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Terra. 21.200 anos atrás. O Deus de olhos brancos, portanto o Deus vindo do futuro, esperando poder mudar os rumos da humanidade e com intuito de melhorar a genética da espécie, procura caminhos para ajudar diversos bons humanos a sobreviverem, separando aqueles que poderiam prejudicar a evolução das diversas raças humanas. No limiar do Oriente Médio com a África, o Pai de Jesus de olhos brancos encontra diversos aldeões vivendo ali e resolve aproximar-se deles. Os humanos simples locais assustam-se com aquele homem de capuz e roupas pretas.

- Quem é o senhor? O que deseja?
- Eu sou Deus!
- O senhor é Deus?
- Sim!

O humilde aldeão olha para Deus de baixo a cima e questiona:

- Me desculpe, Senhor! Sem querer ser desrespeitoso..., mas como posso acreditar que Deus sois vós, realmente?

O Deus de olhos brancos olha de lado e vê uma árvore no local. Ele abre bem a boca e uma enorme labareda sai dali atingindo-a e queimando-a imediatamente.

- Conhece mais alguém que saiba fazer isso?

O humilde aldeão ajoelha-se a seus pés e pede perdão:

- Perdoe-me, Senhor! Aceito a sua palavra! Como eu disse... não pretendia ofendê-lo!
- Eu vim alertá-los para saírem dessas terras!

Ainda ajoelhado o homem olha para cima e continua conversando com o Deus de olhos brancos enquanto outras pessoas vão aos poucos se aproximando dos dois.

- Não podemos sair daqui, Senhor! A leste vivem os homens antigos (ele se refere aos Neandertais), que nos são hostis e não permitem a aproximação. A oeste as terras já estão todas ocupadas! Estamos presos aqui nesta faixa estreita de terra.

- Em breve Eu criarei um enorme dilúvio que acabará com os homens antigos de toda esta região. Quem estiver por perto será morto junto com eles!

- O que podemos fazer então, Senhor?

O Pai de Jesus do futuro olha ao redor, apreciando a paisagem e decide:

- Construam um enorme transporte de madeira que possa flutuar. Usem os troncos de árvores. Todos que quiserem ser salvos deverão colaborar na construção! Ele deve ser bem vedado também no teto, caso contrário a água que enviarei o afundará. Isto deve ser suficiente para garantir a sobrevivência de todos os aldeões vivendo próximo daqui. Seus animais, sementes e frutos deverão ser estocados nele também. Vocês ficarão abrigados neste transporte por alguns dias até que a água retorne ao mar! Depois disso as terras dos homens antigos serão herdadas por vocês.

- Não sabemos construir barcos, senhor!
- Procurem entre os aldeões alguém que saiba! Lembre-se: vocês têm apenas noventa dias para isso. Trabalhem todos juntos e rápido.

Deus desaparece dali, diante dos olhos das diversas pessoas que já se acumulavam ao redor para ouvirem a mensagem do Senhor! Rapidamente todos se mobilizaram à procura de alguém que soubesse construir um navio. Entre eles um sabia. Era um senhor de cabelos e barbas brancas com esposa, três filhos e noras. Ele fora antes marinheiro e se dispôs a ajudar.

Todos então se juntaram, sob o comando do "bom velhinho" para iniciarem a construção. Muitas árvores da região foram derrubadas e os homens as prepararam para a enorme construção. Às mulheres e crianças coube a tarefa de manter a alimentação das famílias, agora unidas, almejando a sobrevivência e as áreas tão sonhadas dos Neandertais que bloqueavam a evolução do homo sapiens até às terras prometidas por Deus.

Noventa dias mais tarde, o Pai de Jesus do presente, portanto o de olhos vermelhos, observa do alto do monte Ararat a vida dos Neandertais na enorme área conhecida hoje como Oriente Médio. Ele desce até a região habitada e encontra um dos jovens das cavernas que caçava pequenas presas. O primitivo humano tinha uma simples lança, feita com galho de árvore e ponta de osso animal afiado com pedras. Deus o pega pelo pescoço por trás, na nuca, com apenas uma das mãos.

O menino esperneia e usa uma das mãos para arranhar os braços divinos, na intenção de escapar. O selvagem vira sua lança para trás na esperança de atingir o Pai de Jesus de olhos vermelhos e também rosna de raiva enquanto solta gritos de socorro para seu clã. Ao avaliar o espécime jovem, Deus percebe que o vírus, que usara na criação do
homo sapiens e cuja função também seria destruir rapidamente os Neandertais, já não está mais surtindo efeito.

A nova criação divina foi muito lenta em tentar conquistar todas as terras disponíveis e isso deu uma nova chance de sobrevivência aos homens primitivos. Mas não é o que deseja o Criador! Ele quer o fim completo da espécie antiga. Não quer que os sobreviventes da extinção forçada espalhem seus genes entre os novos humanos.

O Pai de Jesus de olhos vermelhos arremessa longe o jovem Neandertal que cai morto, com o pescoço quebrado, entre as árvores da floresta verde e viçosa de toda a região. Ele pensa um pouco e olha para o céu. Vê o enorme brilho lunar que desponta no horizonte. O clã do jovem morto aproxima-se do pequenino e notam que ele fora pego fortemente pelo pescoço que agora está quebrado. Os Neandertais apontam suas lanças para todos os lados em busca do perigoso animal que atacou o menino. Nada veem!

Deus desapareceu dali e retornou para o alto do Ararat. O dia já está escurecendo! O Pai de Jesus de olhos vermelhos olha para o céu na direção da lua. Usa todo o seu poder de controle de meteoros para atrair o único e enorme satélite terrestre para perto da Terra! As águas do Mar Negro começam a se erguer muitos metros acima do nível normal como se fosse um mar de mel. É como se um enorme monstro estivesse se erguendo do fundo, criando assim uma nova montanha aquática no local, que está maior do que o próprio Ararat.

A lua cresce no céu, iluminando mais fortemente toda a região enquanto as águas se erguem cada vez mais e agora está em movimento de avanço sobre a enorme floresta do Oriente Médio. Os Neandertais observam o evento bíblico que se desenrola diante de seus olhos. Infelizmente será a última coisa que verão! O que parecia inacreditável está acontecendo! Muitos começam a correr, mas a parede de água avança, afogando animais e humanos antigos.

Num gesto final Deus afasta novamente a lua para posicioná-la de volta à sua posição de origem. Conforme o asteroide se afasta do planeta, as águas, que estavam em movimento e altas, começam a baixar e se espalhar com força por entre as árvores locais. Um verdadeiro tsunami divino se abate sobre a região com águas cada vez mais velozes que começam a arrancar toda a verdejante paisagem. Troncos e corredeiras aquáticas criam cada vez mais destruição na região. As águas ficam barrentas porque até o solo está sendo varrido.

Ao longe a arca dos muitos Noés sofre diversos impactos dos troncos, areia, barro e corpos humanoides. Um dos Neandertais sobrevive e agarra-se à estrutura externa da arca que agora flutua a salvo. O primitivo homem sobe com dificuldades pela lateral de quase trinta metros de altura até chegar ao platô do topo. Deita-se exausto sobre a arca. Está molhado, muito machucado e geme de dor. Lá dentro um dos aldeões sobe até o andar mais alto do interior da arca.

Agora usa uma escada precária de madeira e abre a tampa superior que dá acesso ao platô externo para avaliar a situação na região inundada. Ele vê o Neandertal se contorcendo por ali. Demonstra a intenção de ajudá-lo, ameaçando ir lá fora para acudir o humanoide. De repente o Pai de Jesus de olhos vermelhos, portanto o Deus do presente, aparece em pé junto ao homem primitivo e de costas para o aldeão, que aborta sua boa ação do dia! O Senhor olha sem compaixão para o homem primitivo que estica o braço pedindo ajuda ao todo-poderoso.

Deus também estica o braço! Parece que resolvera ajudá-lo! Mas... seus dedos se enrijecem e Ele decepa o braço do homem primitivo. Agora desfere seu golpe final com garras de águia no peito do Neandertal. No interior da arca os aldeões olham para cima e percebem que as garras penetraram a estrutura de madeira e o sangue alaranjado do homem primitivo começa a escorrer fortemente para o interior do navio!

Num novo golpe as garras continuam rasgando a estrutura de madeira por mais dois metros contínuos até que o corpo é atirado ao mar de lama lá debaixo! O aldeão que estava observando toda a cena de violência desmedida comandada pelo Senhor, desce agora estupefato para o interior da embarcação. Deus olha para trás, porque desconfiou de alguém observando-o, mas nada vê. A tampa superior foi fechada silenciosamente!

Uma semana depois as águas já haviam baixado. A arca pousou em terra firme, porém toda a região ainda eoncontrava-se muito úmida. Todos desceram da embarcação e avaliaram o local mais de perto. A imagem é desoladora! Não restara nenhuma árvore, grama e nem mesmo terra para se plantar. Mas nenhum deles tinha muitas opções disponíveis agora! Resolveram então ficar por ali mesmo e iniciaram a demarcação das terras próximas, subdividindo-as entre eles.

A arca foi paulatinamente desmontada para que a madeira pudesse servir de construção para suas casas. Os animais foram retirados assim como as sementes e mudas que essas pessoas haviam salvo. Agora resta recomeçar a vida novamente... do zero! Plantas e hortaliças foram replantadas e por algum tempo essas pessoas puderam usufruir ainda do que tinham armazenado. No entanto com a lavagem superficial do solo de toda a região do Oriente Médio, o que se seguiu nos próximos anos foi a desertificação da maior parte do lugar, como conhecemos até hoje!

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