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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
Na Alemanha o helicóptero com a arma especial chegou. Ela foi colocada num tripé e posicionada contra um pequeno grupo de homo stellaris que caminhava decidido na direção do centro do país devastado. O policial atira com a nova arma contra o pequeno grupo e nada acontece. Chocados atiram novamente num nível mais forte e novamente nada acontece. Decepcionados comunicam ao líder:

- Senhor! Não podemos detê-los, a arma não surtiu nenhum efeito. Estamos sem opções por aqui!

Alguns grupos de stellaris já atingiram seu objetivo e começam a limpar o local para poder trabalhar. Eles retiram pequenas pedras enquanto a nave de Spok paira sobre eles. A nave está também em semidimensionalidade e aciona um feixe de luz, transportando um novo equipamento para os pequeninos em terra. No local aparece um instrumento do tamanho de uma mala, com alguns botões em cima dele.

Como os pequeninos cabeçudos se comunicam por telepatia, as instruções de uso foram facilmente informadas. Os stellaris agora direcionam o equipamento para objetos maiores, que flutuam no ar, levitando sem esforço. Quando o detentor do recurso começa a andar o objeto erguido também se desloca na mesma direção e velocidade. Assim, peça por peça é retirada do local, liberando espaço para uma nova fase de trabalhos. A nave se afasta em alta velocidade enquanto mais grupos de pequeninos chegam para ajudar.

Os grupos selecionam os objetos recolhidos em categorias específicas para facilitar o conserto. A nave volta rápido ao local e com um novo facho de luz transporta bancadas eletrônicas e mecânicas próximo ao local de seleção de materiais. Alguns sentam-se nas cadeiras das bancadas e trabalham freneticamente nos equipamentos estragados.

Podemos perceber que conversam mentalmente entre eles. Os policiais recebem um comunicado e se afastam ao mesmo tempo do local, enquanto do céu surgem helicópteros militares alemães que apontam as armas para o local de trabalhos dos pequeninos. Alguns deles param seus trabalhos e olham diretamente para as ações ameaçadoras dos humanos. Um dos policiais utiliza o sistema de alto-falante do traje, que fica localizado no topo dos ombros, voltados para frente. Ele clica em seu visor para acionar o sistema:

- Este é o último aviso: parem imediatamente suas ações, entreguem tudo o que pegaram, inclusive o equipamento dimensional e retornem aos estádios! Este é o último aviso! Vocês têm trinta segundos para decidirem como será daqui para frente: será por bem ou por mal!

Os poucos pequeninos, que olhavam para os humanos, voltam ao trabalho, ignorando completamente a ameaça. O tempo passa e nada acontece. Os últimos policiais se afastam do local e os helicópteros abrem fogo diretamente contra os pequenos e indefesos. A poeira sobe e por alguns instantes nada se vê no local. Todos aguardam a poeira abaixar, ansiosos pelo resultado.

Quando isso acontece os pequeninos continuam trabalhando e agora alguns computadores já dão sinais de vida. Mais grupos de stellaris chegam ao local com novos recursos. Trabalhos adicionais recomeçam e em pouco tempo, para desânimo dos humanos, rústicos robôs já se articulam para auxiliar nos trabalhos de montagem de enormes equipamentos, que ninguém sabe para que servirão.

Tudo que a raça humana pode fazer é observar a evolução de sua espécie que os está dominando com habilidade, inteligência e nenhuma arma de fogo. Pois a nova humanidade utiliza a criatividade e todo o potencial mental para suplantar qualquer adversidade ambiental ou agressiva, por parte de seres menos evoluídos.

Os americanos estão revoltados com a situação e querem encontrar algum modo de subjugar aqueles que consideram inimigos da humanidade. Os cientistas estão reunidos, discutindo possibilidades diferentes e estratégias revolucionárias de ataque e defesa. Os militares fazem o mesmo e ninguém chega a uma conclusão do que fazer. Na internet pessoas estão enviando sugestões de paz e conversações de tratados para a redivisão da Alemanha em dois países sendo um alienígena e outro humano.

Alheio a tudo os pequenos e inteligentes seres continuam trabalhando no modo de semidimensionalidade e agora eles já dispõem de um pequeno local coberto onde trabalham e os humanos entram e saem dali para ver mais de perto o que está acontecendo. Como os militares não podem fazer nada e os "inimigos" não demonstram nenhuma emoção ou violência, o local foi por fim liberado para visitação pública.

As câmeras da internet navegam livremente em meio à construção de novos equipamentos e transmitem, ao vivo e por vinte e quatro horas ininterruptas, a capacidade dos pequenos seres em ação. Novos programas de TV foram criados para analisar o que está acontecendo. Especialistas aparecem a todo o momento na NET e afirmam categoricamente que são novos tipos de armas que surgem a todo o momento da fábrica de alienígenas. Os especialistas são constantemente trocados quando o equipamento é ligado e passa a funcionar, confirmando não serem armas, mas sim ferramentas que auxiliam na confecção de algo maior.

Os humanos acompanham impressionados o desenvolvimento das novas tecnologias. Em todo o mundo políticos utilizam as informações visuais da internet para pregar o caos e jogar a opinião pública contra seus opositores no poder. Vendem a imagem de que se ganharem as eleições farão acordos vantajosos para a raça humana, conseguirão estágios para seus jovens cientistas estudantes na fábrica alienígena e trocarão tecnologias para garantirem a soberania do país diante dos vizinhos humanos mais poderosos.

Os religiosos dizem que tudo faz parte do plano de Deus e ninguém deve se preocupar, pois no futuro, humanos e extraterrestres serão uma grande e unida família. Adoradores do caos e da destruição pregam o fim do mundo e sugerem que uma bomba atômica seja lançada no local para exterminar o perigo definitivamente. Como nada de mais está acontecendo, a humanidade rapidamente se acostumou com a situação e piadas surgiram, colocando os humanos como idiotas, tentando entender o que eles estão fazendo.

Novos quadros humorísticos de programas de TV apresentam homens vestidos de burros com longas orelhas, perguntando coisas óbvias aos pequeninos que a todo o momento os mandam comer capim. A situação trágica ficou cômica, porém o mundo está para mudar rapidamente, pois a cada dia novos equipamentos surgem e os robôs vão ficando maiores para ajudá-los na construção de um prédio maior e depois novos prédios ao lado. O local está se transformando numa pequena cidade de
homo stellaris.
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
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CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVI
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CAPÍTULO XXXIX
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CAPÍTULO XLI
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