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São Paulo. 2055. Nas ruas escuras de uma favela, o novo "super Maaa"... e seu fiel escudeiro, o Shiva destemido, caminham calmamente em busca de ação e aventuras. Ambos estão com seus uniformes negros e máscaras. Talwaq também usa um chapéu negro com um furo na testa (preciso dizer o motivo disso?). O uniforme do Shiva é similar ao do Mário, porém sem o uso do capuz.

O enorme casaco dele esconde os quatro braços inferiores que ficam cruzados sobre sua barriga. Os dois braços de cima ficam para fora e balançam ao andar como faria um homem muito musculoso que não consegue juntá-los ao corpo. No caso de Talwaq a posição dos braços inferiores o impede de andar naturalmente. Ele caminha como se estivesse usando muito anabolizante! Mário informa mais alguns detalhes ao Shiva:

- É importante que não matemos ninguém! Não é por isso que estamos aqui. Queremos que os malfeitores saibam que devem temer a nossa força e respeitá-la. Vamos destruir as armas deles, para que não as usem mais. Mais uma coisa! Fique perto de mim porque eles costumam usar armas e poderão feri-lo. Eu tornarei nós dois transparentes antes disso acontecer.

- Que armas são essas? O que elas fazem?
- Atiram projéteis de metal a alta velocidade! Algumas explodem dentro de você!
- Projéteis não atravessam minha pele! Só posso ser ferido por armas laser de grande intensidade. Além do mais, sou imortal!
- Tem certeza de que não precisa de minha ajuda contra as armas?
- Fique tranquilo, Senhor!
- Não me chame de Senhor! Eu me sinto muito velho desse jeito!
- Como devo chamá-lo, então?
- Eu ainda não decidi qual será o meu nome de herói! Ainda estou pensando no assunto!

Do outro lado da rua surge um bando armado que avança rápido na direção dos novos super-heróis do "pedaço"!

-
Ih...! "A lá"...! Um bacana e uma drag queen! Os pombinhos gays estão perdidos na nossa área?

Mário olha para cima mais uma vez. Ficou injuriado por ser chamado de drag queen e informa-os com a mesma voz cruel e demoníaca de Deus:

-
Entreguem as armas e voltem para suas casas. Só assim não serão feridos!

O Shiva estranha a nova voz de Mário e o indaga falando bem baixinho:

-
Por que está falando com a voz de Deus?

O soldado retorna sua voz ao normal e responde também baixinho:

-
Eu quero que eles fiquem com medo de mim. Você viu? Me chamaram de drag queen!
- Eu gostei do nome! Por que não o adota para amedrontá-los
?

Mário olha feio para o Shiva, que é quase trinta centímetros mais alto do que ele, e responde:

-
Tá brincando? Se eu adotar este nome ninguém mais me levará a sério!
-
Ih! A drag queen tem voz grossa! Tá gripada minha nega? E seu macho aí? Será que ele fala fininho?

-
Este é meu último aviso! Larguem as armas no chão, deixem-nas todas juntas e voltem para suas casas! (fala novamente o soldado com a voz tenebrosa divina).

-
Vem aqui pegar, então! Se deseja tanto... vem até aqui "dreguinha"!
-
Se você é tão macho... porque não me enfrenta numa briga de socos? Ou será que você é um fracote? (convida ao meliante o soldado).
-
Eu não preciso provar para você que sou macho, porque eu tenho isso aqui! (apontando para a arma em suas mãos).
-
Ah! Então você não se garante numa briga? Está dizendo para seus companheiros que se te pegarem desarmado você irá falar fininho? (instiga Mário o bandido armado).

Nervoso e sob o olhar do grupo que o instiga a brigar de socos, não resta mais nada ao meliante a não ser o combate!

-
Tá legal! Tá legal! Só que quando eu acabar com você vou encher os dois de balas!
-
Negócio fechado! (declara o androidis).

O bandido larga a arma no chão e os dois combatentes se aproximam. Ele começa a saltitar como se fosse um boxeador! Mário caminha calmamente, mantendo-se sempre de frente para o combate. Depois de alguns segundos de estudos e ameaças o bandido tenta um soco forte que acerta o peito de Mário. Ele sente muita dor na mão, porque o corpo do soldado reage contra os impactos.

-
E aí, fracote? Eu nem te dei um soco e você já está sentido dor? Quer desistir antes de se machucar muito? (questiona Mário com a voz grave divina).
-
Tira este colete à prova de balas para você ver o que é bom!
- Eu não uso colete! Este é meu peito, duro como um tanquinho de concreto!


O Shiva começa a ficar agoniado com a situação e comenta:

-
Por que não acabamos logo com todos eles e vamos atrás de outros?

Mário para de dar atenção ao bandido e volta-se para o Shiva:

-
Você tem que aprender a se divertir! Deixe eles se divertirem um pouco!

O meliante aproveita a distração do soldado e lhe dá um soco no rosto. O impacto quebra alguns dos ossos da mão dele. A insuportável dor faz o humano saltitar para todos os lados fazendo careta e gemendo. Os outros bandidos não gostam do que veem e partem para cima do Mário e do Shiva para baterem neles. Dois pulam sobre o soldado que sorri para o Shiva e diz:

-
Viu! Agora eles estão se divertindo!

Três outros bandidos vão em direção ao Shiva de dois metros de altura que subitamente abre sua capa negra para trás, expondo os outros quatro braços, todos prontos para a ação. Os bandidos param a corrida e ficam totalmente paralisados de medo pelo encontro com algo tão inesperado. O Shiva salta sobre eles que começam a correr na direção oposta, mas recebem um forte soco nas costas. Os três caem ao chão desacordados. Do outro lado Mário está com dois jovens meliantes sobre ele. O soldado sorri com a cena e tira sarro deles:

-
Não mexe aí não, que eu tenho cócegas!

O soldado gira para trás e percebe que os outros 4 bandidos, que ainda não tinham entrado na briga, apontam suas armas para ele e para o Shiva. Mário fecha a expressão e grita para Talwaq:

-
Cuidado! Armas!

Uma chuva de balas é disparada. Mário fica transparente para que os bandidos sobre ele não fossem mortos. O Shiva recebe o impacto de algumas balas e cai ao chão, sentindo dores. Do céu desce a Anjo, vindo em socorro aos dois. Ela saca sua espada e antes mesmo de chegar ao solo desvia mais algumas balas que se encaminhavam na direção de Talwaq.

Isso permitiu que ele não fosse mais ferido. Os bandidos subitamente param de atirar devido à presença do ser angelical azulado de 3 metros de altura que surgiu repentinamente do céu! Mário volta a ficar visível e arremessa os dois, que estavam sobre ele, em direção ao grupo de bandidos, Todos começam a correr de medo. Mas antes que fugissem o soldado aponta as mãos para eles. Todo o grupo começa a flutuar.

Ele chacoalha rapidamente as mãos rotacionando-as para a esquerda e para a direita. O movimento forte faz com que as armas, ainda nas mãos dos delinquentes, sejam arremessadas para todos os lados. As portinholas das batatas de suas pernas se abrem e saltam dali os dois pequenos robôs vestidos exatamente igual ao Mário.

Uma cômica cena se instala no local onde ambos os pequeninos se posicionam lado a lado com as mãos na cintura, feito super-heróis que observam para o monte de armas espalhadas no local. Ambos correm para juntar todas as armas e começam assim a fazer um montinho delas. A Anjo encosta sua espada junto ao corpo e começa a flutuar ao seu lado. A lâmina desaparece quando a mulher celestial afasta sua mão do cabo. Agora, com as asas já fechadas, ela ajuda o Talwaq a se levantar:

-
Você está bem? Não está ferido?
- Não!


Ele vira-se para o Mário, reclamando:

-
O senhor disse que eram apenas projéteis metálicos. Mas isso dói!
- Você disse que seu corpo aguentaria...! (responde Mário ainda com as mãos esticadas para frente segurando os bandidos flutuando no ar).
- O que um Anjo faz aqui neste planeta? (questiona o Shiva).
- Estou ajudando o Maaa...!

O soldado vira-se para trás fazendo careta para ela, que sorri angelicalmente de volta e comenta:

- Você disse que não quer que eu diga seu nome em público... e como ainda não escolheu outro...!
- Eu gostei de drag queen! Mas ele não! (comenta o Shiva apontando para o Mário).

Mário olha de novo para trás achando um absurdo os dois falarem desse jeito para ele! Empolgada com a nova sugestão a doce Anjo comenta com seu amado:

- Puxa Maaa...! Drag queen parece legal...! É forte..., viril..., másculo...! Por que você não adota? (sugere infantilmente a doce Anjo).

O primeiro bandido, contra o qual Mário lutara, muito nervoso com toda a ação, começa agora a rir sem controle da situação inusitada. Apesar de muita dor ele não consegue parar de rir da hilária cena de um Anjo ajudando um Shiva de seis braços, de um Deus negro másculo com título de drag queen, de dois pequenos robôs recolhendo as armas de seus comparsas, que desesperados tentam correr no ar, presos em uma prisão flutuante.

Cada vez que ele olha para cada uma das personagens envolvidas, dá mais gargalhadas! Mário está ficando muito nervoso com tudo isso e larga os quatro prisioneiros no chão enquanto retorna até a Anjo e ao Shiva. Os quatro bandidos, agora livres, correm em busca de abrigo. Os dois pequenos robôs praticamente já conseguiram juntar todas as armas e a gargalhada do que continua no chão se espalha pelas ruas próximas de cujas casas as pessoas vão saindo, para identificar curiosas o motivo de tanta risada. Mário fala com seus parceiros:

- Vou escolher um nome ainda hoje para que vocês não façam mais... isso!

Ele aponta para o meliante que já está ficando sem ar de tanto rir! Os dois robozinhos retornam para o interior de suas pernas e Mário aponta com raiva para as armas, disparando um forte jato de fogo para destruí-las. O bandido para de rir, porque as coisas ficaram mais quentes. Algumas balas ainda são disparadas, vindas do interior das chamas. O bandido se protege para não ser baleado. O soldado aproxima-se dele, pega-o pelo pescoço, erguendo-o do chão. Com dores nas mãos quebradas ele geme pedindo para não apanhar:

-
Não me bate! Por favor! Não me bate!
-
Acabou a graça, palhaço? (pergunta Mário com seu rosto bem de frente ao do meliante).
-
Sim, senhor! Já parei!

- Tá! Então espalha pela sua comunidade que agora tem um novo trio de seres que vieram para acabar de vez com a criminalidade e com as armas. Mas se espalhar esta história de drag queen... (o bandido ameaça um sorriso, mas se contém para não apanhar) ...eu juro, por mim mesmo, que retorno aqui e quebro o restante dos seus ossos! Fui claro?

O bandido solta uma gargalhada rápida que é contida rapidamente:

- Me desculpe, senhor! Não foi por mal...! É que... (um novo sorriso é esboçado e novamente contido)... a cena toda... foi diferente... e eu (uma nova gargalhada rápida e volta a ficar sério)... não esperava ver três seres tão... (outra gargalhada rápida)... o senhor entende..., é difícil acreditar..., quer dizer... ninguém irá acreditar nisso tudo?

- Tá dizendo que não irá falar sobre nada disso com os outros?
- Ninguém irá acreditar, senhor! Talvez se me permitisse contar como se fosse uma piada... (mais uma gargalhada rápida).

Mário olha de volta para seus amigos de forma séria, porque foram eles que causaram toda esta confusão. Os moradores do local se aproximam da Anjo para tocá-la com carinho e cuidado e também para entender como isso pode ser de verdade. O Shiva já escondera seus quatro braços inferiores no interior do casaco para não ficar tão exposto no local. Mário, o Shiva e a Anjo reaparecem na casa do judeu para uma nova sessão de ajustes em seu uniforme. A casa está vazia e eles encontram um bilhete colado na porta, que diz:

"
Mudamos para outro planeta. Não nos procure mais. Não vou trabalhar de graça para um cara negro que diz ser Deus!"

Mário faz um gesto de desacordo com a situação em que se encontra agora: Com um uniforme meio gay e sem ter com quem reajustá-lo terá que aguentar a gozação dos bandidos. Ainda dentro da casa dos judeus o soldado declara:

- Bem, senhores, a partir de hoje meu nome será...
Androidis Divino!

A Anjo torce os lábios carnudos em desaprovação à escolha e sugere:

- Tem certeza de que não usará mais o drag queen? Eu gostei tanto...!
- Não, Anjo! Vocês agora chamem-me de
Androidis Divino, quando estivermos em público!
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