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da coleção

INTRODUÇÃO
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
CAPÍTULO XV
Capítulo IX
Capítulo X
Espaço. 26 de fevereiro de 2036. 9:00 da manhã. Mondivina.

- Bom dia, Mark! É a Beth, secretária da presidência! Tudo bem?
- Bom dia, Beth! Vários problemas para resolver, mas em breve conseguiremos resolver tudo! E você? Está bem?
- Sim! Tirando aquela dor de cabeça que tenho sempre, está tudo ótimo!
- Quer dizer que se eliminar tudo o que está errado em sua vida, ficará tudo certo? Rsrsrs!
- Exatamente! Rsrsrs! Mark! O presidente requisitou uma reunião para a entrega do veneno genético que o exército americano encomendou!
- Hoje?
- Dentro de quinze minutos!
- Certo! Vou pegar o produto no laboratório e em seguida me encaminho até aí!
- Tudo bem! Lembre-se de que ele não gosta de atrasos!
- Sim! Sei disso! Já estou indo! Obrigado!

Poucos minutos depois, e antes dos quinze minutos combinados, Mark aparece com uma pequena caixa acolchoada vermelha nas mãos e dirige-se até a secretária:

- Ele já está aí? (pergunta Mark a ela).
- Sim! Acabou de entrar neste minuto! E também o representante da CIA que já estava esperando lá dentro!
- Da CIA? Não é do exército?
- Não! É alguém da CIA!
- Caramba! Então ligue para nosso cliente no exército e confirme se é para ele mesmo que devemos entregar o produto!
- Já fizemos isso quando ele chegou à portaria! Enviei a foto dele, a voz, nome, função e uma senha previamente combinada. Tudo foi checado e confirmado. É ele mesmo!
- Tá! Obrigado!

Ela sorri para Mark que entra agora na sala de reuniões e encontra as duas pessoas no local: o proprietário da empresa e o tal homem da CIA.

- Bom dia, Mark! (deseja o proprietário).
- Bom dia, presidente! (responde o funcionário).
- Este é o agente da CIA que veio para levar o veneno genético encomendado pelo exército americano (comenta o presidente da Mondivina).
- Olá, Mark! (cumprimenta o representante da CIA).
- Olá, senhor! Antes de levar o produto precisa saber de algumas coisas...

Mark entrega uma caixa acolchoada externamente, toda vermelha com o logo da Mondivina na parte de cima e numa das laterais o logo do exército americano com o texto abaixo: "propriedade do exército americano". Agora o agente da CIA abre a caixa e em seu interior de espuma tem duas ampolas de vidro, um com líquido verde e outro com um vermelho. Ao lado uma seringa com a agulha separada e do outro lado um pen drive com logo da Mondivina.

- Neste micro contêiner você tem o produto principal que é a ampola verde! Ela pode ser gotejada sobre a planta, mas o melhor resultado, com garantias de cem por cento, é uma injeção diretamente no caule!
- E para que o pen drive? (questiona o homem da CIA).
- Manual de instruções! Depois que aplicar o produto na planta, cinco dias depois será necessário aplicar no mesmo local do solo o segundo produto, o vermelho!
- Por quê?

- Depois que o vegetal morre, as minhocas e outros seres da terra passam a comer o produto que começa a se decompor. Isso muda a genética dos vermes e eles começam a comer as raízes de outras plantas locais. O produto vermelho ataca apenas as minhocas alteradas geneticamente, matando-as e tornando o solo livre de problemas posteriores. No pen drive você tem informações gerais de cuidados, como usar, onde usar, toxicidade do produto, reações alérgicas e outras informações adicionais. Leia tudo! Este produto ainda não foi testado o suficiente por falta de amostras. Tome muito cuidado!

- Mark! Você tem certeza de que este produto irá funcionar? (questiona o homem da CIA).

- Não! Para garantir isso preciso de diversas amostras vivas da planta original! E depois fazer centenas de outros testes! Mas o exército não fornece novas amostras. Trabalhamos apenas com o composto que recebemos. Uma vez misturado o veneno genético junto com a proteína recebida, esta se decompõe e se transforma num produto inerte! Para chegarmos a todas estas conclusões criamos um produto paralelo a partir de amostras de outras plantas! O novo produto funciona exatamente da forma como lhe descrevi no manual. Não podemos garantir que funcionará corretamente sem novas amostras da planta original.

- Entendo! Quanto tempo precisa para produzir mais amostras? (questiona o agente da CIA).
- Se for quantidade pequena..., uma semana! (responde Mark).
- Precisarei de mais umas cem doses!
- Cem doses? Precisaremos de uns dois meses!
- Talvez eu precise disso em menos de uma semana!
- Você deve estar brincando? Isso é impossível! Temos vários problemas aqui! O produto vermelho leva muito tempo para ser produzido. Mas o principal é que o produto genético ainda não foi testado e pode não funcionar! Se isso acontecer precisaremos de muitos meses para desenvolvê-lo adequadamente!
- Se funcionar teremos muita pressa. Se não funcionar teremos uma pressa maior ainda!
- Isso será impossível!
- É possível que possamos pulverizar com avião uma determinada região?
- Não!!!! Jamais!!!! Se fizer tal coisa contaminará uma área tão grande que jamais será possível recuperá-la novamente!!!! Podemos criar uma nova geração de minhocas destruidoras de plantas! Poderá ser o fim da vida como a conhecemos no planeta Terra!
- Preciso deste produto para salvar o planeta e me diz que este produto poderá destruir o planeta?
- Sem mais amostras não poderemos equilibrar adequadamente o composto químico! Precisamos de amostras, mais tempo e dinheiro se quiser algo funcional e confiável! (comenta Mark).

O presidente resolve intervir, porque até então apenas observava o desenrolar da conversa!

- Não se preocupe com estes detalhes técnicos. Se o exército precisar poderemos desenvolver o produto como for preciso! Se a necessidade for pulverização, que seja! Faremos desta forma para vocês. Aqui o cliente tem sempre razão!
- Não podemos fazer isso, senhor presidente! (declara Mark, angustiado com o compromisso firmado).
- Podemos sim, Mark! Eu sei do que estou falando! (comenta o dono da empresa, olhando sério para Mark).
- Muito bem, então! (declara o homem da CIA). Muito em breve a Mondivina será cobrada sobre o resultado deste produto e as nossas novas necessidades. Muito obrigado.

Agora o agente da CIA levanta-se e sai da sala. Pela porta de vidro a secretária indica a saída para que o rapaz possa ir embora com sua caixa acolchoada vermelha! O presidente ainda dá um tchauzinho, sorrindo para ele que se despede definitivamente.

- Senhor presidente! Não podemos permitir que o exército ou a CIA pulverize uma enorme área com este produto. Não sabemos o suficiente sobre as consequências para permitir que façam isso!

O presidente levanta o braço e abrindo a palma da mão para que seu funcionário aguarde um minuto. Ele acaba de pegar seu celular e fala rapidamente com alguém.

- É o presidente...! Sim...! Temos mais alguém que saberá de tudo agora...! Tragam o chip...! Obrigado!

Logo depois ele desliga o telefone, sorri e continua a conversar com Mark!

- Mark! Quando um cliente como a CIA e o exército requisitam um produto eles precisam ser atendidos no prazo que requisitam! Eles investem milhões em nossa empresa que paga seu salário e o meu!

- E nossa responsabilidade social e ecológica, senhor? Como iremos dormir à noite sabendo que fomos responsáveis pela destruição de uma enorme área que poderá nunca mais se recuperar e ainda criar seres novos e vorazes que destruirão as raízes das plantas e à outras áreas próximas? Uma destruição que poderá ser muito pior do que a que estamos querendo combater!

- Mark! Você já leu sobre os venenos que foram criados no século passado e passaram a ser pulverizados em diversas plantações do mundo?
- Claro, senhor! Isto é leitura obrigatória para todos que trabalham com produtos como os nossos!
- Então sabe que depois de alguns anos as regiões se recuperaram naturalmente?
- Bem, senhor! Não se recuperaram totalmente! Na verdade os venenos foram diluídos no ambiente e recentemente até foi encontrado um veio profundo de uma fonte de água poluída com o DDT, que já não era usado há muitas décadas!
- Sim! Um caso pontual! O que quero dizer é que tudo o que fazemos vem da natureza e para ela voltará um dia e se dissolverá naturalmente no ambiente.
- Com este raciocínio, senhor, poderemos poluir o mundo à vontade, pois um dia tudo voltará ao normal, queiramos ou não!
- Exatamente, Mark! Agora você está entendendo meu ponto de vista!
- Espero que a raça humana ainda esteja aqui para confirmar sua teoria no futuro!

- Estará, Mark...! Estará...! Somos os donos desta pedrinha que flutua no espaço! Não há motivos para sermos puritanos por causa de um probleminha localizado...! Este vegetal que o exército descobriu...! Pode ser apenas uma planta invasora de uma plantação...! Depois que eles espalharem nosso produto e o resultado for conseguido, iremos até lá e faremos novos testes.

Otimizaremos o produto durante e após a sua aplicação!

- E se o resultado for terrível para a região?

- Deixe que outra divisão da empresa crie um novo produto para recuperar a tal região... Entenda! Tudo é dinheiro e poder! Hoje estamos ganhando muito dinheiro e deixaremos o cliente feliz e contente com o nosso pronto atendimento! Amanhã eles retornaram para outra divisão de nossa empresa para requisitar um produto para corrigir o problema e assim estaremos todos ganhando muito dinheiro, Mark!

- Entendo, senhor! Mas por que chama as outras empresas de divisões? Pelo que sei a Mondivina não tem divisões! Depois que a empresa original foi subdividida por lei as unidades vivem de forma independente!

- Mark! Têm muitas coisas que você não sabe!!!! A empresa se subdividiu, mas os donos originais de tudo são os mesmos e continuam recebendo seus salários por administrar todos os negócios!

- Tem razão, senhor! Vejo que o mundo que o senhor tem acesso é muito diferente daquele em que vivo! Onde as leis e os impostos regem minha vida e sou cobrado por eles! Onde a ciência apresenta os problemas e através de campanhas criam novas consciências ecológicas e morais para que todos sigam estas novas regras e códigos de conduta!

- Mark! Tudo isso vale apenas para as massas! As lideranças dos países estão todas juntas e criaram toda esta ilusão para a população para amenizar os conflitos. Assim as pessoas acreditam que tudo está caminhando corretamente e muitos colaboram para isso! Imagine que muitos são até ativistas ecológicos e trabalham gratuitamente em instituições! É ridículo!

- Está dizendo, senhor, que entidades internacionais são apenas fachadas?

- Claro, meu caro Mark! A ONU nasceu depois da segunda guerra mundial para garantir que todas as grandes lideranças políticas, empresariais, cartéis, monopólios e produtores de drogas em todo o mundo, pudessem continuar ganhando dinheiro facilmente! Hitler era um louco e queria tudo só para ele. Desafiou a todos e pagou seu preço! Note que hoje quando existe alguma guerra é porque certos interesses da ONU foram prejudicados em uma determinada região! Quando um líder local não consegue impor a lei que a entidade estabeleceu, por debaixo dos panos, esta região é invadida e se o tal representante político se posicionar contra a regra mundial estabelecida ele é destituído e um novo líder, escolhido em assembleia sigilosa aqui na ONU e com apoio da CIA, entra em seu lugar para manter a ordem!

- Senhor! Por que está comentando tudo isso comigo?
- Para que você entenda que a nossa empresa, a Mondivina, faz parte de todo este mundo que você desconhecia! Somos signatários empresariais da nova ordem estabelecida pela ONU há décadas! E seu comportamento hoje com nosso cliente não poderá se repetir nunca mais!
- Quantas pessoas no mundo sabem sobre isso que me contou?
- Milhares de pessoas sabem disso atualmente, Mark! E nenhuma delas denuncia o que sabem para as massas!
- Confia tanto assim em mim para dizer isso? Como sabe que não irei até a imprensa para denunciar tudo?

O presidente sorri para ele, enquanto dois homens entram na sala e aguardam um sinal do presidente para agirem! Um deles tem uma caixa de mais ou menos cinquenta centímetros de comprimento por dez centímetros de largura e altura!

- O que estão fazendo aqui, vocês dois? (indaga Mark, achando um absurdo tal invasão da sala). Estamos no meio de uma reunião!
- Fui eu quem pediu para eles virem aqui agora (comenta o presidente, para espanto do Mark). São eles que garantem que ninguém conte como o mundo vem sendo dirigido pela ONU!
- O quê? (questiona, o espantado Mark, com a observação de seu chefe).

O presidente aciona um botão sob sua mesa o que escurece o vidro que dá acesso à sala externa da secretária. Um dos dois homens aproxima-se rapidamente, vira um braço do Mark para trás e empurra sua cabeça contra a mesa de reunião.

- O que está acontecendo aqui? O que significa isso tudo? (reclama Mark com a violência que está sofrendo).

O outro homem, que estava com a caixa nas mãos, coloca-a suavemente sobre a mesa, sob o olhar apavorado de Mark. Ele retira do interior uma enorme seringa que guardava ali dentro. Ele aproxima-se de Mark e aponta a seringa diretamente na nuca dele!

- Calma, pessoal! Não precisa isso tudo! (declara o jovem Mark, aterrorizado com a cena). Eu sou de confiança aqui dentro! Parem com isso!

O forte homem aperta um botão da enorme seringa que apenas implanta um minúsculo chip sob a pele de Mark.

- Sim, Mark! Eu sei que você é de confiança! (declara o presidente da Mondivina). Principalmente agora que usa o chip ONU de colaboração! Muitos aqui também têm um, inclusive eu! O sinal desaparece da pele em poucas horas. Mas o mais legal deste chip é que ele é um micro robô e caminha dentro do organismo até fixar-se perto do cérebro, sendo impossível que seja retirado no futuro, sem que o paciente morra no processo! Os chips mais novos, como o seu, têm um dispositivo extra de proteção que pode lhe causar uma parada cardíaca ou um AVC e por consequência: morte fulminante se resolver delatar o conteúdo do que eu lhe falei aqui.

Mark, agora, liberado pelos dois homens, põe a mão na nuca, para verificar o resultado da agressão. Os dois homens saem da sala e fecham a porta.

- Eu não pedi para virar um escravo do sistema político da ONU! (declara Mark, olhando revoltado para seu chefe).
- Nenhum de nós pediu! Mas os que resolveram aceitar a nova situação estão vivos até hoje!
- Acha que pode me obrigar a fazer o que não quero, apenas me ameaçando..., senhor?

- Mark! Aprenda a ver as coisas de outra forma! Você é um dos químicos mais criativos que eu já contratei para esta empresa! Foram suas ideias que tornaram possível a produção do veneno genético e do herbicida genético que o exército usará muito em breve! Abra a sua mente! Agora você faz parte de um novo mundo! Um mundo que o pagará bem melhor simplesmente por fazer parte dele!

- Nem tudo na vida é dinheiro, senhor presidente! Existe também a decência, a honestidade, a responsabilidade social, a ecológica e a moral!

- Mark! Não existe nada disso! Tudo foi criado pelos governos, instituições, entidades, escolas, imprensa e empresas para controlar as pessoas! Perceba que existem cada vez menos guerras no mundo! Os conflitos se tornaram regionais! Basta uma ameaça da ONU ou de grandes potências para que as coisas se resolvam rapidamente! Este é o mundo que você já vivia e simplesmente não compartilhava! Você acaba de se tornar vitalício nesta empresa e sócio da nova ordem mundial! Nem precisará mais pagar impostos! Você receberá três salários adicionais, cortesia da ONU, a partir do próximo mês. Jamais será processado, nunca ficará preso ou será assaltado em sua vida. São as massas que pagam para que este mundo se sustente como deve ser! Aproveite a nova vida!

- Então eu e você somos vitalícios e nunca mais perderemos nossos empregos? Não importa o que façamos?
- Sim! Está começando a entender. Basta apenas que colabore com as decisões globais da ONU.

Então, Mark, resolve dar um bom soco no rosto do presidente, em represália ao que sofrera e ao que acaba de saber!

- Estou muito agradecido, senhor! E eu que pensei que todos criticavam a ONU por não ser tão atuante quanto deveria! Já vi que me enganei sobre isso também!

O presidente, já com uma das mãos na boca onde fora atingido, responde ao Mark:

- Bem-vindo ao clube do bolinha, sócio-vitalício!

Mark anda em direção à porta de saída quando o presidente ainda o informa:

- Mark! Se tentar fazer isso novamente... eu pessoalmente o matarei...! Se eu desconfiar que você está tentando trair esta empresa ou a ONU..., terá um ataque cardíaco fulminante muito em breve! Fui claro?
- Claríssimo, senhor! Afinal, um escravo deve sempre obedecer ao seu dono!
- Você deixou hoje de ser escravo! Agora faz parte da elite da humanidade! Comporte-se como tal. Em breve eu o acionarei para informar-lhe sobre as regras com todos os detalhes de sua nova conduta a partir de hoje. Agora tenho que registrar seu novo chip na ONU.
- Eu gostava mais da senzala!
- Todos os ex-escravos dizem isso! Muitos já morreram porque não se adaptaram à nova vida. Mas os que continuam vivos usufruem da vida como quiserem! Têm o que quiserem! São o que quiserem!
- Não espere que eu lhe agradeça algum dia por isso! (comenta Mark saindo da sala).

Mark sai da sala e passa bufando pela secretária sem dizer nada.

- Até logo, Mark! (comenta ela, meio frustrada com a falta de atenção do jovem rapaz, que nem sequer respondeu).

Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
Capítulo XLIX
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