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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO I
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
Terra, Índia, cinco mil anos antes de Cristo! Num lindo dia ensolarado diversas pessoas de uma aldeia percebem algo diferente no céu: um estranho meteoro que risca o azul celeste com uma fumaça negra numa linha descendente como se o objeto quisesse pousar, mas não consegue! O impacto é ouvido à distância e uma enorme nuvem de pó sobe ao céu! Os humanos se entreolham e conversam empolgados com a visão de algo divino! Alguns correm para a aldeia onde vivem e outros dois partem em direção ao objeto que caira.

Ao chegar lá eles percebem o enorme tamanho do problema: um rasgo no solo, da largura de um quarteirão, se espalha por diversos quilômetros em linha reta. Os homens chegam mais perto do objeto. Uma pequena porta se abre lentamente. Uma mão enorme aparece na borda externa do orifício aberto! Os homens se espantam e se ajoelham para algo tão inusitado. Uma nova mão surge do outro lado da borda e mais duas outras se erguem para cima, esticando os braços bem para fora.

Estas duas se apoiam do lado de fora da nave caída e forçam a subida do estranho ser. Os humanos ficam de olhos arregalados, sem ar e sem palavras. Uma cabeça com um olho no centro da testa, observando fixamente ora um, ora outro humano, surge do interior da porta aberta. Dois olhos marcantes e repuxados estão logo abaixo do olho central e mais dois braços saem dali de dentro, para espanto completo dos homens que já pararam de respirar há muito tempo atrás.

Com as bocas abertas observam o poderoso ser sair por completo do interior da nave caída. Ele tem seis braços e duas musculosas pernas! O ser os encara friamente, aguardando uma reação violenta, que não acontece! Amedrontados e temerosos por suas vidas os indianos abaixam-se ao chão e começam a orar freneticamente. O terceiro olho se fecha e o monstruoso alienígena vira-se de costas para auxiliar mais um de sua espécie a sair da nave destruída. Em pouco tempo, meia dúzia de aliens estão pisando em terra firme, uma terra que nunca mais será a mesma depois desse momento.

Três meses depois, num dia muito ensolarado, dois destes estranhos seres estão navegando pelo Mar Mediterrâneo num pequeno veículo aquático totalmente vedado externamente. Provavelmente fora retirado do interior da nave maior caída na Índia. O equipamento é bem achatado e tem o comprimento aproximado de um ônibus. Eles chegam a uma praia grega, do outro lado do oceano. Descem do estranho meio de transporte e começam a investigar o local. Do alto de um morro, uma voz poderosa e intimidadora questiona a invasão:

-
Saiam daqui demônios! Este lugar não lhes pertence.

Ambos olham para cima e, de frente para o sol, mal enxergam a enorme silhueta de um poderoso humano do lugar, que ameaça novamente:

-
Saiam rápido daqui, ou sentirão toda a ira de meu poder!

Os monstruosos seres abrem o terceiro olho da testa e atiram um forte raio na direção do humano folgado que lhes ameaçara. Devido ao forte sol frontal, o brilho dos raios enviados pelos dois ao topo do morro e a grande quantidade de pedras que caem sem parar na praia abaixo, ambos nada sabem sobre que fim levou a poderosa voz. Eles aguardam um pouco mais, e nada acontece.

Quando um olha para o outro para conversarem sobre o assunto, uma enorme pedra vem do céu e atinge em cheio um dos malignos seres, que fica supostamente morto sob a gigantesca rocha. O outro, assustado, salta de lado e atira novamente com seu terceiro olho na direção de onde veio o gigantesco objeto. Agora uma rocha menor vem zunindo no ar e acerta um dos seis braços do invasor, que cai ao chão, sentindo muitas dores.

Ao levantar a cabeça, o gigante já se encontra bem ali. O alienígena abre novamente seu terceiro olho e o poderoso humano chuta um pouco de areia, que estava no chão, em direção aos três olhos do sujeito mal encarado. Se é ruim ter dois olhos arranhando, porque entrou areia, imagine três! O monstro cobre todos os olhos com uma das mãos e agora podemos ver que o audacioso homem é Hércules, que se abaixa para pegar no pescoço do coitado e levantá-lo do chão, enquanto comenta:

-
Mandei vocês irem embora daqui, criaturas demoníacas!

Ao tocar no alienígena, Hércules sente a força de quatro das seis mãos ainda disponíveis do ser, que rapidamente agarram o gigante. Uma delas aperta-lhe o pescoço, duas outras seguram-lhe os braços e a quarta desfere um forte soco em seu estômago. O semideus curva-se ligeiramente pelo impacto certeiro da enorme mão, mas não cede à dor. A criatura, ainda cobrindo os olhos e com um dos braços feridos fala a seu opositor:

-
Nunca ameace um Deus, humano!

-
Eu sou filho de um Deus, criatura! E você será um demônio morto! (exclama Hércules, enquanto abre os braços, forçando a criatura a liberá-lo).

O alien não o solta e Hércules, com os pulsos cerrados e toda a sua força, desfere um murro de cada lado da cabeça do ser, que amolece com o impacto e cai desmaiado. O filho de Deus observa seus opositores totalmente vencidos e inertes. O poderoso gigante desce até a praia, pega uma enorme pedra e a carrega sobre a cabeça até o estranho meio de transporte dos dois. O último ser a ser vencido por Hércules, ainda levanta a cabeça e vê, com todos os olhos ainda arranhando muito com a areia, a cena que destruirá seu único meio de locomoção neste planeta azul.

O ser grita para que não faça isso, mas é tarde! Hércules usa a rocha como se fosse um bastão e esmaga o veículo num único golpe! O alienígena abaixa a cabeça junto ao solo e a seguir uma gigantesca explosão acontece dentro do "barco" extraterrestre. Muitas pedras e poeira voam ao céu. O invasor vencido olha para baixo, vê a destruição total do veículo e o corpo de Hércules estirado e ensanguentado próximo ao enorme buraco criado pela explosão do combustível.

O alien auxilia seu companheiro, afastando a enorme rocha que lhe atingira. Ambos se ajudam para poder andar, entrelaçando diversos de seus doze braços para permanecerem em pé. Descem até a praia com muita dificuldade para ver o estrago mais de perto. Aproximam-se do veículo e, desolados, percebem que ficaram sem transporte. Voltam-se agora muito bravos em direção ao gigante caído, abrem juntos o terceiro olho para destruir de vez seu inimigo. Mas antes de atirarem surge do nada, à frente deles, o Pai de Hércules! (Zeus? Não! Este é o Pai de Jesus!). Os dois param imediatamente, fecham o terceiro olho e um deles indaga:

-
Senhor?

Deus os questiona:

-
O que estão fazendo neste planeta? Voltem imediatamente para os seus!

- Nossa nave caiu aqui e não temos como voltar! Eles não sabem onde estamos e não nos resgatarão!

-
Existem outros aqui?

- Sim! Estamos todos num lugar que estes seres (apontando para o Hércules), chamam de Índia.

Deus pensa um pouco e decreta:

- A sua presença aqui atrapalhará meu trabalho. Voltem para a Índia e escondam-se na montanha mais alta. Os humanos não podem conviver com vocês.

- Até quando, Senhor?

- Até o fim dos tempos (decreta Deus).

- Como voltaremos para Índia sem nosso transporte?

- Nadem ou andem, tanto faz! Só não sejam vistos pelos homens!

- Isso demorará muito!

- Qual é a pressa...? Afinal..., vocês são imortais!

Desolados e impotentes diante de Deus, os dois se auxiliam na busca por objetos disponíveis na praia, que possam lhes ajudar no retorno. Provavelmente montarão uma jangada para atravessar de volta o Mar Mediterrâneo. Deus abaixa-se diante do filho mais poderoso, toca no ombro dele, e ambos somem do lugar. Hércules, morto, ressuscitará em dois dias e permanecerá para sempre isolado da humanidade em outra dimensão.

CAPÍTULO II
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
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