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São Paulo. 2055. Mário volta para a dimensão humana numa praça pública em Salvador. O soldado androidis procura aparecer em locais distantes de onde vive o humano Mário, para não correr o risco de se encontrarem. E também porque ele pode fazer o que quiser... afinal é um Deus! Na praça o androidis olha ao redor esperando o momento de encontrar o calvo homem, que já se encontra sentado no centro da praça, observando pombos e outras aves do local. Mário o reconhece e se aproxima lentamente.

- Você já estava me esperando aqui?!?!

O homem calvo nem olha para ele e continua observando um pombo que acabara de pousar em seu braço para pegar um pouco de comida que ele tinha disponível nas mãos. Mário olha desconfiado para o pombo e questiona:

- Os descendentes desse aí também irão dominar o mundo?
- Os descendentes genéticos deste pombo sobrepujarão formigas e baratas, que quase serão extintas. Isso mudará o ambiente em favor das minhocas, que dominarão facilmente o subsolo e controlarão depois toda a superfície do planeta! Os pombos serão extintos e... Trouxe o sangue
stellar?

- Por que parou de contar a história...? Eu estava muito interessado em saber contra quem terei que lutar no futuro!
- Quando as minhocas dominarem a Terra, os
androidis terão partido daqui para outros locais! Vocês não serão mais bem-vindos à Terra!
- Por quê? As minhocas serão mesmo mais poderosas do que nós?
- Nem tudo posso lhe contar...! Estragaria a surpresa...
- Você está me deixando assustado, sabia?

- Vou levar o sangue
stellar e dentro de 3 anos lhe entregarei uma quantidade adequada de amostras do vírus de que necessitará. Você tem quatro anos para preparar bem seu plano de ação. E lembre-se: O Pai de Jesus não aceitará uma nova mudança de planos. Cedo ou tarde vocês terão que se enfrentar. Tome cuidado!

- Lembrarei disso! Obrigado meu amigo. Aguardo seu retorno dentro de 3 anos.

O homem calvo desaparece e Mário percebe ao fundo um cidadão esgueirando-se atrás de uma árvore de forma suspeita. Ele desconfia do cara e dirige-se até lá. O sujeito coloca a mão no interior de seu casaco como se fosse pegar alguma coisa. O soldado preocupa-se com a situação e acelera o passo. O suspeito retira uma arma de fogo e aponta na direção de uma adolescente que tinha uma criança no colo. Mário não pode esperar mais! Ele abre a palma de sua mão na direção da arma que passa a levitar, enquanto um tiro é disparado para cima. As pessoas no local gritam e saem correndo para longe da cena. O Bandido corre deixando a arma flutuando. Mário fecha a mão e o revólver cai. A moça que iria ser atingida olha para o suspeito de assassinato e o reconhece. O soldado chega perto dela e questiona:

- Você está bem? Não está ferida?
- Está tudo bem!
- Quem era aquele cara? Você o conhece?
- Sim! Nós vivíamos juntos até que eu descobri que ele era um assassino procurado muito cruel. Eu o denunciei e agora vivo fugindo. Ele me ameaçou de morte! A polícia está atrás dele, mas não consegue pegá-lo.

Mário pensa na situação e comenta:

- Fique tranquila! Ele não lhe ameaçará mais.

A moça abraça mais forte seu filho enquanto Mário desaparece do local e reaparece na frente do bandido fugitivo. O assassino bate a cabeça contra o corpo rígido do
androidis e cai no chão, reclamando de fortes dores no ombro e cabeça.

-
Ei! Cara! Não olha por onde anda, não?
- Você está preso! (declara Mário).

Ainda no chão o folgado humano responde:

- É mesmo? E você e mais quantos irão fazer isso?

Ele saca outra arma do interior do casaco e aponta na direção do
androidis. Mário olha para ele, faz cara de desesperado, ajoelha-se no chão, junta as mãos suplicando pela própria vida:

- Não! por favor, senhor! Não me mate! Eu sou muito bonito para morrer! Centenas de mulheres ficarão tristes sem a minha presença!
-
Você tá de zoação comigo, não é?
- Não! Por favor! Eu sou muito novo para morrer! (Mário aproveita a situação e abre a palma de sua mão na direção da arma do assassino).

Sutilmente a arma começa a ser forçada na direção da própria cabeça do meliante, que faz uma careta e tenta forçar o revólver de volta, na direção do
androidis, mas não consegue. Um tiro é disparado para o alto e passa perto do rosto do humano, que dá um grito de raiva. Mário fica sério com ele e comenta:

- Calma! Também não há a necessidade de se suicidar! Vamos conversar! Na cadeia você terá tudo para viver: companhia, alimentação, tardes ensolaradas entre outras coisas! Você não prefere ir para lá ao invés de morrer?

O bandido ainda luta contra a situação e mais um tiro é disparado para o alto, passando tão perto do rosto dele que um corte superficial surge na bochecha. O homem grita novamente de raiva. De repente a polícia o cerca e manda que ele largue a arma. O bandido olha para o lado e vê ao longe três policiais apontando armas para ele. Retorna o olhar para o Mário e não o vê mais. Ele estranha a situação. Invisível Mário força o homem a largar a arma, que cai ao chão.

O soldado força-o agora a levantar as duas mãos para cima, num claro movimento de rendição aos policiais. O sujeito não entende o que está acontecendo e tenta correr, mas apenas suas pernas o obedecem. Preso pelos braços erguidos em direção ao céu, o corpo dele se contorce para todos os lados, tentando escapar. Os policiais chegam mais perto e observam a estranha cena de um homem que tenta fugir, mas parece estar pendurado pelos braços, porém não há ninguém no local!

Eles se aproximam mais um pouco e cada um agarra num braço do meliante que agora é liberado pelo invisível Mário. O cidadão que ainda se debate muito é finalmente algemado. As algemas contém um produto anestésico que é injetado no prisioneiro deixando-o mais calmo, durante a prisão. O assassino é levado embora junto com as duas armas que possuía. O soldado desaparece agora para encontrar a sua Anjo. Mário reaparece em uma nuvem sobre o Chile, próximo a um dos picos mais altos. Lá está a azulada celeste olhando para baixo. Mário a indaga:

- E aí! Meu Anjo? Como estão as coisas por aqui?

Sem se mexer do lugar, para não ser descoberta pelos que olham da superfície do planeta, ela responde ao
androidis:

- Oi! Meu amor! Precisamos conversar sobre as atividades de Deus!
- É mesmo? Diga-me! Estou curioso!
- Vamos para outro lugar! Aqui poderemos ser vistos por alguém. O seu uniforme negro chama muito a atenção no céu!

Mário toca no ombro dela e ambos desaparecem dali. Um homem está usando seu telescópio. Ele é o pai daquele garotinho que observava a lua no final do volume anterior, lembra-se da cena cômica? Pois é! Agora quem não tira o olho da lua é este pai
voyeur. No equipamento foi instalada uma enorme antena parabólica virada na mesma direção. Com este novo recurso ele pode ouvir também os sinais de rádio... Em seus fones de ouvidos ele busca um sinal..., uma informação... algo para ouvir...!

- Vamos lá...! Onde estão vocês...? Aliás... o que são vocês...? De que planeta podem ter vindo...?

O casal surge novamente na lua para discutirem os resultados da vigilância da Anjo. Em terra o pai
voyeur com o telescópio percebe a chegada dos dois:

- Puxa! Eles aparecem do nada...! Incrível! Será que a NASA sabe disso?

Mário questiona a Anjo:

- E então? O que descobriu sobre Deus? (questiona Mário).
- Eu achei que Ele faria diversos novos testes químicos e genéticos para alterar a humanidade... (responde a Anjo).
- E...! O que encontrou afinal?
- As coisas parecem ser mais cruéis do que pensávamos...
- Diga logo o que sabe... Estou ficando preocupado com isso... (indaga ansioso, Mário).
- Você não gostará de saber...

Depois de permanecer muito séria, ela começa a rir sem parar para espanto completo do soldado Mário, que comenta:

- Você estava tirando sarro de minha cara?!?! Um ser tão angelical... Agora vai ter troco...

O
androidis começa a correr atrás dela pela superfície da lua. A Anjo corre também, mas por ter três metros de altura tem pernas maiores e foge mais rápido. Quando o soldado a alcança ela abre as asas e voa um pouco mais alto, para escapar dele. Em terra o pai voyeur não entendeu o diálogo dos dois seres estranhos:

- Estão falando das atividades de Deus!?!? Que Deus?!?!

Depois de brincarem um pouco na lua, Mário a agarra e pergunta:

- Falando sério! O que Deus vem fazendo agora?
- Não muita coisa! Na verdade Ele parece congelado pensando em como realizará suas próximas atividades biológicas. Ainda não sei de nada, consigo apenas captar parte do que um Deus pensa! São fragmentos de ideias e intenções! Não consegui criar um quadro completo sobre o que pretende!

- Bom! Pelo que Spok me contou no futuro as experiências para criar os stellaris levaram mais de duzentos anos. Mas em breve haverá uma auditoria divina e Deus precisará apresentar um novo ser humano senão... a espécie será extinta por completo...!

Em terra o pai
voyeur fica impressionado com as informações:

- Não acredito que estou vendo e ouvindo isso! Spok...? Deus...? Auditoria divina...? Extinção da humanidade...? Quem são vocês afinal...? (pergunta o pai a si mesmo).
- Mário! (comenta, preocupada, a Anjo).
- Que foi, Anjo?
- Estamos sendo espionados e ouvidos na Terra!

Mário olha em direção à Terra e retorna para a mulher azulada:

- Quem está nos observando?
- Um humano num telescópio!

Em terra o pai
voyeur quase cai da cadeira ao ouvir isso. Ele vira o telescópio para o outro lado, retira os fones de ouvido, levanta-se, pega as chaves de seu carro e corre para a garagem para fugir de casa. Quando ele abre a porta da garagem, acessível pelo interior da residência, e entra no veículo percebe que Mário e a Anjo estão também em sua garagem.

- Oh! Meu Deus! Como é que vocês apareceram aqui tão rápido? (comenta desesperado o pai
voyeur).
- Olá! (cumprimenta Mário). Por que estava nos observando na lua?

O amedrontado pai toma coragem e inicia um bate-papo nada convencional:

- E por que não? A lua é patrimônio terrestre e vocês vieram de fora... A pergunta é: o que estão fazendo em meu planeta? Que papo é esse de extinção humana...? Auditoria divina...? Atividades de Deus...?

Mário olha para a Anjo de forma preocupada e responde ao humano:

- Olha...! Toda esta história é muito complicada para explicar...! O importante é que você não divulgue o que sabe...
- Mas quem são vocês, afinal?
- Viemos do futuro e estamos aqui para evitar que uma catástrofe aconteça em nosso tempo!
- A humanidade será extinta?
- Não...! A humanidade irá evoluir e Jesus ressuscitará o máximo possível de pessoas...
-
Jesus?!
- É...! Ele retornará à Terra em breve e cuidará de todos até o final... (responde Mário meio sem jeito).
- Deus matará a humanidade e criará outra?
- É...! Mais ou menos...!
-
E você quer que eu fique quieto sobre este assunto?
- Exatamente...! (comenta Mário, feliz com a possibilidade do homem concordar).

O pai
voyeur olha para o soldado e depois de volta para a Anjo e questiona-a:

- E quem é você?
- Eu sou Anjo, do planeta Anjo! Sou guardiã do portal para a casa dos Deuses!

O pai sai de dentro do carro preocupado! Ele vira-se de costas para os dois! Passa as duas mãos na cabeça! Anda em círculos e incomodado com a situação, pergunta:

- E quanto a mim e a minha família? O que acontecerá conosco?
- Cuidaremos de todos os humanos da melhor maneira possível! Jesus em breve fará isso por todos na Terra. Enquanto isso eu e ela estamos aqui para garantir que a evolução da raça humana caminhe corretamente.
- E você? Quem é você? (questiona o pai ao Mário).
- Eu sou outro tipo de evolução do
homo sapiens, sou 1% humano.
- Então! É o armagedon? Chegou o final dos tempos?
- É...! Mas não faça nenhuma loucura ainda...! Não há motivos para isso...! (declara o soldado sorrindo meio sem jeito para o humano).

-
E o que espera que eu faça...? Hã...? Espera que eu consiga dormir em paz a partir de agora...? Quer que eu diga para meu filho que tudo ficará bem...? Hã...? Minha mulher tem um problema cardíaco grave...! Sabia? Ela só tem 3 meses de vida e morrerá antes disso sabendo dessa informação...! Espera que eu acredite que Jesus existe e que nos salvará...? Nós somos judeus e não acreditamos em Jesus...!

Mário pensa um pouco sobre o assunto, olha de lado e vê no fundo da garagem uma cabine com um enorme slogan escrito na lateral: "sua roupa na hora". É uma "máquina de costura computadorizada" do século XXI. Ele pergunta ao humano:

- Você sabe costurar?
-
Eu me viro bem...! Mas minha mulher é que é especialista nisso...! Mas... o que costura tem haver com o fim do mundo...?
- Tudo...! (responde Mário sorrindo). Eu quero lhe fazer uma proposta...!
-
E qual seria? (questiona o voyeur).
- Levo você e sua família para conhecerem Jesus pessoalmente! Ele curará a doença cardíaca dela! Independentemente de sua resposta preciso também que me faça um favor...: Ninguém pode saber de nada disso que eu lhe contei!
-
E quem acreditaria?!

O pai
voyeur abaixa a cabeça, pensa na proposta e questiona:

- Não teremos que morrer para ver esse tal de Jesus... teremos?
- Não! Ele vive numa das inúmeras dimensões do Planeta Terra e eu tenho passe livre! (responde Mário).
- E por que eu acreditaria em você? (indaga o pai
voyeur).
- Pelo mesmo motivo que eu acreditarei em você de não contar às pessoas sobre tudo o que já lhe disse antes. Além do mais, você só terá a ganhar com tudo isso.
- Então você quer uma troca? Tá legal! Mas qual é o favor que você está precisando?
- Preciso que confeccione um capuz com máscara e um casaco tipo Matrix..., sabe... igual àquele filme antigo do início do século. É para combinar com meu uniforme! (responde Mário).
- Por quê? Vai assaltar algum banco?
-
Não!! Vou salvar a vida das pessoas necessitadas! Como a de sua mulher, por exemplo!
- E por que não quer ser reconhecido? Afinal... você nem é daqui!
- É que sou tímido e não gosto de dar autógrafos... E também porque meu rosto é uma cópia visual de um ser humano que vive atualmente nesta época e não quero comprometê-lo.
- Ela precisará também de uma máscara? (questiona o pai
voyeur, olhando para a Anjo).

A Anjo aperta um pouco os olhos e os lábios, num claro sinal de que não está gostando disso. A seguir ela retorna o olhar para o soldado
androidis, cobrando-lhe uma resposta sobre o assunto.

- Não! Pra mim ela fica bem do jeito que está... Você não acha? (informa Mário).
- Não vou discutir sobre o sexo ou a aparência dos Anjos... e depois do que andei vendo na lua ultimamente...

Mário fecha a expressão, olha feio para ele e questiona:

- O que você andou vendo na lua?
- Deixa pra lá!
- Muito bem então posso entrar na cabine? (comenta o soldado se dirigindo ao equipamento).
- Quem irá pagar pelo serviço e pelo tecido? (pergunta o pai
voyeur judeu).

O soldado para de andar, olha para trás e questiona:

- Como assim... pagar? (declara o
androidis). Eu sou do futuro e lá não usamos dinheiro!?!? E ela é um Anjo...!
- Bem... Alguém precisa pagar... ou você acha que vou fazer isso de graça?
- Bom... Sem um disfarce não poderei te levar para ver Jesus, porque não quero que Ele também me reconheça! Então... estamos num impasse...! A não ser que você queira considerar um favor pelo outro...

- Você ainda não me fez nenhum favor... afinal você poderá me apresentar um cara qualquer se fazendo passar por Jesus e depois Ele dirá que não consegue curar a minha esposa... e então você continuará me devendo um favor, que provavelmente nunca pagará! Portanto..., no final... eu tomarei prejuízo...!

Mário olha para o pai judeu, olha para a Anjo e pergunta a ela:

- Você sabe costurar?

Ela olha para o soldado, levanta os dois ombros e abre as enormes mãos numa clara alusão de que não entende nem sequer o assunto que estão falando! Mário então toma uma decisão inesperada:

- Bem! Como você é judeu e está muito preocupado em não tomar nenhum tipo de prejuízo... (o soldado dirige-se até o carro dele, olha em volta, analisando a qualidade final do acabamento)... e eu não tenho nem dinheiro nem ouro para lhe oferecer... bonito este carro, né? Quanto deve valer...?

- Trezentos mil reais... sem os acessórios...! Comprei de um cara que precisava muito de dinheiro e paguei uma mixaria...

Mário dá uma boa olhada novamente, agacha-se para ver em baixo e resolve, com sua força superior, erguer o veículo usando apenas uma das mãos. O caríssimo meio de transporte está agora quase de lado e Mário analisa a parte de baixo do veículo.

-
O que você está fazendo... Se não tem dinheiro nem para uma simples roupa como espera pagar por danos ao meu carro?

Eu não pretendo pagar...! Já lhe disse: não temos dinheiro! Inclusive quem irá pagar por um eventual prejuízo ao carro será você mesmo! Eu preciso tomar cuidado porque sou meio desastrado e posso,
sem querer, virá-lo facilmente de cabeça para baixo. Mas tudo sem querer... é claro!

-
E o que espera ganhar com isso?
- Uma capa, uma máscara e um capuz! Tudo preto brilhante, por favor...!
- Espera que eu acredite que irá ajudar outras pessoas se age exatamente como a máfia?

- A máfia não curaria sua esposa de um problema sério de coração. E, além do mais, a máfia começaria quebrando as coisas.... Eu estou lhe dando a opção de um pequeno prejuízo... (referindo-se ao novo uniforme a ser confeccionado) em troca de um maior (referindo-se à quebra do caro carro), incluindo depois o pequeno prejuízo também, é claro! (voltando a falar do uniforme a ser confeccionado).

-
Está bem, então! (declara o judeu duro na queda e nada satisfeito com a situação financeiramente "desastrosa" em que se meteu). Entre na máquina! Vamos fazer as medições de seu corpo.
- Legal! (declara Mário, todo feliz! Ele desce o veículo com cuidado até o chão).

O
androidis entra na cabine da máquina de costura. A porta se fecha e um feixe de laser avermelhado começa a percorrer seu corpo dos pés à cabeça. O computador processa a informação e na tela vai surgindo a imagem do soldado.

-
Feche os olhos! Não quero nenhum aspirante a herói cego em minha casa! (comenta o judeu).
- Não se preocupe! Meus olhos são artificiais e não serão afetados pelo laser.

Quando o processo de análise tridimensional termina, Mário sai de dentro da cabine e aproxima-se da tela enorme que está pendurada na parede da garagem.

- Tenho algumas sugestões prontas de fábrica (comenta o judeu). Podemos misturar as opções de máscaras, capuzes e capas. Acredito que uma delas lhe cairá bem.

O judeu apresenta algumas opções e o soldado escolhe uma delas, onde o resultado o deixará parecido com uma mistura de Matrix com o Pai de Jesus, se usassem máscaras, claro!

- Adorei! E você? (Mário questionando a Anjo que ergue as sobrancelhas sem saber bem para que servirá aquilo).

Ao lado o judeu retira de um armário embutido na parede um tecido negro brilhante. Ele o posiciona no interior de um tipo de plotter com braços mecânicos robóticos internos computadorizados. O processo de corte se inicia e logo depois os braços mecânicos reposicionam as peças cortadas para que a costura comece. Mário sorri para a Anjo e feliz declara:

- Eu vou arrasar, meu Anjo! Ah! (olhando de volta para o judeu). Eu precisarei de mais dois uniformes bem pequenos!
-
O quê? Para quê? Você tem dois filhos que querem brincar de super-herói também?
- É mais ou menos isso! (responde Mário olhando para trás e para baixo em direção às batatas de suas pernas).

Dali duas portinholas se abrem para o interior das pernas e saem os dois pequenos robôs parecidos com o dono, porém com aparência mais de bonecos. Os dois pequeninos se aproximam do judeu e colocam juntos as mãos na cintura como se já fossem dois pequenos super-heróis. Mário volta o olhar para o judeu e sorri para ele:

- Não são umas gracinhas?

O judeu olha assustado para o soldado sem acreditar no que está vendo.

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