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Introdução
XVI - O CONGRESSO DAS VASSOURAS
I - O CÉU
XVII - EXÉRCITO DE VIVENTES
II - O ANJO
XVIII - REENCONTRO
O Anjo-Vampiro
CAPÍTULO XVII - EXÉRCITO DE VIVENTES
III - O DOM
XIX - MAIS UMA NOITE
O exército brasileiro, a polícia científica e a guarda nacional estão na cidade onde quase tudo fora destruído pelos demônios. Um cerco militar foi feito por todo o local. A polícia procura por digitais e evidências, quando um dos policiais, que analisava o veículo onde Eliseu e Elisabeth estavam, descobre digitais e comenta com o delegado:

- Senhor! Encontrei algumas digitais junto ao banco do passageiro desse carro. No volante, elas foram apagadas ou estão muito ilegíveis. Mas parece que alguém andou guiando pessoalmente este veículo. Um gosto retrô para os dias de hoje!

- E de quem são as digitais que encontrou? (indaga o delegado ao subalterno).

- Meu digitômetro acaba agora de concluir a pesquisa... e é de uma tal de... Elisabeth. Os pais delas morreram num desastre de avião há alguns anos. Ela mora atualmente com os tios numa cidade longe daqui. A moça é cega por conta de uma doença que teve na adolescência e alguns relatam mais recentes dizem que ela andou fazendo curas milagrosas em doentes graves.

- Hã! Uma curandeira que não pode ser auto curar?! Deve ser mais uma dessas farsantes! O que será que estaria ela fazendo nesta cidade?! Por que veio para cá? Quem dirigia o veículo?

- Isso ainda não sabemos! Mas encontramos uma grande cesta com alimentos que ficaram espalhados pelo interior do veículo e pelo chão. Parece que ela pretendia ficar muito tempo longe de casa. Talvez fugindo de alguma coisa.

- Envie um policial para a casa dos tios. Investigue o que aconteceu com a tal de Elisabeth. Quero saber por que saiu de casa e com quem!

- Sim, senhor. Ahhh! Também encontramos marcar profundas de garras que rasgaram a lataria deste veículo e destroçaram os pneus. O porta-malas foi cortado aparentemente num único golpe de espada!

- Espada?! Por que acha isso?
- Por causa do ângulo de entrada da lâmina no início do corte.

Quando as duas partes do carro foram separadas o ângulo de corte mudou, indicando que o golpe fora realizado por uma lâmina segura pelas mãos de alguém. Por isso deduzi que se trata de uma espada.

- Quem usaria uma coisa dessas hoje em dia?! E apenas num golpe cortar um veículo? Seria preciso uma máquina gigantesca e uma lâmina muitíssimo afiada. Imagino que o golpe tenha sido numa incrível velocidade, algo que eu diria ser praticamente impossível de ser feito com as mãos!?

- É tudo muito estranho o que aconteceu aqui, senhor. Encontramos espalhados pela rua próxima àquela casa velha e abandonada, restos de corpos que já estavam apodrecidos a muito tempo, mas as fibras musculares estão ainda novas, algo impossível de acontecer. Notamos também que os corpos parecem que foram parcialmente comidos por algum animal de fortes presas. Nada disso faz sentido, senhor!

- Tem razão: este caso está ficando cada vez mais sem-sentido! (declara o delegado).

Agora se aproxima o general do grupamento militar para falar com o responsável pela polícia científica:

- Delegado! Já finalizou seu trabalho aqui?
- Receio que estejamos muito longe de compreender o que realmente aconteceu aqui, general.
- Ao menos tem uma ideia de quem possa ter feito isso?
- Nenhuma, senhor!
- Sabe em que direção estes vândalos foram?

- Desconfio que o que aconteceu aqui não seja obra de vândalos, general! Não tenho a menor ideia de quem teria condições de fazer tudo isso e nem para onde possam ter ido, já que não encontramos ainda evidências de como os culpados tenham vinho para cá ou ido embora. Eles não deixaram rastros, general.

- Eu preciso saber para onde devo levar meu pessoal para impedir outra bagunça dessas.

- Falando seriamente, general, nada do que colhemos aqui de provas apontam para algo ou alguém. Mas se eu pudesse lhe dizer o que penso, friamente, parece que estamos lidando com forças fora de nossa compreensão. Podem ser aliens ou monstros...

- Não pode estar falando sério, delegado! Essas coisas não existem.

- Eu também achava isso até hoje, general! Mas muitas das coisas que encontramos aqui não fazem parte da história de crimes estudados pela polícia. Como alguém consegue, com as próprias mãos, cortar um carro em duas partes num único golpe de espada? Como é que casas e carros estão com as paredes e carrocerias cortadas como se alguém, ou alguma coisa, tivesse garras de aço nas mãos? Como dezenas de partes de corpos apodrecidos podem estar aqui espalhados e terem ainda as fibras musculares intactas, como se um morto-vivo tivesse perambulado por estas ruas.

Agora um policial interrompe a conversa do delegado com o general.

- Senhor! Encontramos marcas de pneus de um carro que saiu em alta velocidade por aquela estrada em direção a uma cidadezinha antes de Jangadeirópolis! Trata-se de um veículo de alta potência, porque ele queimou os pneus até chegar à estrada. Tem que ser um veículo modificado ou um carro de corrida. Talvez um dragster ou algo parecido.

- Então agora já tenho um destino para meus homens! (declara o general ao delegado).
- Mas não é só isso, senhor! (continua o policial). Encontramos muitas penas grandes negras e brancas espalhadas até a estrada. Parece que tivemos uma briga de avestruzes por aqui.
- Avestruzes?! Cheque o DNA destas penas e descubra a qual ave elas pertecem realmente.

- Já fizemos isso, senhor! O equipamento não consegue identificar a origem. Não é de nenhuma ave catalogada pela ciência!
O general olha para o delegado, estranhando também o fato. E logo depois dá uma ordem aos seus homens através do ponto eletrônico em seu ouvido:

- Todo o nosso pessoal, atenção! Vamos em direção a Jangadeirópolis. Um veículo de corrida deixou este lugar em alta velocidade para aquela cidade. Temos que encontrar o motorista e interrogá-lo sobre o que aconteceu por aqui.

-
Delegado! Acabo de encontrar um braço muito estranho! (grita um policial trazendo nas mãos um saco plástico preto onde o membro se encontra).

O policial se aproxima e o delegado abre a boca do saco para dar uma olhada no material. Ele arregala os olhos e fita o general que já não estava mais tão perto dele.

-
Agora é oficial, general! Estamos lidando com alguma espécie de monstro.

O general estranha o comentário e volta para ver de perto o que é aquilo dentro do saco plástico. Ao chegar perto o delegado o mostra ao militar. É um braço quase intacto que fora arrancado com extrema violência. A mão possui poderosas garras nas pontas dos dedos. Algo assustador e de arrepiar.

Observando de longe, o anjo, amigo de Eliseu, que tentou proteger os tios de Elisabeth, acompanha toda a ação dos militares na cidadezinha, usando o binóculo que o senhor Jones lhe emprestou. Graças ao sistema de som-zoom o anjo pode ouvir o que disseram e resolve se adiantar aos militares indo em direção à uma cidadezinha antes de Jangadeirópolis. Ele abre as suas asas brancas e voa por trás das árvores para não ser visto pelos militares. Logo depois fica invisível.

IV - A VIAGEM
XX - A FILA DA PROCURA
V - MAL ASSOMBRADA
XXI - BOA NOITE, CINDERELA
VI - BATALHA NOTURNA
XXII - FACÇÕES DA GUERRA
XXIII - NOVOS COMBATENTES
VII - PRIMEIRO ACORDO
VIII - A FUGA
XXIV - TRANQUILÓPOLIS
IX - VISITA INDESEJADA
XXV - A VIRADA
X - LANCHONETE
XXVI - A FROTA DO MAL
XXVII - SERES DA GUERRA
XI - A NOVA VIAGEM
XII - TÁBATA
XXVIII - A BATALHA FINAL
XXIX - A PAZ ETERNA
XIII - IMPASSE
PERSONAGENS
XIV - VERÔNICA
ANJOS, FADAS E BRUXAS
XV - SANGUINÁRIO
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Henri Versiani
como Eliseu

Majorie Gerardi
como Elisabeth

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