para as suas casas!

O homem caminha mais um pouco, colocando-se entre dois dos arruaceiros, que começam a gritar mais com ele. Um tenta dar um soco em seu rosto. O homem desvia-se rapidamente, desequilibrando o atacante. O outro que estava atrás atira. A moça grita de medo. A bala atravessa incólume o corpo do homem e atinge o rapaz à sua frente que se desequilibrara.

Ele cai morto com o tiro certeiro. Outro arruaceiro, que estava à frente do homem, também atira. Novamente a moça grita e a bala, mais uma vez, atravessa o corpo do homem, atingindo agora o outro jovem que se encontra atrás. São dois bandidos mortos! O homem de azul pega no braço da moça, que está exatamente à sua frente.

- Saia daqui agora! (pede ele).

A moça desesperada olha ao redor sem saber o que fazer. O homem pede novamente num tom bem tranquilo:

- Vá para a sua casa e não olhe para trás.

Os três jovens preparam-se para atirar novamente, enquanto a moça foge dali. O homem diz a eles:

- Larguem estas armas antes que mais gente se machuque, por favor!

Os três jovens que restaram cercam-no novamente e apontam a arma para a cabeça dele. O homem se move rápido e se posiciona novamente entre dois deles que atiram juntos. As balas atravessam o corpo do estranho e o inevitável ocorre: um mata o outro! O último jovem que sobrou aponta a arma para o nariz do homem e comenta:

-
E agora? Acha que ainda está com sorte? Eles erraram, mas eu sou muito bom em acertar gente idiota que pensa que é corajosa!

O rapaz, sorrindo, prepara-se para atirar. Mas algo estranho acontece: a mão direita do jovem que segura a arma começa a apontar para cima, contra a vontade dele, que agora usa as duas mãos para voltar a fazer mira no homem, mas não consegue! Quando a arma está apontada para cima, perpendicularmente ao chão, o tiro é disparado, para susto do rapaz, que pergunta gritando:

-
O que está acontecendo? Quem é você afinal?

O rapaz continua tentando voltar o cano da arma na direção do homem de azul, mas nem sua mão e nem a arma reagem às tentativas. O homem sorri levemente e comenta:

- Eu sou aquele que permitiu que você pudesse acertar mais um idiota..., que pensa que é corajoso!

O bandido estranha a resposta do estranho homem, faz careta e pergunta ainda gritando:

-
Do que você está falando agora, cara?

Ele ouve um zunido de bala bem ao longe vindo do céu. Olha para cima na direção para onde sua arma ainda aponta. O rapaz começa a gritar apavorado para o homem.

-
Isto não pode ser verdade! Isto não está acontecendo! Não consigo soltar a minha mão!

- Infelizmente meu amigo, o mau sempre retorna para quem o pratica! (comenta o homem do povo das pirâmides).

A bala, que partira do revólver do bandido, agora retorna com a mesma força em sua direção. O adolescente olha para cima pela última vez e vê quando o projétil penetra em seu ombro. Num reflexo final o jovem ainda dá mais um tiro para cima e logo depois desmaia! Ele cai. Seu corpo fica dependurado com a mão ainda bem segura na arma, que se mantém no mesmo lugar, levitando sobre sua cabeça e apontando para o céu.

O homem de azul o libera e o jovem e seu revólver vão de vez ao chão. O homem vira-se de costas para os cinco corpos no chão e continua andando tranquilamente pela rua. O último dos bandidos a cair abre seus olhos e ouve novamente o zunido, tenta se levantar dali, mas sente muitas dores e apenas consegue se sentar. A seguir olha para cima e a bala penetra diretamente em sua testa, matando-o. Ele cai pela última vez, morto, ao lado de seus outros ex-companheiros de crimes.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
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