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INTRODUÇÃO
Capítulo I
A DESCOBERTA

Capítulo II
SONHANDO OUTRO SONHO

CAPÍTULO IV - CASTELOS DE SONHOS
Capítulo III
FAZENDO NOVOS AMIGOS

À noite, Paulinho já está em sua cama dormindo, quando ele entra num novo sonho, mas este é diferente
dos outros que tivera! Desta vez ele mesmo está sonhando! Arrastado pelos braços por dois soldados
medievais que usam armaduras metálicas sobre seus corpos, nosso jovem parte humano, parte alien, não
está entendendo o porquê de estar ali!

- Ei! O que estão fazendo? Por que estão me arrastando? Que lugar é este? (indaga, reclamando, Paulinho).
-
Cale-se, prisioneiro! A rainha quer lhe dar a punição ela mesma! (declara um dos soldados que o carrega).

Os três chegam até a presença da rainha no centro do palácio. É um castelo gigantesco feito todo em metal polido e brilhante com muito ouro espalhado pelos objetos de arte e decoração. Os dois soldados jogam Paulinho no chão aos pés do palco onde uma poderosa rainha está sentada em seu trono, três degraus acima!

- Levante-se, prisioneiro! (ordena ela, orgulhosa de sua soberania).

Paulinho olha para cima em direção a ela e depois para os dois soldados ao seu lado. Com pressa, ambos pegam nos braços dele e o erguem à força.

- Não ouviu o que a nossa soberana ordenou, prisioneiro?

Com algumas dores nos braços e no corpo pela queda anterior, Paulinho já está de pé e olha em direção à rainha.

- Quem é a senhora? (indaga ele).

Um dos soldados dá um cascudo na cabeça de Paulinho enquanto o outro pressiona o ombro direito do jovem empurrando-o para baixo e gritando com ele:

- Fique de joelhos para falar com a rainha soberana!

Paulo, forçado a se abaixar, põe a mão na cabeça sentindo a dor da pancada da luva de metal que recobre a mão do soldado.

- Mas você disse para me levantar! (reclama o jovem).

Paulinho leva outro cascudo. Agora do segundo soldado.

-
Não fale conosco, prisioneiro! (declara um dos soldados).
- Por que invadiu meu castelo, meu jovem? (indaga a poderosa rainha).

De joelhos e cada vez com mais dores de cabeça, Paulinho olha diretamente para a rainha e responde:

- Eu não sei como cheguei até aqui...! Onde é aqui?

Paulinho recebe mais um cascudo na cabeça:

-
Não faça perguntas à rainha! Você é o prisioneiro e está aqui apenas para respondê-las!
- De onde você é, garoto? (indaga a rainha).

Paulinho levanta novamente a cabeça e declara a verdade:

- Não sei exatamente de onde sou! Por um lado venho da Terra, mas por outro... não tenho a menor ideia...!
- O que pretendia roubar de meu castelo? Quantos mais estão com você nesta empreitada? (indaga a rainha).
- Estou sozinho! Nunca roubei nada de ninguém!
- Já que não quer se confessar, irá passar o resto de seus dias nas masmorras! Comerá quando lembrarmos de você! Beberá a água que escorre pelas paredes e morrerá por sua insolência em invadir o reino dos Grikklers.
- Grikklers?!! A senhora disse Grikklers?!?!

Paulinho leva mais um cascudo na cabeça

-
Já disse para não fazer perguntas à rainha!
-
Levem-no daqui! Prendam-no na masmorra. Ele não quer entregar os comparsas e a origem de seu reino. Redobrem a vigilância externa do castelo. Não seremos surpreendidos por grupos invasores novamente. A princesa está em segurança?
-
Sim, minha rainha! (declara um dos soldados).
-
Vão embora daqui! Deixem-me sozinha! Tenho muito que fazer hoje! (declara a rainha sem sair de seu trono real).

Os dois medievais arrastam Paulinho de volta quando o jovem diz algo importante:

-
Eu conheço alguém de sua família! Ela poderá falar sobre mim! Falem com Joana Grikkler sobre mim!!!!
-
Parem! (grita a rainha aos soldados).
- Sim, minha rainha! O que houve?
-
Você disse Joana???? Como ousas falar de minha filha????
-
Filha?!?! A senhora é mãe de Joana????
- O que sabe sobre a princesa? Estava planejando raptar a minha filha?
- Raptar? Não! Ela só queria estudar comigo! Eu vou ensiná-la coisas que tem dificuldades em aprender!
- Pretendia macular a minha princesinha, seu monstro?
- Macular???? Não! Eu disse que iríamos ESTUDAR juntos...
- Cale-se, mundano! Levem-no para as masmorras. Preparem a forca! Será enforcado ao amanhecer!
- O quê...? Por quê...? Não fiz nada...!
(declara Paulinho).

Os soldados carregam o jovem condenado que é levado aos limites inferiores do castelo e lá jogado e abandonado. Barras de ferro grossas impedem a fuga de Paulinho deste sonho, que reclama de sua sorte.

- Como é que vim parar aqui? Não me lembro! Será que os alienígenas me capturaram?

Inesperadamente aparece uma figura angelical de longos cabelos loiros. Sua imagem ligeiramente transparente flutua na mesma cela de Paulinho. O garoto, quando a vê, a reconhece imediatamente:

- Joana?!?! Você é um anjo?!?!

Ela sorri e responde:

- Neste momento... e neste lugar... sim! Estou aqui para te salvar!
- Você é filha da rainha?
- Sim, Paulinho! Minha família me prende aqui em minha casa! Eles não querem que eu vá até a sua casa para estudarmos juntos.
- Eu não estou entendendo o que está acontecendo...! Este é seu sonho?
- Não! Este é o seu sonho!
- Meu?!?! Então estou sonhando com tudo isso?
- Sim!

Paulinho olha de lado tentando entender o que está acontecendo!

- Você precisa sair daqui, antes de ser enforcado!
- Joana! Se isto é um sonho eu só preciso me sentar aqui e esperar a hora de acordar novamente.
- Paulinho! Este não é um sonho comum! Você está preso nele! O povo do céu está te testando!
- Povo do céu?!?! Quem são eles?
- A sua família!
- Minha família...?!?! Está falando de minha origem alienígena?
- Exatamente. Eles querem saber se você está pronto!
- Pronto para quê?
- Não sei! Só eles sabem o que esperam de você!
- Então... não posso acordar enquanto... não vencer este desafio?
- Isso mesmo! Temos que sair daqui! Eu conheço um caminho secreto!
- Mas estou preso! Como chegarei a este caminho secreto?

A linda adolescente que flutua, sorri para ele e lhe faz uma pergunta:

- Está vendo aquele rato ali no canto?
- Hugh...! Que nojo...! Estou...! Eu não o tinha visto antes...!
- Pergunte a ele como sair daqui!
- Joana!!!! Eu sei que estou num sonho, mas como é que vou falar com um rato?
- Exatamente por ser um sonho você conseguirá saber dele qual é a rota de fuga.

O jovem faz uma careta para ela e se volta para o roedor asqueroso!

- Senhor rato...! Meu nome é Paulinho e...
- Eu sei quem você é! (responde o rato).
- Você... fala...? Como é possível...?
- Você quer ou não sair daqui? (indaga, já nervoso, o rato).
- Claro que quero. Se eu ficar serei morto!
- Então chega de papo furado! Vou tirar você daqui, em consideração à fada Joana e não a você, que me insultou!
- Fada Joana???? (indaga Paulinho olhando de volta para a loira garota que sorri de volta).

Ao retornar seu olhar para o rato o jovem Paulo não o vê mais.

- Senhor rato...? Senhor rato...? Onde se escondeu...?
- Venha logo, garoto distraído! (chama o rato ao adolescente).
- Eu não sou distraído! Apenas desviei o olhar de você! Onde está?
- Aqui! Atrás do banco!

Paulinho se aproxima do banco velho de madeira e o puxa para frente. Junto à parede ele vê um pequeno furo que aumenta um pouco de tamanho por onde o rato coloca a cabeça para fora.

- Vamos logo antes que algum soldado retorne aqui!
- Como acha que vou passar por aí? Mal cabe você!!!!
- Achei que era mais esperto! (declara o rato). Basta querer entrar aqui que o furo aumenta, ora bolas!!!!
- Não estou acostumado com sonhos. Tive muito poucos em minha vida!
- Precisa aprender a controlar seus sonhos! (declara a Joana-anjo). Talvez este seja o teste do povo do céu para você!

Paulinho olha para a garota, abaixa a cabeça e se aproxima da parede! O pequeno buraco se alarga e nosso jovem penetra por ali facilmente e com um sorriso leve no rosto.

- Daqui para frente é com você! Eu sou apenas o guardião das masmorras.
- Obrigado, senhor rato! (declara Paulinho).
- Não volte mais aqui, hein? (requisita o roedor, retornando para o interior da horrível prisão).

Paulinho olha para o outro lado da parede pela qual atravessou e nada vê.

- Não dá para ver nada! Como é que vou caminhar por aqui?

A angelical Joana reaparece e seu corpo luminoso clareia o caminho à frente. Tudo aqui é frio, escuro, úmido e assustador.

- Siga-me! Vou guiá-lo para fora deste horrível lugar.
- Onde é que vai sair este corredor?
- Ele dá acesso a uma enorme escadaria para a torre principal.
- Achei que estava me levando para fora deste lugar!
- Antes disso precisa me salvar. Estou presa na torre!
- Mas se eles são a sua família... basta esperar o castigo acabar e estará livre novamente!
- Já lhe disse! Este sonho é um teste! Se você não passar, as consequências podem ser terríveis!
- E quais seriam as consequências?
- Eu não sei! O sonho é seu! (declara a garota flutuando à frente do jovem e destemido sonhador).

O caminho é difícil, liso, cheio de pequenos buracos no chão. No teto e nas paredes centenas de teias de aranha, pontas agudas de calcita, formada a partir da formação de calcário do interior de cavernas, que se prolongam de cima para baixo (estalactites) do teto do antigo corredor abandonado e também de baixo para cima (estalagmites), o que põe em risco a segurança de Paulinho.

- Conheço alguém que jamais andaria neste lugar! Ele morre de medo de aranhas!
- Fala de Leandro?
- Sim...! Ele mesmo!
- É meu irmão!
- O quê...? Seu irmão...!
- Sim! Eu não te contei quando estávamos na escola hoje?

Paulinho para de andar abaixando as sobrancelhas e espremendo os lábios um contra o outro.

- Espere um pouco! O que está acontecendo aqui de verdade? Você fala comigo como se você estivesse dentro de meu sonho! Quem é você, afinal?
- Olha...! Não temos tempo para isso agora...! Na escola te conto tudo...!
- Não! Não vou continuar com esta brincadeira enquanto não souber o que está acontecendo aqui! Você é filha de extraterrestres também?

Joana para de voar em frente e se volta na direção de Paulinho!

- Eu gostaria de lhe explicar tudo agora, mas se eu o fizer não teremos tempo de finalizar este teste.
- É você quem está fazendo o teste e não os alienígenas, não é? (indaga Paulinho).
- Paulinho! Existe um problema com estes testes! Uma vez iniciados eles precisam ser finalizados. Do contrário você ficará permanentemente aqui! Preso para sempre no interior das paredes deste castelo. Portanto, você precisa finalizar isto o mais rápido possível!
- Você é igual a mim, não é? Você também tem genes alienígenas!
- Depois que acordarmos, conversaremos sobre isso! Agora... siga-me... e tome cuidado por onde anda. Se se machucar aqui poderá desmaiar e ficar preso para sempre neste lugar.

Joana vê agora um enorme buraco no chão da passagem que impede a continuação da viagem a pé!

- Paulinho! Preciso que confie em mim!
- Confiar em você? Nem sei mais com quem estou aqui falando!
- Mesmo assim você precisa acreditar em mim! Existe um buraco sem-fim à sua frente. E só tem um modo de atravessar este lugar! Mas você não irá gostar.
- O quê! Terei que voar também?
- É...! Mais ou menos isso...! Mas quem voa aqui sou eu...! Quero que você se concentre em mim! Não olhe para baixo! Olhe sempre em minha direção e não tenha medo! O medo atrapalha aquele que sonha. Se perder o controle não conseguirá acordar.
- Espera que eu ande sobre um abismo e confiando em você?
- É o que você tem à sua disposição. Eu sou a sua única ponte de volta para a vida real!
- Está bem! O que devo fazer!

A anjo Joana se aproxima flutuando e oferece as duas mãos para ele segurar. Paulinho o faz enquanto a bela adolescente fala com ele:

- Preciso que se distraia conversando comigo. Acha que consegue?
- Eu nunca me distraio! Estou sempre prestando atenção a tudo o que acontece ao meu redor.
- Você perdeu de vista o rato lá na prisão!
- É verdade! Mas eu olhei em sua direção naquele momento e não vi para onde ele foi. Normalmente isso não acontece comigo! Estou sempre alerta para tudo ao meu redor. Não sou tão fácil assim de ser enganado.
- Bom! Então como farei para distrair a sua mente?
- Não sei! Isso raramente acontece comigo!

Joana flutua lentamente e bem para perto de Paulinho. Seu rosto vai ficando cada vez mais próximo do dele enquanto ela fala:

- Talvez... eu possa... lhe dar... um beijo...! (diz ela beijando-lhe a bochecha bem devagarinho).
- Não irá funcionar, Joana! No momento em que eu flutuar saberei o que estiver acontecendo sob meus pés. Se depender disso para eu não cair... então cairei!

Joana lhe solta as mãos e fica sorrindo para ele. Paulinho desconfia disso e olha para baixo. Não vê mais o buraco à sua frente. Ele olha para trás e percebe que ambos flutuaram por cima do abismo. O jovem adolescente se distraiu mais uma vez.

- Isso não é possível! Nós não flutuamos de lá até aqui!

- A mente quando dorme fica mais dispersa. Alerta com os eventos que estão acontecendo, mas dispersa quanto a outras coisas. Depois que alguém dorme, não costuma sentir quando outra lhe toca a pele, lhe dá um beijo ou quando anda perto de você. A mente já está distraída da realidade nesta hora. E o sonho é a manipulação da realidade.

- Como sabe de tudo isso? (indaga Paulinho).
- Você não sabe que na adolescência as garotas amadurecem mais rapidamente do que os garotos...? Vamos embora...! Temos um longo caminho pela frente!

Capítulo IV
CASTELO DE SONHOS

Capítulo V
A TORRE DAS ARANHAS

Capítulo VI
REVELAÇÕES

Capítulo VII
REGRAS ALIENÍGENAS

Capítulo VIII
CONTANDO AOS PAIS

Capítulo IX
UM SONHO DE NAMORO

Capítulo X
O NOVO MEMBRO

Capítulo XI
ENCONTRO MORTAL

Capítulo XII
REUNIÃO DE GUERRA

Capítulo XIII
VIGILANTES NOTURNOS

Capítulo XIV
A SOMBRA DO MEDO

Capítulo XV
O PLANO FINAL

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