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Himalaia. 2055. No topo da mais alta montanha da Índia neve e gelo cobrem o local. Mário, usando sua capa, máscara e capuz, caminha em busca de algo ou de um alguém improvável vivendo por ali, num local onde nem mesmo a vegetação mais resistente se aventura. O vento está zunindo forte, num silvo cortante e ensurdecedor. É um deserto gelado e inóspito.

Ao longe o
androidis percebe uma gruta com uma entrada discreta no alto do Himalaia. Ele se aproxima cauteloso e com certa dificuldade devido ao forte acúmulo de neve. Cansado de lutar contra o ambiente, Mário, um Deus, aponta uma das mãos em direção à neve acumulada à sua frente e um jato de fogo muito quente derrete rapidamente a neve abrindo um corredor direto para a gruta.

- Agora sim! (declara satisfeito o soldado, que caminha mais facilmente até seu objetivo).

Ele adentra o local acreditando estar ali o que deseja encontrar. O ambiente é escuro, menos frio do que lá fora e bem escorregadio. Mário aciona sua visão térmica em busca de algum ser vivo. No fundo da caverna, num local de difícil acesso, o
androidis encontra mais um esconderijo. É uma passagem para outra câmara ainda mais profunda! Lá fora alguém enorme se aproxima da caverna. Ele está coberto por uma grossa pelagem de algum grande animal da região.

O tecido está muito surrado e em farrapos. Tal pessoa percebe o caminho reto que foi feito na neve até a entrada da gruta. Não é possível ver seu rosto ou corpo que agora se aproxima da entrada, penetrando no local com muito cuidado. Pode-se notar a preocupação dele com o que poderá encontrar lá dentro.

Depois de um olhar cauteloso para o interior ele se abaixa e rapidamente anda entre as pedras escorregadias como se fosse uma enorme formiga, subindo pelas paredes e rastejando rápido para o fundo do local. Sua movimentação estranha confirma que este ser é de outro lugar... e não da Terra. Mário chegou ao fundo da gruta e encontra 5 casulos congelados que parecem ser humanoides. Usando sua visão térmica ele não consegue identificar o conteúdo. Uma poderosa voz faz o local vibrar:

-
Quem é você?

O
androidis vira-se para trás sob uma leve chuva de pequenas pedras que caem sobre sua cabeça, graças à forte vibração da voz que o interpela.

- Fale baixo! Tá querendo que tudo isso desmorone?
-
O que está fazendo aqui?

Uma pequena quantidade adicional de pedriscos caem novamente do teto. Mário se protege com as mãos para não ser atingido na cabeça.

- Eu vim do futuro para corrigir distorções históricas que acontecerão em breve nesta época!
- Isso não é possível! Apenas os deuses podem voltar no tempo e alterá-lo!
- Pois é...! Eu sei disso...! Então eu tive que me transformar em Deus para conseguir tal feito...!
- Isto é uma brincadeira? Ninguém se torna Deus por que quer!
- É...! Esta é uma longa história...! Mas eu não tenho tempo para contá-la agora!

Mário retorna o olhar para os casulos de gelo e questiona seu interpelador:

- São seus amigos aqui dentro?
- Não tenho permissão para falar com você sobre este assunto.
- E quem teria poder suficiente para impedir um Shiva de se pronunciar?

O ser, ainda coberto pelas roupas, para por alguns segundos tentando entender como aquele humano saberia da existência dos Shivas.

- O que você sabe sobre esse assunto?
- Esta também é uma longa história! O importante agora é que eu gostaria de tentar entender quem neste planeta poderia impedir um Shiva de viver a sua vida eterna?

O ser pensa mais um pouco a respeito do assunto e resolve retirar sua roupa protetora. Ele está totalmente visível agora. Realmente trata-se de um Shiva de seis braços e duas pernas.

- O único que pode me impedir de fazer algo é Deus!

Mário olha para a enorme criatura e o reconhece:

- Olá Talwaq! Quanto tempo não nos vemos!
- Você me conhece?
- Sim! Do futuro, como eu já lhe disse!
- Tem certeza que você é um Deus?
- Por quê...? Não reconheceu o uniforme divino...?
- Não sei! Suas vestes são estranhas para um Deus!
- Não vai me dizer que parecem efeminadas!?!?
- É...! Agora que falou...! Talvez tenha razão! Tem certeza de que é um Deus?

O soldado olha para cima e reclama baixinho:

-
Deus me ajude nesta peregrinação...!
- Se é um Deus... por que precisa clamar por outro...?
- Olha! Cada uma das suas perguntas gerarão respostas muito longas, que cansarão quem está nos lendo, porque minha história já é bem conhecida por todo mundo!

O ser enorme estranha o comentário e declara:

- Acho que tem alguma coisa muito errada com você!
- Eu preciso de sua ajuda! Existe neste planeta um montão de pessoas que estão necessitadas! Quero que você me acompanhe numa cruzada de salvamento.
- Sinto muito! Deus me impediu de sociabilizar com os humanos.
- Pare com isso, Talwaq! Eu também sou um Deus e vim aqui para impedir que o Pai de Jesus altere a história!
- Quem é Jesus? E por que mudou de assunto?
- Eu não mudei! Estou falando do mesmo Deus que vive aprisionado aqui na Terra!
- Aprisionado? Então é por isso que Ele apareceu tão rápido...
- Do que está falando?

- Dois de meus leais amigos (apontando para os casulos de gelo) viajaram pelo mundo em busca de alguma civilização mais avançada para nos auxiliar na reconstrução de nossa nave que caiu aqui na Terra. Mas encontramos um ser humano muito grande e poderoso que derrotou meus amigos e destruiu nosso único meio de transporte que restou erguendo uma enorme pedra usando apenas as mãos.

- Pela sua descrição... esse humano poderoso deve ser o prepotente Hércules!
- Ele atrasou nossa vida. E por causa dele Deus apareceu e ordenou que nos escondêssemos até o fim dos tempos da humanidade.
- Bem! Mas os tempos são outros agora! Eu é que estou mandando no pedaço e estou lhe pedindo ajuda!
- Pedaço?! E por que um Deus precisa de ajuda?
- Puxa! Você faz muitas perguntas...! Seus amigos fizeram o mesmo quando encontraram Deus?
- Não discutimos as vontades de seres tão poderosos!
- Então para de discutir comigo, homem...! Quero dizer... Shiva! Podemos deixar seus amigos aqui?
- Sim! Ninguém vem até aqui! Mas... por quê? Aonde vamos?
- Para São Paulo, no Brasil!
- Mas... E se Deus aparecer?
- Você está sob minha proteção agora, meu chapa!
- É mesmo? E quem irá lhe proteger? (comenta Talwaq de forma jocosa).
- Acredite...! O meu guarda-costas tem 3 metros de altura e não pode ser atingido!
- Neste caso...
- Você precisará de um uniforme!

Talwaq olha para ele estranhando tal ideia! Mário aproxima-se e toca em seu ombro. Ambos agora desaparecem dali e reaparecem na casa do judeu que lhe fez o uniforme. O homem quase tem um ataque cardíaco com a presença do enorme Shiva em sua casa.

- Ah...! O que é isso?
- Este é Talwaq! Ele é um Shiva e adivinha... (comenta Mário).
- O que...? (questiona preocupado o judeu, esperando o pior).
- Ele também precisa de um uniforme!

-
Mas olha o tamanho dele...! Vai consumir muito tecido...! E ele tem seis braços...! Sabe de quanta linha eu precisarei para costurar um uniforme destes? E é um projeto especial? Sabe quanto custa um projeto assim? Se quiser outro uniforme desta vez você irá me pagar!

Mário olha para trás e vai até a porta no canto da sala. Ele abre a tal porta que dá acesso à garagem, onde o carro do judeu se encontra. Mário retorna sorrindo o olhar para o judeu, que entende o recado!

- Já sei... vai destruir meu carro se eu não ajudar!
-
Não...! Eu quero dar uma volta nele! Nós três! Mas eu dirijo...!
-
De jeito nenhum! Sabe quanto eu paguei por ele...?
- Sei! Uma mixaria...!
- É...! Mas é um veículo caro...!
- Tá! Eu já sei desta história...!

Neste momento entra na sala a esposa do judeu que agora aparenta boa saúde e disposição para continuar vivendo. Mas ela tomou um susto muito grande com a presença de Talwaq. Pôs a mão no coração esperando um enfarto fulminante que não aconteceu. Mário sorri para ela e comenta:

- Olá! Como está a senhora?
- Estou bem! Mas o que é isso?
- Eu sou Talwaq! Do planeta Shiva! Deus disse que preciso de um uniforme e é por isso que estamos aqui!
- Deus!!! (questiona o judeu). Ele (apontando para o Mário) fala com um cara que diz ser Filho de Deus e você fala diretamente com o Senhor?

O Shiva não entende muito bem a pergunta e aponta para o soldado
androidis ao seu lado, na clara intenção de dizer que Mário é o Deus!

- Você é Deus? (indaga novamente o judeu, totalmente incrédulo do fato).

Mário concorda com a cabeça, achando um absurdo ele não saber disso.

- Mas você é negro!?!?!
- E daí? Negro não pode ser divino? Você acha que somente os brancos podem ser deuses?

Talwaq abre o terceiro olho na direção do judeu e pergunta ao Mário:

- Quer que eu o destrua, Senhor, pela insolência?

Rapidamente Mário se posiciona entre os dois para impedir o assassinato:

- Não! Não! Não Shiva, perdoe-o ele não sabe o que diz...

O judeu fica impressionado com o terceiro olho do ser e comenta, angustiado com a situação:

- Olha! Eu estou agradecido por terem salvo minha mulher e no final meu prejuízo não foi tão grande quando lhe confeccionei esta roupa... mas não farei outra para ele, porque com isso eu perderei dinheiro!

- Marido...! Não seja tão mesquinho! Sabe que o nosso Deus não gosta disso!

O
androidis faz uma careta, porque sabe que o Pai de Jesus não se importa com os problemas individuais de cada ser humano.

- Marido! Pode deixar que eu faço o uniforme dele! Será um presente para você! E eu garanto que não ficará com aspecto efeminado!

- Obrigado...! Eu acho...! (responde Talwaq).
- Ele não tem shivinhas saindo das pernas, tem? (questiona o judeu ao Mário, preocupado em ter que fazer mais miniuniformes, agora com seis braços).

Talwaq olha para trás de suas próprias pernas e depois para as de Mário e questiona:

- Você tem pequenos deuses que saem de suas pernas?
- Eu sou um Deus diferenciado, meu amigo! (responde o
androidis sorridente).
- Se você é Deus... quem é o Pai do curandeiro que você chama de Jesus?

Mário coça a cabeça, faz uma careta e responde:

- Olha esta também é uma longa história e não temos tempo para isso neste momento! Eu preciso ir com ele para as ruas coibir os crimes e salvar pessoas inocentes...! Então, senhora...! Eu agradeço se puder nos ajudar com o novo uniforme para meu amigo cheio de braços.

Todos se dirigem para a garagem para que a judia possa tirar as medidas do Shiva.

- Se durante o combate ao crime o uniforme rasgar... (comenta Mário que é interrompido bruscamente pelo judeu).
- Peça para a pessoa que você irá salvar para remendá-lo! Ou você acha que seremos seus servos, porque diz que é Deus? Você deve ser o único Deus negro do universo.

Mário sorri para ele e comenta:

- Você está enganado existem mais 499 outros iguais a mim!

O judeu faz uma careta, duvidando completamente da veracidade desta informação.

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CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XLV
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CAPÍTULO XLVI
CAPÍTULO XLVII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XLVIII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XLIX
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CAPÍTULO LII
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO LIII
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CAPÍTULO LIV
CAPÍTULO XVIII
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CAPÍTULO XXII
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