CAPÍTULO IX
Capítulo IX
Estados Unidos. New Jersey. 5 de janeiro de 2036. 11:00 da manhã! Na sede da Mondivina o namorado da senhorita Jones, Mark, saiu da reunião de cúpula com a diretoria e está agora no laboratório. Ele e o cientista, autor do projeto, avaliam a melhor forma de colocar tal herbicida num campo infestado de plantas invasoras. O cientista já havia testado antes algumas soluções e apresenta agora ao Mark o que concluiu!
- Tentei algumas abordagens diferentes como a popular pulverização, mas esta não se mostrou eficaz! Como o produto tem vida curta, porque é instável, a pulverização com avião não surtiu o efeito desejado. A pulverização manual localizada funcionou melhor! Um resultado mais satisfatório foi o uso de gotas com o novo herbicida sobre cada planta a ser destruída! Mas o que deu melhores resultados foi o uso de uma seringa diretamente no sistema de circulação da seiva.
- Certo, doutor! (declara Mark). Então será necessário um exército de pessoas no campo para deter o avanço completo de plantas invasoras!
- Sim, Mark!
- E qual é o fator de sucesso depois de aplicado o produto?
- Cem por cento! Nenhuma planta, cujo herbicida genético foi introduzido, sobreviveu! É como se parássemos o coração dela! Não há como sobreviver a algo assim!
- Doutor! Quais são os verdadeiros riscos para as outras plantas que vivam próximas das invasoras?
- Em meus testes os resultados não foram perfeitos, como eu esperava!
- O que quer dizer com isso? Qual é a taxa de danos ao ambiente?
- A princípio nada acontece! As plantas morrem e são transformadas em húmus pelas minhocas! Aí começam os problemas, porque estes vermes sofreram alterações genéticas, depois de digeri-las, e passaram a comer as raízes de outras plantas locais, em reposta a tais mudanças! Isso destrói tudo muito rapidamente no campo. Para resolver o problema foi preciso usar outro produto nosso, um veneno genético aplicado em larga escala pelo local! Este mata apenas as minhocas modificadas, liberando completamente o terreno dos efeitos do herbicida genético!
- Isso é ruim, doutor! Se o senhor tivesse mais tempo..., acha que poderia solucionar esta contraindicação?
- Não Mark! Na natureza quando se mexe em algo, em algum outro lugar haverá mudanças compensatórias! A alteração genética gera consequências também para as minhocas. Ou seja, a toda ação existe uma reação de igual poder e contrária!
- Pode pelo menos minimizar os riscos?
- Independentemente de quando começaremos a produzir o herbicida genético minhas pesquisas não pararão! Talvez eu consiga melhorar a fórmula, mas neste momento não posso garantir nada!
- Temos vários outros interessados neste produto! Precisaremos produzi-lo em escala muito em breve!
- O produto está pronto para ser comercializado, Mark! Mas a pesquisa sempre continuará!
- Tudo bem, doutor! Mantenha-me informado a respeito! Como está o produto encomendado pelo exército americano? Eles estão com pressa!
- Os resultados desse produto não são muito melhores do que o herbicida genético! Eles nos enviaram apenas a nova enzima vegetal que descobriram! O produto é incrivelmente resistente! Parece ter sido retirado de um esporo e contém diversas barreiras de controle químico. Eu já comuniquei a direção de nossa empresa que preciso de diversas amostras vivas da planta para trabalhar melhor na destruição genética dela e na avaliação mais detalhada da enzima que recebemos em pequena quantidade, mas infelizmente o cliente respondeu que não poderá fazer isso!
- Acha que corremos o risco do produto não funcionar?
- Sim é possível, Mark! Foi por isso que começamos os estudos do herbicida genético! Eu procuro formas de combater as plantas mais resistentes conhecidas e com isso encontrar um caminho para o produto militar! Mas..., de que tipo de planta será que eles retiraram esta nova substância?
- Em nosso mundo, doutor, tudo é segredo! Talvez jamais saibamos a origem real disso!