VOLTAR À PÁG.
DA COLEÇÃO

HOME
PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XL
São Paulo. 2059. Um grande evento beneficente está em andamento na cidade. As pessoas circulam no local bem vestidas com roupas claras em geral. Todos estão sorrindo muito, alguns dão gargalhadas e pode-se ouvir aquele som típico e confuso de dezenas e dezenas de pessoas falando ao mesmo tempo. Uma música toca ao fundo. Um suave Jazz para ser mais preciso! O androidis Mário aparece no local! As pessoas se assustam com a presença dele! Afastam-se rapidamente dali enquanto o androidis divino fala:

-
Agora que já tenho a atenção de vocês preciso que todos saiam daqui! Quatro homens armados estão lá fora e vão entrar a qualquer momento! Saiam todos deste lugar! Eu vou pegar os bandidos, fiquem tranquilos!

O soldado humano Mário e seu colega João aparecem de frente com o
androidis!

-
Pare! (declara o humano Mário).
-
Você está preso! (informa o soldado João).
-
Oi, Mário! Oi, João! Tudo bem com vocês? (pergunta o androidis para espanto dos dois soldados que olham um para o outro).
-
Como você sabe nossos nomes? (pergunta João ao androidis).
-
Gente! Eu sou o androidis divino... Como não saberia seus nomes...? Mas, olha só...! Não podemos conversar agora porque dentro de instantes vão entrar aqui quatro...

-
Mãos ao alto! Todo mundo! Vocês dois aí! Larguem as armas! Agora! Ou eu atiro...! (ameaça um policial que aparece no local apontando sua arma para os três).

As pessoas que ficaram acuadas diante de tantas armas não sabem mais para onde fugir e ficam encostadas nas paredes ao redor. O
androidis olha para cima, não acreditando que está sendo interrompido novamente e declara:

- Olha! Eu preciso que todos vocês saiam daqui agora! Senão teremos um tiroteio...
-
Calem a boca! Larguem as armas e deitem todos no chão! Já! (ameaça com vigor o policial contra os três).

Os soldados humanos Mário e João colocam as armas no chão bem lentamente e erguem as mãos para evitar serem atingidos. Mas nesse momento invade a festa beneficente os quatro bandidos anunciados pelo
androidis. Eles entram atirando duas vezes. Uma bala acerta o policial nas costas que cai ferido no chão e a outra atinge uma mulher, convidada da festa, que estava no lugar errado, na hora errada! O negro androidis reclama do desfecho trágico:

-
Não falei para vocês? Eu aviseeei! Era para todo mundo ir emboooora! Mas ninguém me leva à séééério! Só pode ser por causa desta roupa! As coisas nunca saem direito desse jeito!

-
Cala a boca sua drag queen maluca! (ameaça um dos bandidos chegando que bem perto do androidis).
-
Agora já chega! (declara o Mário androidis revoltado por ser chamado de drag queen mais uma vez).

Ele abre a palma de suas duas mãos na direção de dois bandidos diferentes. Estes são arremessados longe. Um deles atinge seu parceiro e os dois caem no chão! O outro, que fora arremessado, cai perto do quarto bandido que, por estar mais distante, pôde se desviar a tempo de não ser atingido diretamente. Rapidamente o soldado humano Mário abaixa-se, pega sua arma do chão e dá um único tiro certeiro na mão do bandido que ainda estava de pé e armado!

O
androidis Mário usa novamente seu poder para levitar as quatro armas caídas no local e assim nenhum dos bandidos poderá mais utilizá-las. Os quatro bandidos se juntam e saem correndo dali. Quando o herói do futuro olha para trás... dá de cara com a arma dos soldados Mário e João apontadas novamente para seu rosto divino!

-
Vocês estão me atrapalhando! (reclama o divino).
-
Você está preso e responderá por diversos crimes. Você tem direito a um advogado (declara o soldado Mário humano).
-
Que crimes? Eu sou o mocinho, lembra-se? Não tenho tempo para isso agora! Quero que fiquem com estas armas. Vê se as destrói, por favor! Agora eu tenho que salvar a vida destas duas pessoas que foram baleadas!

O
androidis trás as armas que flutuavam bem para perto do peito de João que as segura, deixando assim de apontar a sua para o divino!

-
Você sequestrou uma pessoa! E isso é crime! (declara o humano Mário ainda apontado ameaçadoramente sua arma para o enviado do futuro).

-
Olha! Eu tenho uma missão complicada para executar! (declara o androidis se aproximando da mulher baleada). Agora preciso salvar estes dois que foram baleados! Me ajude aqui! Pegue o policial!

O humano Mário usa seu bom senso, guarda a arma e aproxima-se do policial imóvel no chão. Checa os sinais vitais e declara:

- Esqueça! O policial morreu!
-
Eu sei! Esta mulher aqui também morreu! Mas ainda há tempo para salvá-los!

O
androidis pega a moça no colo e aproxima-se do soldado Mário humano, agachado junto ao policial morto.

-
Como é possível salvar da morte alguém que já morreu! (declara o negro humano).
-
Encoste nele e em mim! (requisita o negro do futuro).
-
Ei...! Sai pra lá...! Eu sou hétero...! (declara o humano Mário ao outro divino).
-
O quê...? Eu também sou...! Só estou pedindo para encostar em mim para podermos levar os dois para o outro lado!
-
Que outro lado?
-
Toca neste policial e pega logo em minha perna antes que eu fique nervoso! O tempo está passando e estamos ficando atrasados!

O humano Mário toca no policial e com nojo pega na perna do
androidis! Agora os quatro desaparecem dali para espanto de todos na festa inclusive do soldado João, que se comunica imediatamente com a base via rádio!

- Comando...? É o João...! Não... não pegamos ele...! Mas o soldado Mário está colado no suspeito... Como assim...? Bem... Ele o está ajudando a salvar a vida de duas pessoas mortas...! É... foi o que o suspeito disse...! Não sargento...! Não estou brincando, não...! Estou voltando para a base e explicarei melhor o que aconteceu...! Sim, senhor...! Já! Já!

Na outra dimensão os quatro reaparecem diante de Jesus, a cientista e o Shiva. O Senhor se aproxima dos dois humanos que foram mortos no tiroteio e pergunta:

- Estão mortos?
- Sim! O Senhor pode salvá-los? (questiona o
androidis).
- Claro! (declara o filho de Deus).
- Espere um pouco! (declara o humano Mário). Onde estamos? Quem é Ele? (apontando para Jesus). E aquilo ali? (apontando para o Shiva que está sem seu uniforme negro e, portanto, seus seis braços estão à mostra).

O Shiva se aproxima para cumprimentá-lo e o humano Mário saca sua arma para se proteger de um ataque!

- Ei! Espere um pouco aí! (o
androidis se posiciona entre o Shiva e o humano). Ele é meu amigo! E quer ser seu amigo também!
- Amigo?! Eu nem sei o que é isso!!
- Eu sou Shiva! Do planeta Shiva! Estou ajudando Deus numa missão divina!
- Deus? E onde Ele está? (questiona o soldado humano).

O
androidis olha para cima, reclamando que o Shiva o chamou de Deus na frente de todos, e levanta o dedo para se identificar!

-
Você é Deus? (indaga o soldado). Mas você é negro?
- E daí? Um negro não pode ser Deus? Não sabia que você era racista?
-
Racista? Como eu poderia? Eu também sou negro!
- Então, irmão! Nossa raça tá evoluindo! Dá um tempo! Acredite no poder do black power!

Neste momento o policial e a moça voltam à vida! Para espanto dos outros humanos no local (a cientista e Mário).

- Como Ele fez isso? (questiona o humano Mário quanto ao fato dos dois terem voltado à vida).
- É! Isso é incrível! (exclama ainda mais curiosa a cientista).
- É porque Ele é Jesus! (informa o
androidis).
-
Nããão! (exclama o humano Mário).
- Agora eu e você temos que retornar à sua dimensão! (informa o
androidis ao humano Mário).
- Espere um pouco aí! (reclama a cientista). Eu também preciso retornar! Tenho uma filha e ela precisa de mim!
- Sinto muito! (declara o
androidis). Somente ele (apontando para o soldado) poderá retornar! Você tem que ficar aqui com Jesus... para sempre!
- Por quê? Eu tenho uma vida do outro lado! Preciso voltar para minha filha!
- Eu sinto muito... mas isso não será possível. O futuro da humanidade depende que fique aqui!
- Estou me lixando para a humanidade! Minha filha é minha prioridade!

O Shiva olha para o
androidis divino e comenta:

- Se espera que eu convivendo com os humanos aqui possa me sensibilizar com a benevolência de vocês no futuro... não está dando certo!
- Calma, meu amigo! Dê tempo ao tempo! Vai gostar da turma que reunirei aqui em breve. Você verá!

O
androidis agarra o Mário pelo pescoço, usando o braço, num ato de carinho!

-
Ei! Me larga, sua drag queen esquisita!
- Fala a verdade você gosta de mim, não é?

A seguir os dois desaparecem dali sob os comentários de Jesus ao Shiva:

- É meio esquisito seu amigo, não é?
- Assim são os deuses! Totalmente imprevisíveis!

Jesus faz uma careta para a observação do ser de seis braços e percebe um objeto caído no chão. O filho de Deus abaixa-se para pegá-lo e nota que se trata de uma carteira. Ele a abre. Vê que tem algum dinheiro. Confere a foto do soldado Mário na carteira de motorista. Com uma fisionomia preocupada, Jesus olha agora para o horizonte, pensando no destino do soldado que acabara de conhecer e diz:

- Que Deus o ajude!

De volta à dimensão da humanidade o
androidis levanta o humano Mário e o joga com força e de lado no chão!

-
Aí! Por que fez isso? (reclama o humano que caiu sobre o próprio braço e machucou a perna também na queda).
- Desculpe-me! Mas a história tem que prosseguir como aconteceu da primeira vez! (declara o
androidis).
-
Primeira vez? E por que me jogou no chão a primeira vez? (Mário tenta se levantar, mas ainda sente muitas dores).
- Porque não era eu da primeira vez! Era alguém mais cruel e perigoso!
- Você está me parecendo muito cruel, perigoso e esquisito! Talvez fosse melhor chamar o anterior para esta missão!

- Sinto muito! Eu esperava que Ele cumprisse este papel! Mas na última hora mudou de ideia! Parece que chegamos cedo demais aqui! (o
androidis olha ao redor procurando os arruaceiros incendiários que deveriam estar no local).

- E você virou drag queen e ficou cruel e perigoso para executar esta missão? (comenta o soldado humano já se levantando, mas ainda com muitas dores no corpo).

O
androidis olha para o humano e reclama:

- Eu já disse que não sou drag queen! Tive que me disfarçar para poder realizar esta missão. E para seu governo o outro é tão mau que alguns o chamam de demônio!

- Não pode ser muito pior do que você! (declara o soldado já de pé, mas meio curvado de dores na perna e no braço).
- Seria... se eu não tivesse que substituí-lo! Infelizmente toda moeda tem duas faces...! Esperava nunca ter que usar a minha outra...! Além do mais..., você não deveria estar reclamando, porque o que está para acontecer a você é nada, perto das decisões que terei que tomar muito em breve!

O humano Mário não gosta da observação do estranho negro mascarado! Olha direto para ele e questiona:

-
Como assim? O que está para me acontecer? Eu vou me ferrar, não vou?

O
androidis vai se afastando cada vez mais do Mário humano, mas retorna o olhar para ele e diz sorrindo:

- Só um pouquinho! Mas não esquenta! Eu também sei escrever certo por linhas tortas! No momento está tudo bem torto, mas o resultado final será o mesmo, afinal de contas, não faz diferença somar 2 com 3 ou 3 com 2! No final dá sempre 5, né?

-
Ai! Meu Deus! (reclama o humano Mário do que está ouvido).
-
Não precisa gritar! Estou bem aqui!
-
Vou ficar bem longe de você! Assim não corro riscos de me machucar!

Já na esquina próxima o
androidis percebe a vinda dos arruaceiros em sua direção. O humano Mário não sabe o que está acontecendo e fica olhando ao redor, preocupado com sua própria vida! Ele percebe que um coquetel molotov foi jogado contra o androidis que usa seu poder de levitação e a garrafa com fogo cai sobre a casa ao lado.

-
Mário! (grita o negro do futuro alertando o humano). Você precisa salvar a garota que está lá dentro senão ela morrerá queimada!
-
Por que não a salva você? Está mais perto do que eu! É mais forte! Sabe o que vai acontecer...! E eu não!
- Você precisa salvá-la, porque é assim que foi escrito no Volume 1!

- Volume 1?! Esse cara é muito louco!
-
Rápido, cara! (grita o androidis).
-
Tá legal! Tá legal! Já estou indo! (o humano anda com dificuldades porque está machucado). Seria mais fácil se não tivesse me machucado, cara!

De repente um fio de alta tensão se parte e cai sobre o
androidis que fica imediatamente invisível, mas a eletricidade o atinge assim mesmo! Ele leva um forte choque e cai no chão estrebuchando, mas logo depois fica inconsciente! Mário se aproxima dele! Os arruaceiros fogem dali porque viram a aproximação de mais alguém.

O humano agacha-se ao lado da "drag queen" futurista e percebe que ele está desmaiado. Sente uma vontade enorme de levantar a máscara do herói caído e quando está prestes a retirá-la, com a mão bem próxima do rosto negro, ouve um choro de criança vindo de dentro da casa em chamas! O soldado levanta-se e dirige-se rapidamente para lá para auxiliá-la.

- O maluco não estava brincando!! Tem mesmo uma criança dentro da casa em chamas! (comenta o soldado humano).

Na janela da casa em chamas, uma pequena garota, de aproximadamente 10 anos, grita agora por socorro. A janela tem uma grade de ferro e ela não consegue sair. O soldado chega perto da casa, percebe que no interior o fogo começa a se espalhar. Ele olha ao redor e nota que não há nada para arrebentar a grade. Ali perto encontra uma barra de ferro, e corre, mesmo com dores, para pegá-la.

A garota, vendo o soldado se afastando, grita mais alto. Ele agarra rapidamente a barra e, volta-se para a janela! Pede agora à menina que se afaste um pouco. Ela obedece, e Mário, desesperadamente, força a danada da janela, usando a barra de ferro como alavanca. A janela começa a ceder. O soldado olha para a garota, vê a impaciência dela que já começa a tossir. Mesmo com dor, continua forçando a janela, que não quer se abrir!

A menina começa a gritar mais alto novamente! O soldado vê o
androidis retirando-a do interior da casa já quase completamente em chamas. Mário estranha a presença do homem de negro ali, e vira-se para ver quem estava deitado no chão ao lado. Não havia mais ninguém no local! Ele volta a olhar para o interior da casa, e percebe que nenhum dos dois se encontra mais por ali. Olha para todo o interior da casa, enquanto por trás dele se aproxima um policial com um cassetete e o acerta na cabeça. O soldado cai de costas, com a barra de ferro ainda em suas mãos. Quase desacordado, houve o comentário final do policial que o acertou, falando ao seu colega:

-
Peguei mais um arruaceiro! Estava tentando invadir esta casa! Ajude-me a algemá-lo e levá-lo para a cadeia.

O soldado é virado de bruços, enquanto o policial ajoelha-se com força sobre suas costas. Ele desmaia, tentando argumentar:

- E
u não sou arruac...

O
androidis Mário retorna à dimensão de Jesus e aparece bem perto do policial e da moça que tinham morrido na dimensão anterior. Ele toca nos dois e desaparece novamente. O Shiva percebe a ação de seu Deus negro e Jesus questiona-o:

- Onde estão os dois que ressuscitei há pouco?
- Deus os levou de volta!
- O quê? Ela trás e leva pessoas! Não sei o que ele deseja com tudo isso?
- Também não entendo os deuses!

CAPÍTULO V
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XLVI
CAPÍTULO XLVII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XLVIII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XLIX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO L
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO LI
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO LII
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO LIII
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO LIV
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO LV
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO LVI
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO LVII
CAPÍTULO LVIII
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO LIX
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO LX
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO LXI
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO LXII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO LXIII
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO LXIV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO LXV
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO LXVI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO LXVII
CAPÍTULO LXVIII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO LXIX
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO LXX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO LXXI
CAPÍTULO XXXIII
COMENTE AQUI
ESTE LIVRO

CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XXXVI
OOOOOOOOOOO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O

Capítulo Anterior
Próximo Capítulo
OOOOOOOOOOO