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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Perto da costa brasileira, entre a cidade de Recife e a Ilha do Amor, uma guerra de invisibilidade está prestes a acontecer. Ambas as embarcações estão indo em direção contrária e uma procurando a outra.

- Atenção, pessoal! Fiquem de olhos bem abertos! Estamos procurando nossos inimigos! (declara Bon-hwa, o comandante norte-coreano).
- Senhor! Acabo de detectar mais seis barcos invisíveis brasileiros indo em direção norte! (informa o oriental responsável pelo sonar). Eles estão a mais de quinhentos metros da costa, senhor.

O comandante sorri e declara satisfeito:

- Estão nos procurando na posição da costa onde seus colegas militares nos bombardearam. Não nos encontrarão! Estamos agora a menos de cem metros da costa. Qual é a formação deles neste momento?

- Cinco à frente navegando paralelamente e um atrás mais distante! (responde o homem do sonar).
- Estranha a formação!?!? (declara o imediato). É provável que a embarcação que vem atrás seja o verdadeiro!
- Sim! É provável! Mas talvez seja isso que queiram que pensemos! Se atacarmos agora poderemos correr o risco de nos enganarem.
- Vamos atacar todos ao mesmo tempo, senhor! (sugere o imediato).
- É bem tentador, imediato! Mas precisamos antes da luta final causar a eles a dor de perderem muitos brasileiros e muito dinheiro para se reconstruírem.

- Senhor! Destruir o barco invisível é mais importante do que o restante da missão! (argumenta o imediato). Seria uma vingança perfeita para mostrarmos que o nosso navio é melhor!

- Eles serão destruídos na hora certa, imediato! (afirma o comandante). Uma luta agora poderia nos causar uma perda de munição. Vamos atingir o povo indefeso primeiro e depois será a destruição completa para coroar o fim de nossa missão! Quero uma contagem de mísseis ainda disponíveis em nosso armamento!

Ao ouvir isso o atirador entra em contato por telefone interno com o almoxarifado de armas para informar o comandante.

- Senhor! Preciso de mais informações! (comenta o imediato). Onde mais atacaremos? Quando terminará a nossa missão? E depois disso para onde iremos?

O comandante Bon-hwa sorri ironicamente e volta seu olhar em direção aos sinais de radar.

- No momento certo todos vocês saberão! (declara, reticente, o comandante).
- Senhor! Temos ainda três mísseis disponíveis!
- É pouco para enfrentar um inimigo invisível!
- Não precisaremos deles, imediato! Acabaremos num segundo com toda aquela tripulação sem que saibam que estávamos ali.
- Com todo respeito, senhor! Não vejo como poderemos fazer isso com apenas o armamento que nos restar!
- Deixe isso comigo! Eu sei o que estou fazendo! (informa o comandante ao imediato se virando de costas para ele).

Lá fora um inseto artificial passa voando logo à frente do navio, mas não o detecta! No interior do barco invisível brasileiro o comandante está ficando nervoso com a falta de informações sobre a posição de seu inimigo:

-
Mas que droga! Temos milhões de reais em tecnologia, satélites, exército, marinha e aeronáutica ao nosso lado e não conseguimos detectar nosso inimigo?
-
Senhor! Estamos chegando a Recife! (declara a piloto e major Margarida).

Severo, instalado na sede secreta de Brasília, esmurra a mesa onde está sentado!

-
Parada total! Não adianta continuarmos navegando desta forma. Temos nos antecipar ao inimigo. O inimigo não retornará para o norte! Continuará navegando para o sul em direção a novos alvos...! Mas... para onde eu iria se fosse ele...?

Severo pensa em possibilidades e decide:

-
Computador! Quais são as próximas cidades da costa brasileira que atacaríamos se fôssemos o inimigo?

-
Mais ao sul temos Maceió, Aracaju e Salvador ainda no nordeste, comandante! (declara a inteligência artificial com sua voz feminina). São as maiores cidades litorâneas nesta região! Mas... se me permite, senhor..., quero lembrar que uma das bombas atômicas norte-coreanas ainda não foi encontrada em solo asiático, apesar da procura exaustiva na região!

-
Bem lembrado, computador! (concorda novamente Severo). Nosso inimigo invisível pode estar carregando tal arma...! Isso não é nada bom...! Colocando-nos no lugar dele... onde detonaríamos tal artefato se desejássemos vingança?

-
Difícil dizer, senhor! O litoral brasileiro é enorme e ele poderia ir mais ao sul para atacar o sudeste (declara o supercomputador). Mas... dependendo da distância que tal míssil possa ser enviado... qualquer lugar, até uns duzentos ou trezentos quilômetros de distância, estaria ao alcance de uma explosão nuclear!

-
Tem razão novamente! (concorda o comandante). Por tudo o que sabemos até agora sobre nosso inimigo podemos dizer que ele não consegue navegar em alta velocidade..., estou correto?

-
Sim, senhor! Por todo o deslocamento que ele realizou desde quando nos encontramos no Rio Taedong no interior da Coreia do Norte, até aqui em nosso litoral, posso afirmar com segurança que a velocidade deles é limitada (informa a inteligência artificial).

-
E por que fariam uma embarcação invisível, gastando milhões, que não pode navegar em alta velocidade? (indaga Severo).

-
Talvez o barco deles seja maior do que imaginávamos, comandante (declara o supercomputador). Talvez seja um navio! Mas é bem provável que para poder detectar e identificar o som de nossas hélices teriam que instalar o mesmo tipo de sonar disponível em submarinos. E isso tem que necessariamente ficar abaixo da superfície, atrapalhando tal embarcação de navegar em velocidades maiores ou de se transformar em hovercraft!

-
E complementando a informação, eu diria que eles também não podem navegar em águas rasas! (deduz Severo).
-
Sim, senhor! Isto seria correto de se supor (concorda a inteligência artificial).

- Sabino! Lembra-se de um dispositivo desenvolvido no ano passado pelos universitários da USP...? Chamava-se... rêmora...!
Dispositivo-rêmora...* Se pudéssemos colocá-los no litoral entre aqui e as próximas grandes cidades poderemos ter um sinal identificando o inimigo.

- Eu me lembro desse projeto! (informa Sabino). A marinha produziu dezenas deles para uso em conflitos náuticos!

-
Exatamente isso, cabo! Os dispositivos são indetectáveis (relembra Severo). Eles se grudarão a qualquer embarcação que passar por onde estão. Depois de aderidos ao casco das embarcações os rêmoras começam a emitir sinais em frequências específicas e aí poderemos encontrá-los. Checaremos uma a uma das embarcações e aí... acharemos o nosso inimigo. Então nós o destruiremos de uma vez por todas!

No interior do barco norte-coreano o militar responsável pelo sonar informa seu comandante.

- Senhor! Os seis barcos inimigos pararam de navegar para o norte e se viraram em direção ao sul. Estão indo em rota paralela à nossa agora!
- Será que nos detectaram? (indaga o imediato).

- Não...! Não acredito...! (declara Bon-hwa). Se fosse verdade já teriam atirado em nós...! Eles estão pesquisando...! Procurando...! Sem rumo...! Aumente ligeiramente a nossa velocidade e mantenha a rota atual. Se se movimentarem diretamente em nossa direção vamos dar ré e ver o que acontece. De qualquer modo mantenham as armas em prontidão e apontadas para eles! Apenas por precaução!

De volta ao barco invisível brasileiro uma nova informação pode mudar a vantagem ao nosso favor!

-
Senhor! Venho detectando um sinal fraco e intermitente! (indaga o soldado Ricardo, responsável pelos sinais de radar e câmeras do satélite militar brasileiro).
-
De onde vem este sinal? (indaga o comandante Severo).
-
Não sei dizer! Quando parece que vou conseguir descobrir a posição correta... o sinal desaparece! (declara Ricardo). Eu sei que ele está na direção noroeste, mas a posição específica não consigo triangular.
-
Continue tentando, soldado! Se for o nosso inimigo poderemos ter uma vantagem contra ele!
-
Sim, senhor!
- Soldado João! Envie um inseto artificial na direção noroeste. Ative o sistema laser do voador para avaliar distâncias! Se o nosso inimigo estiver por ali nós o encontraremos.
- Sim, senhor!


CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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*Rêmora é um pequeno peixe que tem em sua cabeça uma ventosa que o animal utiliza para se grudar a um peixe maior. Assim ele irá aonde o outro for e aproveitará os restos de comida que seu "veículo de transporte vivo" deixar pelo caminho.

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