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da coleção

Introdução
Capítulo I
Pecado Espiritual

Este livro foi registrado
na Biblioteca Nacional

Capítulo II
Paraíso dos Espíritos

CAPÍTULO VIII - AMNÉSIA
Capítulo III
Floresta Espiritual

Horas depois o jovem rapaz acorda novamente, agora no hospital! Em sua cabeça há uma faixa protetora! A enfermeira aciona a médica de plantão, pressionando um botão ao lado da cama do paciente:

- Doutora Paula, favor vir ao quarto 58! O paciente está acordando.
- Onde estou? (indaga o rapaz).
- Você está no hospital geral. Qual o seu nome?
- Meu nome...? Não me lembro...!
- Lembra-se onde mora?
- Não...!
- Você deve estar com amnésia! Deve ter batido a cabeça!
- Amnésia...? O que é isso...?
- Perda da memória! Sente alguma dor?
- Não! Não sinto nada de errado comigo! Apenas não me lembro de nada!

Neste momento chega ao quarto a doutora de plantão que pega imediatamente a prancheta pendurada ao lado da cama!

- Olá! Meu nome é Paula e quero saber como você está se sentindo agora? (enquanto o questiona, ela observa as anotações médicas do rapaz).
- Estou bem! Mas não me lembro de nada!
- Quais são as coisas de que você ainda se lembra? (questiona a doutora).
- Nada! Não me lembro de nada de minha vida! Estou vivo ou morto?
- Está bem vivo, meu amigo! (declara Paula, sorrindo). Estou impressionada com você! Seu corpo está em forma e não encontrei vestígios de anabolizantes, o que indica que seus músculos foram torneados com devoção e de forma saudável! Sua saúde está incrivelmente boa! Parece até que você nasceu ontem, porque não há nenhum sinal de doenças anteriores!!!! Isto é incrível! De onde você vem?

Na mente do rapaz surgem imagens rápidas e sequenciais dele flutuando em meio a uma floresta, de um homem de branco e barbudo, do rosto da Vanessa, do rosto do bêbado! Mas nada disso o ajuda a entender o que está acontecendo ou de onde ele vem!

- Não faço a menor ideia! (comenta ele). Como vim parar aqui?
- Um andarilho de rua nos informou que você tinha bebido muito e caiu no chão. O sujeito viu o sangue em sua cabeça e ligou para os bombeiros que o trouxeram até aqui. Não encontraram nenhum celular ou documentos com você! Estava desmaiado até agora!
- Há quanto tempo estou aqui?
- Umas três horas, mais ou menos!
- E agora? Como faço para me lembrar de tudo novamente?
- Amnésia raramente é permanente! O cérebro apaga temporariamente o acesso às lembranças para se proteger de uma forte dor ou lembranças muito ruins! É possível que dentro de alguns dias suas lembranças retornem ao normal!
- E se não voltarem, doutora?
- Neste caso... sua vida irá mudar radicalmente! Você precisa tentar se lembrar pelo menos de onde veio, para que possamos avisar sua família que está aqui! Eles devem estar preocupados com a sua ausência!
- Lembro-me de alguns rostos..., mas... nenhum nome... ou endereço!

Ao dizer isso ele se lembra da placa na entrada da ONG onde está escrito Paraíso!

- Acabo de visualizar o nome Paraíso numa fachada!
- Paraíso?!?! Lembra-se se era uma casa comum que sua família escreveu porque vivem bem? Ou acha que se trata da sede de alguma entidade ou empresa?
- Não sei! Parecia ser uma casa!

A doutora Paula volta-se para a enfermeira e pede a ela:

- Maria! Entre na internet e pesquise "Paraíso" como nome de alguma empresa ou entidade. Veja se eles conhecem alguém com as características deste rapaz. Se confirmarem faça uma foto dele e a envie por e-mail. Talvez encontremos alguém que o conheça!
- Está bem, doutora! (responde a enfermeira, saindo do quarto).

A médica volta-se agora ao paciente! Ela sorri gentilmente e pega na mão do belo rapaz para acariciá-lo. Parece que sentiu alguma atração pelo doce e ingênuo espírito do jovem.

- Você ficará bem muito em breve! Vou lhe receitar apenas analgésico caso tenha alguma dor!
- Suas mãos são muito macias e estão frias! Você está bem? (questiona o rapaz à doutora).

Ela sorri sem graça, solta a mão dele e responde:

- A médica aqui sou eu! Esta pergunta deve ser feita por mim e não por você!
- Ahhh! Sinto muito!
- Mas obrigada por se preocupar comigo! Eu estou bem! Apenas meio solitária atualmente! A vida de médica não permite que tenhamos relacionamentos duradouros! É difícil o parceiro entender que não posso estar sempre presente quando ele deseja! Ser médica não é nada fácil.
- Eu também sinto que sou meio solitário! Tenho a impressão que não sou deste lugar. Em algumas imagens que vieram à minha mente rapidamente, me vi flutuando no ar numa floresta! O que acha que isto significa?
- Não sei! Interpretar sonhos e imagens não fazem parte de meu currículo! Mas se eu fosse uma princesa e você um belo adormecido eu poderia tentar um beijo para te ajudar a lembrar... (insinua-se ela ao inocente rapaz).
- O que é um "belo adormecido"?
- Sua amnésia é bem forte!!!! Não se lembra nem da história da bela adormecida?
- Não! É alguém que eu deveria conhecer?

Ela sorri e faz um carinho no rosto dele!

- Descanse príncipe musculoso! Em breve poderá usar novamente sua espada para ajudar as princesinhas que cruzarem seu caminho!

O rapaz olha para ela sem entender muito bem o que está acontecendo! Sorri meio sem graça em retorno ao sorriso direto da bela doutora! Ele procura se lembrar melhor de alguns detalhes de sua estranha vida passada e sem sentido!

Na recepção a enfermeira, Maria, procura na internet e encontra vinte milhões de opções de locais com o nome de Paraíso! Entre elas, algumas interessantes como uma empresa, uma novela, locais maravilhosos para viajar, hotel fazenda, um bairro, uma entidade de atendimento a crianças carentes, uma rede de atendimento a pessoas de rua e uma infinidade de outras coisas! Ela resolve primeiro selecionar todos que estejam em São Paulo na tentativa de minimizar o número de opções. Mesmo assim o número total ainda é muito grande! São cerca de cinco milhões de opções. Do outro lado da cidade o bêbado retorna para a ONG para agora almoçar! Chegando lá um dos enfermeiros faz uma pergunta a ele:

- Onde está aquele rapaz que está sempre junto de você?
- Nós saímos juntos, mas depois ele caiu no chão e desmaiou. Eu chamei os bombeiros que o levaram ao hospital!
- Qual hospital? (questiona o enfermeiro).
- Por que está preocupado? Eles tratarão bem dele lá!
- O homem que sustenta esta ONG esteve aqui agora de manhã querendo saber dele!
- Eu não sei em qual hospital ele se encontra! Mas assim que melhorar o rapaz retornará para cá! Mas por que o todo-poderoso está interessado em saber onde o alien se encontra? Encontraram a nave dele?
- Do que está falando? O rapaz deve ter apenas amnésia! Por que acha que ele vem de outro planeta?
- O cara é muito esquisito! Você já viu amnésia em alguém que nem se lembra como se come, dorme, toma banho ou como se vai ao banheiro? Já viu alguém que fala com a própria comida e que não sabe a diferença entre uma mulher e uma vaca?
- Realmente é muito estranho! Talvez não seja amnésia, mas algum tipo de doença degenerativa da memória!!!
- Seja lá o que for, não é nada normal! E ele nem parece doente! Vocês já o examinaram e o que acharam?
- O doutor acha que ele é psicótico, mas eu tenho minhas dúvidas!
- Ele não é psicótico! Ele é de outro planeta! Acredite em mim!

O enfermeiro torce a boca e levanta uma das sobrancelhas, duvidando da informação do bêbado.

- E por que vocês dois desapareceram daqui? O que foram fazer nas ruas?
- Nós...? Nada demais...! Eu fui ensinar a ele a conseguir algum dinheiro nos semáforos...!
- Vocês foram beber, não foram?
- Nós...? Não...! Claro que não...!
- Então por que todos te chamam de bêbado? Talvez porque esteja cheirando a pinga, exatamente neste momento!
- Não tenho a menor ideia sobre esse assunto! Talvez alguém tenha derramado umas gotas em minha roupa, sei lá!
- Tá! Me engana que eu gosto! (declara o enfermeiro que se vira de costas para ele em direção a uma sala com telefone e computador!).

O funcionário da ONG, por ser enfermeiro, tem uma lista de todos os hospitais da cidade de São Paulo. Ele selecionou alguns para onde os bombeiros normalmente poderiam ter levado o rapaz. Em poucos minutos o hospital, onde o jovem espírito encarnado se encontra, fora localizado! O enfermeiro confirma a informação e liga para o homem que sustenta a entidade de assistência:

- Senhor Rafael...? Sou o enfermeiro Andrade...! Boa tarde...! Encontrei o rapaz que o senhor deseja conhecer! Está num hospital aqui próximo...! Sim ele está bem, mas parece que a amnésia piorou! Ele nem se lembra que esteve aqui! O senhor quer que um de nós vá até lá buscá-lo...? Certo...! Então vou lhe passar o endereço...! Por favor..., anote aí!

Capítulo IV
Encarnado no Inferno

VOLUME
1

Capítulo V
Gula

Capítulo VI
Inocência

Capítulo VII
A Bebida

Capítulo VIII
Amnésia

Capítulo XII
Mentira

Capítulo IX
A Missão

Capítulo XIII
Nova Casa

Capítulo X
Loucura

Capítulo XIV
O Dono do Inferno

Capítulo XI
Luxúria

Capítulo XV
Ira

Capítulo XVI
Egoísmo

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SOBRE ESTE LIVRO

Capítulo XVII
Arrogância

Capítulo XVIII
Preguiça

Capítulo XIX
Avareza

Capítulo XX
Inveja

Capítulo XXI
Ascensão

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